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Dez modelos que romperam velhas tradições das marcas

Fugir do script pode ser polêmico, mas muitas vezes rende fartos dividendos para os fabricantes

Por Rodrigo Ribeiro
27 jul 2017, 18h21

Não é só a Mercedes e sua Classe X que quebraram paradigmas ao disputar um segmento até então inédito para uma fabricante. Em nome da busca por mais lucros (o que inclui salvar a companhia da falência) já teve marca de supercarros fazendo SUV, generalista investindo em carro caro e montadora especializada em esportivo desenvolvendo subcompacto.

Relembramos dez carros que romperam com a tradição de suas fabricantes.

Jaguar F-Pace

Jaguar F-Pace 2
O F-Pace já é um sucesso de vendas no mundo todo, inclusive no Brasil (Jaguar/Divulgação)

A Jaguar se aproximou da Land Rover ainda no século passando, quando ambas eram controladas pela Ford. Mas a união definitiva só veio em 2008, quando as duas marcas britânicas foram compradas pela Tata.

Daquele ponto em diante, a sinergia entre as empresas se intensificou a ponto da Jaguar lançar seu primeiro SUV em 2015. Deu certo: ele já e o modelo mais vendido da marca na maioria dos mercados.

 

Porsche Cayenne

Lançado em 2002, o Cayenne desagradou vários fãs da Porsche (Divulgação/Porsche)

A história do Cayenne é conhecida dos entusiastas, mas sempre é bom relembrar. Na virada do século a Porsche ia mal das pernas: com poucos modelos no portfólio e finanças no vermelho, ela chegou a compartilhar o farol do Boxster com o 911 para reduzir custos. A salvação veio em 2002, graças a uma parceria com o Grupo Volkswagen.

O primeiro SUV da fabricante herdou a plataforma do Touareg e Audi Q7 . O visual foi alvo de críticas, mas a dinâmica surpreendeu a crítica, mantendo o feeling esportivo intrínseco à marca. O modelo foi um sucesso de vendas desde então, gerou o Macan (hoje o Porsche mais vendido no planeta) e deu fôlego para a marca continuar a fazer ícones como o GT2 RS e 918 Spyder.

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Aston Martin Cygnet

Aston Martin Cygnet
Baseado no Toyota iQ, o bizarro Aston Martin Cygnet teve vida curta (Aston Martin/Divulgação)

Quase todos os exemplos dessa lista foram frutos do desejo de executivos de aumentarem o lucro de suas empresas. Naturalmente a Aston Martin também queria faturar mais com o Cygnet, mas o objetivo primário do primeiro (e único) compacto da marca era atender a legislação ambiental.

Explica-se: no início dessa década novas leis europeias exigiam a redução global do consumo de combustível e emissão de poluentes do catálogo de cada marca. Como a Aston Martin ainda não tinha começado a usar motores mais modernos, alguém teve a brilhante ideia de fazer uma parceria com a Toyota.

O iQ seria base para um inédito subcompacto de luxo, melhorando a eficiência geral da Aston Martin e atraindo novos clientes para a empresa. Mas a ideia era melhor no papel do que na prática, e o Cygnet saiu de linha dois anos depois após vendas muito abaixo do esperado.

Pudera: com apenas dois lugares, motor 1.3 e desempenho digno de carro brasileiro, ele custava na época no mínimo 30.995 libras (o equivalente a R$ 127.640 na conversão direta!).

 

Lamborghini LM002

Se alguém um dia perguntou por que uma picape Lamborghini 4×4, o contador da fábrica certamente respondeu: por quê não? (Divulgação/Lamborghini)

O Lamborghini LM002 é uma das provas de quão louca foi a década de 80. O primeiro SUV (ou seria picape?) da marca nasceu a partir de um projeto militar fracassado, que foi alterado para atender aos desejos cada vez mais extravagantes dos milionários do Oriente Médio.

