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Como Onix e Tracker, nova Chevrolet Montana tem projeto chinês

Terceira geração da Montana pode estrear no Brasil apenas em 2023, mas seus primeiros protótipos já estão no Brasil, onde será fabricada

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Eduardo Passos
Atualizado em 15 set 2021, 13h53 - Publicado em 15 set 2021, 13h03
Picape terá faróis divididos, como a rival Fiat Toro
Picape terá faróis divididos, como a rival Fiat Toro (Renato Aspromonte/Quatro Rodas)

A China realmente se tornou o polo de desenvolvimento de carros compactos da General Motors a nível global. O mais recente exemplo disso é que o projeto da nova geração da Chevrolet Montana, um carro a princípio exclusivo para a América Latina, também tem seu projeto capitaneado pelo país asiático.

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QUATRO RODAS apurou, inclusive, que os primeiros protótipos da Montana 2023 foram enviados da China para o Brasil, onde desembarcaram em meados de agosto. Os carros já chegaram com o motor três-cilindros 1.2 flex rendendo os mesmos 132/133 cv que rende no Tracker Premier, mas combinados com câmbio manual de seis marchas – uma combinação exclusiva da picape. Mesmo com câmbio manual, a picape tem piloto automático.

Estes protótipos servirão para validação de componentes do carro (hoje desenvolvidos cada vez mais em ambiente virtual) e para os primeiros testes, tanto de rodagem quando técnicos, nos laboratórios da General Motors no Brasil.

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Inclusive, não é raro que o Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba (SP) receba carros e utilitários que não serão vendidos no Brasil ou na América Latina. A validação ali segue padrões globais da GM.

Lançamento ainda vai demorar

O mais surpreendente foi a Chevrolet já ter divulgado teaser da picape tanto tempo antes do seu lançamento, A apresentação da nova Montana está programada para acontecer no segundo semestre de 2022, mas o lançamento comercial tende a ficar para o começo de 2023.

Chevrolet Montana
Traseira reta terá marca em relevo na tampa (Renato Aspromonte/Quatro Rodas)

Ela será fabricada em São Caetano do Sul (SP), junto com o Tracker. A linha de montagem já começou a ser adaptada para a produção da picape de porte intermediário, aproveitando o tempo que a produção na unidade foi paralisada por falta de insumos.

A base da Chevrolet Montana 2023 é a plataforma global GEM, a mesma de Onix e Tracker. Contudo, será o maior carro da família. O entre-eixos vai superar os 2,83 metros da Oroch, o que renderá um bom espaço na cabine, com quatro portas e espaço para cinco passageiros.

Motor Chevrolet 1.3 Ecotec turbo
Motor Chevrolet 1.3 Ecotec turbo (Divulgação/Chevrolet)

O espaço na caçamba também pode ser favorecido pela suspensão convencional, por eixo de torção. Será um meio de manter o preço abaixo do da Fiat Toro (que parte dos R$ 115.000). Ainda assim, versões mais caras terão monitor de pontos cegos, Wi-Fi 4G e frenagem de emergência.

Espera-se, também, um motor mais potente que o conhecido 1.2. A principal opção recai sobre o três-cilindros 1.3 turbo com injeção direta de 163 cv que equipa o novo Monza. Independente do motor, haverá opção de câmbio automático de seis marchas. 

Revolução na Montana 

Não é só na estrutura que a nova Montana e será completamente diferente das duas gerações anteriores. Desta vez, terá porte de SUV e linhas mais retas, que passam sensação de solidez.

Faróis em dois andares, com leds diurnos e setas acima do bloco dos faróis, serão novidade na linha Chevrolet brasileira, mas comuns a Fiat Toro e Hyundai Santa Cruz.

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Centro de desenvolvimento chinês 

Após ter enfrentado o processo de concordata, iniciado em 2009, a General Motors passou a transformar a China em seu polo de desenvolvimento para carros compactos. A plataforma GSV, do Onix Joy, da Spin e do Cobalt, teve um envolvimento maior da Chevrolet do Brasil e até da Opel em seu desenvolvimento. Mas o mesmo não aconteceu com a atual plataforma GEM, de Global Emerging Markets. O nome faz todo o sentido.

Teaser da nova Chevrolet Montana
Teaser da nova Chevrolet Montana (Reprodução/Chevrolet)

A GEM é uma criação da joint venture entre a General Motors e a chinesa SAIC, sua parceira desde 1997. Foi a SAIC quem desenvolveu o visual do último Chevrolet Classic, por exemplo. Mas seus esforços foram mais longe com a plataforma GEM, específica para mercados da América Latina, África, Ásia e Oriente Médio.

E assim foi feito. O projeto original previa o lançamento de oito produtos com cinco carrocerias diferentes a partir da matriz modular GEM. Para o Brasil, ainda há espaço para um SUV a ser posicionado entre Tracker e Equinox e também um substituto para a Chevrolet Spin. Pelo atual patamar de preço, não surpreenderia se ambos fossem representados por um mesmo produto.

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A SAIC também está por trás de boa parte do desenvolvimento da plataforma VSS-F, para veículos de tração dianteira, considerada sucessora das plataformas Gamma (GSV)Delta (D2XX do Cruze) e Epsilon (sedãs grandes), como uma alternativa mais premium a GEM.

É ela que equipa o SUV médio Chevrolet Trailblazer, fabricado na Coreia do Sul e na China, e vendido até nos Estados Unidos, e também a nova geração do Chevrolet Monza, que acaba de ser lançado no México como Cavalier.

Esse maior envolvimento da GM-SAIC em carros emergentes está previsto há mais de 10 anos, quando a GM estava superando seu processo de concordata e traçava seu plano de voo para encarar os próximos anos. Nesse meio tempo, porém, enxugou sua equipe de engenharia no Brasil. Isso também ajuda a explicar porque os projetos de Onix, Tracker e Montana foram capitaneados pela China.

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