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Sete segmentos de carros que as montadoras inventaram para vender

Vale tudo na hora de vender um produto – inclusive criar uma nova categoria de um carro só

Por Vitor Matsubara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 set 2017, 20h00 - Publicado em 15 set 2017, 13h00
Fiat Toro, BMX X5, VW CrossFox e Kia Soul
(reprodução/Divulgação)

Ao chamar o Renault Kwid de “SUV dos compactos”, a marca francesa utilizou um velho artifício mercadológico das montadoras: vender seus produtos como se pertencessem a uma categoria distinta, geralmente superior – isso quando não há a tentativa de simplesmente cria um novo segmento.

Ela não foi a primeira – e nem será a única. Quase todos os fabricantes, sejam chiques ou populares, já forçaram a barra para gerar mais atenção. Às vezes dá certo. Mas na maioria das vezes o marketing acaba caindo no esquecimento.

 

VW CrossFox = SUC

CrossFox Urban White na posição 3x4 de traseira
SUC? Foi esta a nomenclatura utilizada pela VW no lançamento do CrossFox (Divulgação/Volkswagen)

O primeiro modelo com pegada aventureira da Volkswagen mereceu um tratamento diferente por parte da área de marketing. Mas não precisava exagerar: a VW definiu o CrossFox com um SUC, sigla para Sport Utility Compact – ou Utilitário Esportivo Compacto, em português.

De SUV, porém, o carro tinha apenas detalhes como o estepe externo (solução popularizada pelo EcoSport alguns anos antes), suspensão elevada e a profusão de apliques plásticos pela carroceria.

 

Ford Focus “Fastback”

Fastback01.jpg
Apesar do nome pomposo, o Focus Fastback nada mais é que o Focus Sedan reestilizado (Marco de Bari/Quatro Rodas)

As baixas vendas fizeram a Ford investir alto para tentar “bombar” o Focus Sedan. A leve reestilização frontal (com direito à grade estilo Aston Martin) veio acompanhada do sobrenome Fastback, popularizado no Mustang dos anos 60 e justificado pelo suave caimento na traseira do modelo.

A intenção era chamar a atenção do público masculino ressaltando as características “esportivas” do sedã, tradicionalmente um veículo associado a uma clientela mais conservadora. Até o ator Gerard Butler (famoso por protagonizar o filme “300”) foi contratado para estrelar a campanha.

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BMW X5 e X6 = SAV

O nome SAV foi criado pela BMW – e só faz um pouco de sentido na versão M (BMW/Divulgação)

Até o fim dos anos 90 a BMW não tinha representantes na categoria de SUVs. Tudo mudou, porém, com a chegada do X5 em 1999. Baseado no Série 5, o projeto tinha um design um pouco desproporcional, mas preservava as principais qualidades dos modelos tradicionais da BMW.

Segundo a marca, o X5 foi o primeiro SAV (de Sports Activity Vehicle, ou Veículo de Atividade Esportiva) de uma ampla linha atualmente formada por X1, X3, X4 e X6.

 

Citroën Berlingo, Fiat Doblò e Renault Kangoo = multivans

O Berlingo tinha espaço interno de sobra para todo mundo (Citroën/Divulgação)

Foi em 1996 que a Citroën apresentou o Berlingo. Essencialmente um furgão transformado em automóvel de passeio, o carro tinha muito espaço interno para cinco pessoas e uma infinidade de bagagens. Nascia aí a categoria das multivans, possivelmente saída de alguma mente criativa da área de marketing de alguma montadora.

Entretanto, ao contrário de outras criações bizarras, o nome multivan pegou e foi adotado pela maioria das fabricantes. A Renault apresentou o Kangoo apenas um ano depois da estreia do Berlingo e a Fiat lançou o Doblò no começo dos anos 2000.

 

VW SpaceFox – sportvan

Derivada do Fox, a SpaceFox era uma perua – menos para a VW, que inventou o termo sportvan (Volkswagen/Divulgação)

Lançar uma perua em meio à febre das minivans parecia uma decisão arriscada. Mesmo assim, a VW resolveu apostar em seu bom retrospecto na categoria e apresentou a perua derivada do Fox em 2006.

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Para apresentá-la, a montadora criou o termo sportvan, justificando-o pelo fato de a perua “aliar o design esportivo de uma perua ao espaço interno e versatilidade de uma minivan”.

 

Kia Soul = carro-design

Kia Soul
As propagandas do Soul o chamavam de carro design, seja lá o que isso signifique (Kia Motors/Divulgação)

Muitos leitores acreditam que o termo mais correto para aspirantes a SUVs seja crossover. Só que a palavra já é utilizada de uma maneira mais ampla, classificando veículos com características vindas de mais de um segmento – como o Kia Soul, um misto de hatch com minivan, e o BMW Série 3 GT, que mistura características de sedã, cupê e SUV

A Kia, por seu lado, preferiu chamar o Soul de carro design – o que não quer dizer muita coisa, afinal todo carro tem design, seja ele bom ou ruim.

 

Fiat Toro = SUP

Por fora é impossível identificar a novidade
A Toro é chamada de SUP, mas pelo menos foi desenvolvida sob a base de um SUV – o Renegade (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Eis o caso mais recente até o lançamento do Renault Kwid. De olho na onda dos SUVs, a Fiat resolveu vender a Toro como um SUP (Sport Utility Pick-up, ou Picape Utilitária Esportiva, se preferir). Se cabe uma defesa à Fiat, pelo menos convém lembrar que a Toro é um projeto baseado na plataforma do Jeep Renegade, este sim um SUV de verdade.

Na prática, a picape trouxe à tona a categoria das picapes intermediárias no mercado nacional, acima das pequenas Fiat Strada e VW Saveiro e abaixo de Chevrolet S10, Toyota Hilux e companhia. Se bem que o tamanho não é 100% inédito: a Toro traz dimensões bem parecidas com a das picapes médias dos anos 90, que foram crescendo ao longo do tempo.

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