Novo Renault Duster tem peças do Clio europeu, mas chega só com motor 1.6
Reestilização profunda, que será apresentada como segunda geração, elevará o padrão de equipamentos do SUV compacto a partir de março
A Renault divulgou nesta quarta-feira (5) as duas primeiras imagens oficiais do novo Duster. Uma de frente, sem mostrar detalhes laterais, e outra do painel.
Além disso, anunciou o lançamento da nova e profunda reestilização do SUV – que será vendida como segunda geração, mas manterá a plataforma B0 – em março, confirmando a previsão dada por QUATRO RODAS em agosto do ano passado.
A imagem externa tira qualquer dúvida sobre a equidade visual do Duster nacional em relação ao modelo vendido nos mercados russo e turco, também com insígnia da marca francesa.
É preciso lembrar que, na Europa ocidental, o Duster é comercializado com logotipo Dacia, tendo grade e para-choque diferentes.
Já a fotografia do painel revela alguns dos equipamentos de série que o novo Duster trará, pelo menos na versão de topo: partida do motor por botão, start-stop e rebatimento elétrico dos retrovisores.
A central multimídia abandona o conhecido sistema MediaNav, usado por Captur, Sandero, Logan e Kwid, promovendo a estreia nacional do Easy Link, herdado do Clio europeu, porém com tela tátil menor, de 7 polegadas, e flutuante.
Aliás, o hatch compacto vendido pela Renault na Europa também empresta ao nosso Duster os comandos do ar-condicionado automático digital.
O painel também muda bastante, trazendo o volante multifuncional dos novos Sandero e Logan, um quadro de instrumentos inédito com computador de bordo central digital (monocromático) e saídas de ar exclusivas, diferentes até do que existe no Duster europeu. Apesar disso, os plásticos parecem ser todos rígidos.
Nas guarnições das portas há revestimento em tecido mesclado no interior, que lembram o Citroën C4 Cactus.
Em sua estreia, o novo Duster contará apenas com o motor 1.6 SCe, quatro-cilindros naturalmente aspirado flex, de 120 cv com etanol, aliado a câmbio manual ou automático tipo CVT. A tração será sempre dianteira.
A variante 1.3 TCe, desenvolvida em parceria com a Mercedes e convertida em turbo flex no Brasil, deve ficar para 2021, inclusive com chances de estrear não no Duster, mas na reestilização do Captur.
A produção do novo Renault Duster brasileiro já foi iniciada em São José dos Pinhais (PR).