Ford Maverick 2.0 terá 253 cv e promete mais economia que Fiat Toro
Novos dados de consumo reforçam que, apesar dos 253 cv, nova picape da Ford não fará feio em termos de consumo
Perto de ser lançada em ao menos duas versões no Brasil, a Ford Maverick teve seus dados de consumo revelados com números animadores, que reforçam a expectativa de que essa seja a picape intermediária mais econômica do país.
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Os resultados vieram dos Estados Unidos, onde a nova caminhonete da Ford também será vendida com motor 2.0 EcoBoost turbo do Bronco Sport e do Fusion. Além dos exemplares com o 2.0 a gasolina, os americanos também terão a Maverick híbrida, que não será lançada no mercado brasileiro.
Mas não que faça muita falta, pois os dados vindos do órgão de regulação ambiental dos EUA corroboram o adiantado por QUATRO RODAS: a Maverick 2.0, com cerca de 253 cv, deverá atingir elogiáveis 12,7 km/l em ciclo rodoviário, com rendimento de 9,8 km/l na cidade.
Esses números valem para a Maverick com tração dianteira. No caso das versões com tração integral e preparo para reboque (que alteram a relação final de marchas da picape), os consumos em ciclo urbano e rodoviário são de 9,3 km/l e 12,3 km/l, respectivamente.
Como os ciclos de aferição variam entre países é possível que os dados sejam modificados, mas caso a realidade faça jus ao laboratório a “Maveca” venceria a Fiat Toro em ambos os cenários. Consumindo mais desde a aposentadoria do 1.8 e.torQ de 139 cv, a Toro equipada com o 1.3 GSE turboflex de 185 cv marcou, com gasolina, 9,7 km/l e 10,7 km/l em cidade e rodovias, respectivamente.
Nova Ford Maverick
A ousadia da F-150 Lightning – a primeira, entre as rivais, 100% elétrica – ainda era assunto quando a Ford anunciou que uma nova picape chegaria às lojas americanas no terceiro trimestre de 2021. Híbrida, de porte intermediário no país das full-size e mais barata do que um EcoSport, a Maverick era uma aposta pouco óbvia, mas seu êxito pode ser mensurado pelas mais de 80.000 encomendas já feitas.
Com um motor 2.5 a gasolina e outro elétrico que geram 194 cv combinados, a versão básica (XL) se destaca pela racionalidade: custa US$ 19.995 (R$ 103.370) e promete 800 km de autonomia, mas sem tração 4×4. A que chegará ao Brasil, porém, será a XLT e a topo de linha Lariat, com o 2.0 EcoBoost (253 cv/38,3 kgfm), câmbio automático de oito marchas e, claro, tração integral.
Vendida nos EUA por US$ 26.575 (R$ 137.780), a Maverick Lariat tem interior em dois tons de couro e sistema de direção semiautônoma Co-Pilot 360, se destacando da XLT, US$ 23.365 (R$ 120.790) pela cabine mais luxuosa e detalhes externos de LED.
Com 5,08 m de comprimento e 3,08 m de entre-eixos, o porte é quase de picape média, fazendo do espaço interno um diferencial. Por fora não houve muito atrevimento com o estilo, que mistura traços da Ranger e F-150 com o irmão de plataforma Bronco Sport, mas a ampla caçamba jura versatilidade e equipamentos de fazer inveja a escoteiros experientes.
A Lariat brasileira terá o pacote off-road FX4, com rodas de aro 17 exclusivas, pneus de uso misto, suspensão elevada e recalibrada, radiador e ventoinha mais eficientes e protetor de cárter, enquanto a XLT ficará de olho em quem precisa de picapes para trabalhos mais pesados. Por ser fabricada no México, a Maverick terá isenções fiscais, mas, como o Bronco Sport mostrou bem, isso não basta para que a caçula tenha preço competitivo por aqui.
Apenas a versão a gasolina está homologada no Brasil, ainda que as versões híbridas tivessem bons argumentos para brilhar por aqui. A ausência de tração integral, entretanto, seria um grande entrave diante de rivais como as Fiat Toro a diesel.