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Capaz de cruzar dunas a 180 km/h graças à tração integral e motor V12 de 375 cv herdado do Countach., o LM002 parecia fadado a ser apenas uma extravagância. Hoje, porém, com a abundância de SUVs feitos por marcas de luxo e de esportivos, ele soa premonitório.

 

Bentley Bentayga

bentley-bentayga
Ele pode não ser bonito, mas já encontrou seu público (Divulgação/Bentley)

Via de regra, o Bentayga não é o primeiro SUV da Bentley. O dono desse título é o Dominator, um modelo exclusivo feito sobre a base do Range Rover a pedido do Sultão de Brunei. Mas o exótico inglês com mecânica Volkswagen é o primeiro a ser oferecido ao “grande público”.

Além do design polêmico, o Bentayga se destaca pela longa lista de opcionais, que inclui um relógio que custa quase tão caro quanto o próprio carro. Apesar das críticas, ele cumpriu seu papel, levando a Bentley a aumentar suas vendas globais em nada menos que 80%.

 

Alfa Romeo Stelvio

Tradição: o cuore sportivo no centro foi preservado
De olho no sempre lucrativo segmento dos SUVs, a Alfa Romeo entrou na brincadeira com o Stelvio (Divulgação/Alfa Romeo)

Entrar no segmento de SUVs nem sempre é sinônimo de rios de dinheiro entrando na companhia, como mostra o Alfa Romeo Stelvio. A fabricante italiana encarou a fúria de seus fãs em nome da maior rentabilidade, mas o primeiro utilitário da empresa ainda não atingiu as expectativas da fabricante, que tenta sair da sombra da Fiat.

 

BMW Série 2 Active Tourer

Como irritar muitos fãs da BMW com um só carro: faça um monovolume de tração dianteira (Divulgação/BMW)

Segundo a própria BMW, 80% dos donos de Série 1 não sabem dizer qual eixo seu carro traciona. Para reduzir custos e melhorar a eficiência de seus modelos de entrada, a fabricante bávara fez o impensável: desenvolveu uma plataforma para modelos de tração dianteira.

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Coube ao Série 2 Active Tourer (além de tudo, uma minivan!) o polêmico pioneirismo, seguido pelo X1 e, em breve, a próxima geração do Série 1. E não há sinais de que a maior parcela do público da marca vá reclamar.

 

Fiat Toro

Por fora é impossível identificar a novidade
Há tempos a Fiat queria lançar uma picape, mas só com a FCA o sonho virou realidade (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Apesar de algumas tentativas no passado (como o Tempra, o Marea e o Linea), a Fiat sempre foi vinculada aos modelos populares mais acessíveis. Isso só reforçou ainda mais a importância da Toro, que foi a primeira picape (quase) média da marca.

Soluções inteligentes (como a tampa traseira bipartida) e um grande catálogo de versões reforçaram a receita de sucesso da Toro, que não deixa a tabela das picapes mais vendidas desde seu lançamento, mesmo estando bem longe de ser um carro barato.

 

Ferrari LaFerrari

A primeira Ferrari híbrida da história é também uma das mais rápidas (Ferrari/Divulgação)

Uma boa forma de superar o preconceito de conservadores é criar um carro muito melhor que seus antecessores. Além de ser a primeira Ferrari híbrida da história, a LaFerrari também foi a primeira a superar a barreira dos 1.000 cv – em sua versão de pista, a FXX K.

A fabricante italiana é uma das poucas a manter certas tradições, mas sobraram poucos dogmas ainda inquebráveis em Maranello. Já teve Ferrari turbo, com tração integral… Só falta um SUV!

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Mercedes-Benz Classe X

A picape da Mercedes é baseada na plataforma da nova Nissan Frontier (Divulgação/Mercedes-Benz)

A Classe X é, como outros exemplos dessa lista, fruto de parcerias com outras empresas com o objetivo primário de ampliar o volume de vendas de sua fabricante.

A primeira picape média da Mercedes já está causando polêmica por ser baseada na plataforma da plebeia Nissan Frontier, mas não deverá romper com todas as tradições: pelo menos até o momento, a marca garante que a X não terá uma versão AMG.

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