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Dez carros que quebraram as tradições dos seus fabricantes

Carros que encerraram décadas de escolhas da marca

Por Guilherme Fontana
Atualizado em 8 jul 2021, 22h35 - Publicado em 22 dez 2019, 19h41

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“Herança cultural, legado de crenças ou técnicas; conjunto de valores morais, espirituais, etc, transmitidos de geração para geração”. Assim é definida a palavra “tradição” em uma rápida busca na web. Na indústria automobilística, o significado de tradição é o mesmo.

No entanto, cada vez mais, as fabricantes deixam suas raízes de lado para entrarem em novos segmentos de mercado visando, é claro, maior lucratividade. QUATRO RODAS reuniu alguns dos casos mais recentes de quebras de tradições do mundo automotivo.

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BMW Série 2 Active Tourer – O primeiro exemplo é, sem dúvidas, o caso mais polêmico da lista. A tração traseira era uma das características mais marcantes de um BMW, sendo padrão quando os modelos não dispunham de tração integral. Isso durou até 2014, quando a fabricante resolveu lançar o Série 2 Active Tourer, uma minivan com tração dianteira – ou seja, dois rompimentos históricos de uma só vez.


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Ferrari FF – Apesar de manter os traços típicos de uma Ferrari, a FF é o primeiro superesportivo familiar da marca. Diferentemente do que pode parecer, a sigla FF não tem relação com o fato de esta ser uma “Ferrari familiar”, mas sim com outras características que fogem do padrão de um modelo da fabricante italiana. “Ferrari Four”, o real significado do nome, aponta para a tração nas quatro rodas e a possibilidade de levar até quatro ocupantes.


Aletas próximas às rodas reduzem a turbulência do ar
Honda Civic Type R (divulgação/Honda)

Honda Civic turbo – As versões de apelo esportivo do Civic sempre encheram a boca para falar de seus motores i-VTEC aspirados. A apresentação do novo Civic Type-R, porém, mudou esta concepção: ficou de lado o motor aspirado com apetite por giros altos, entrou em cena um turbinado com torque farto em baixas rotações.


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Jeep Compass – Conhecida por sua capacidade off-road, assim como a Land Rover, a Jeep nunca abriu mão da tração 4×4 em seus modelos. Quer dizer, abriu. Originalmente apresentado em 2006, a primeira geração do Compass rompeu com a tradição da Jeep ao ser dotado de tração dianteira.


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Mercedes-Benz A 45 AMG – O sucesso do rival Audi RS3 fez com que a AMG repensasse sua estratégia de mercado. Antes preparadora de modelos mais caros da Mercedes-Benz, a “grife” resolveu entrar em um segmento inédito: o dos esportivos compactos. Se essa quebra de tradição não foi suficiente, a AMG fez mais. O A 45, versão mais poderosa do hatch Classe A, foi o primeiro AMG a abrigar um motor de quatro cilindros debaixo do capô.


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MINI Clubman – O modelo não é novo, mas a geração  atual da “perua” deixou para trás todas as credenciais de um legítimo “mini carro”, como o nome da fabricante sugere. Com 27 centímetros a mais em relação ao antigo, o modelo chega aos 4,22 metros, sendo maior até que crossover Countryman – que falaremos logo abaixo.


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MINI Countryman – Alguns anos antes do atual Clubman, o Countryman fez com que muita gente torcesse o nariz. Afinal, apesar do estilo próximo do Cooper, em nada ele guardava características de um MINI – alto, grande e apto a dar umas voltinhas na terra. Com o tempo, o modelo caiu no gosto do público e viu suas vendas (e versões) crescerem. Não por acaso, já é fabricado na unidade brasileira do Grupo BMW, instalada na cidade de Araquari (SC).


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Renault Sandero R.S. – Originalmente um modelo de baixo custo desenvolvido pela Dacia, subsidiária romena da Renault, o Sandero estreou, em 2015, sua inédita versão esportiva R.S. Até aí, tudo bem. O grande diferencial do modelo está no fato de ser o primeiro R.S. (sigla para Renault Sport) a ser fabricado fora da França, de onde saem todos os modelos preparados pela divisão esportiva. O mais legal? Os franceses até o invejaram!


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Volvo C30 – Mais do que uma quebra de tradição, o caso do C30 representou uma arriscada aposta da Volvo. Reconhecida pela segurança de seus carros, a fabricante sueca nunca foi referência em design. O hatch de duas portas, porém, foi contra o estereótipo de que um Volvo deveria, obrigatóriamente, ser sem graça. As lanternas verticais e a grande tampa de vidro traseira fizeram com que o modelo fosse parar em uma famosa saga de filmes vampirescos.


Bônus: SUVs

A moda dos utilitários esportivos tomou tamanha proporção que mereceu um tópico exclusivo nesta reportagem. Eles, os SUVs, representaram as maiores quebras de tradições do mundo automotivo. Além dos cada vez mais conhecidos compactos, como Ford EcoSportHonda HR-V e Jeep Renegade, os SUVs também invadiram as castas mais altas do mercado – inclusive as clássicas marcas de superesportivos.

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A Porsche tem não apenas um, mas dois utilitários que respondem pela maior parte de suas vendas: Cayenne e Macan. A Jaguar mostrou o F-Pace, que chega em breve ao Brasil e deverá causar certo conflito familiar com os Land Rover. O mais recente é o Bentayga, da Bentley. A Lamborghini, na década de 1982, apresentou o jipão LM002 e hoje prepara o Urus. A Maserati também já entrou para o time.

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