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Fiat Toro 1.3 turbo 2022 corrige antigos defeitos para seguir na liderança

Linha 2022 da picape muda aparência, renova interior e ganha motor 1.3 turbo para manter a receita de sucesso

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 Maio 2021, 10h00 - Publicado em 3 Maio 2021, 17h00
Fiat Toro Volcano tubo flex
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Sem grandes novidades desde que foi lançada, em 2016, a Fiat Toro ganhou sua primeira atualização. Mais do que apenas uma mudança de para-choques, a segunda picape mais vendida do país investiu pesado para corrigir seus principais defeitos. Por isso, testamos a versão mais completa com o novo motor turbo, a Volcano, de R$ 144.990. Assista ao vídeo e conheça todos os detalhes do modelo.

O estilo, ainda fora do convencional para picapes, é um dos responsáveis pelo sucesso da Toro. Talvez por isso a marca tenha optado por mudanças leves, mas que garantiram sua sobrevida.

Para as versões “mais baratas”, que vão até a Volcano, a dianteira ficou com uma aparência mais refinada. A grade está maior, mais pronunciada e adotou o nome Fiat em destaque, além das riscas com as cores da Itália no canto inferior direito.

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O para-choque tem nichos retangulares para os faróis de neblina e o capô adotou vincos que deram volumes mais musculosos à peça. Nas topo de linha Ultra e Ranch, a dianteira é exclusiva.

Fiat Toro Volcano tubo flex
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Os faróis continuam com o mesmo formato, mas são iluminados por LEDs a partir da versão intermediária Freedom (de R$ 131.890) e ganham um novo arranjo interno. As peças próximas ao capô têm como novidade a luz de seta em LED alternada com a luz branca do DRL. Polêmica por fotos, pessoalmente a barra cromada que antes sustentava o logo da Fiat na base do capô, ficou ali para não tornar aquela área lisa demais.

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Na traseira, a única novidade é o logo Turbo 270, que faz referência ao torque em Newton Metro do novo motor GSE. De lado, só mudam os desenhos das rodas. No caso da Volcano, elas têm acabamento diamantado, 18 polegadas e pneus 225/60.

Fiat Toro Volcano tubo flex
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Mudança interior

Se para os menos atentos a nova Toro não demonstrará tantas novidades assim por fora, por dentro a mudança certamente causará maior impacto. O painel é todo novo, com desenho e materiais revistos, e o quadro de instrumentos é digital em todas as versões.

Uma faixa com acabamento diferenciado (cinza, na Volcano) percorre o centro do painel e faz sumir o antigo porta-objetos que existia à frente do passageiro – mas outros novos e com o fundo emborrachado para não riscar os pertences, apareceram no console central. Há também um novo carregador de celulares por indução. Os comandos do ar-condicionado agora ficam enfileirados abaixo da central multimídia.

interior da Fiat Toro Volcano tubo flex
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Apesar da aparência mais sofisticada, os plásticos rígidos permanecem, não há nada emborrachado, um erro para um modelo com preço médio de R$ 150 mil e pretensões urbanas.

Voltando à central multimídia. De série, o equipamento tem uma tela de 8,4 polegadas e integração com Android Auto e Apple CarPlay, mas a unidade testada ostentava a configuração mais cara do sistema, representado por uma tela vertical de 10,1 polegadas, um opcional que custa R$ 3.100. Se você é do tipo que gosta de conectividade e tecnologia, vale a pena pagar pela tela alongada.

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Interior da Fiat Toro Volcano tubo flex
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

O teto solar também é opcional, oferecido em um pacote com a central multimídia maior que custa R$ 7.232. Vale destacar que o teto solar só está disponível para a versão Volcano. Nem mesmo a topo de linha Ultra, que custa R$ 187.490, pode ter o item.

A lista de série da versão testada inclui faróis full LED com acendimento automático, sensor de chuva, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de ré, chave presencial com partida do motor por botão e remota, monitoramento de pressão dos pneus, retrovisores com rebatimento elétrico, 7 airbags, sistema de tração E-Locker, assistente de saída de faixas, frenagem automática, bancos de couro, banco do motorista com ajustes elétricos e ar-condicionado digital de duas zonas.

Interior da Fiat Toro Volcano tubo flex
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Espaço: fraqueza e virtude

O espaço interno da Toro ainda pode ser dividido entre uma fraqueza para os passageiros e uma virtude para as bagagens. Os ocupantes da picape vão confortáveis nos bancos dianteiros. Nos traseiros, o assoalho alto pode incomodar pela posição que obriga os joelhos a ficarem, acima da cintura, e o espaço para as pernas não tem sobras. Além disso, o encosto típico de picapes fica a quase 90° do assento.

Uma viagem com três ocupantes no banco de trás pode acabar se tornando uma dor de cabeça, já que o espaço lateral de pernas e ombros é reduzido. Quem vai no meio fica ainda mais desconfortável com o túnel central alto.

Interior da Fiat Toro Volcano tubo flex
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Por outro lado, as bagagens vão com muito conforto. São 937 litros de capacidade na caçamba, apenas 63 a mais do que na Toyota Hilux, de um segmento superior. Só torça para não chover: a capota marítima convencional não consegue barrar a entrada de água no compartimento.

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Desempenho da Fiat Toro 1.3 Turbo

Por fim, a maior mudança da Toro para se manter na liderança é o novo motor 1.3 GSE turbo flex, que também equipa o Compass, e rende 180/185 cv de potência (gasolina/etanol) e 27,5 kgfm de torque com qualquer um dos combustíveis. Sempre acompanhado de um câmbio automático de 6 marchas, a grade sacada do motor é a terceira geração do MultiAir, sistema de comando de válvulas variável que já equipou Fiat 500 e a própria Toro, em sua versão 2.4.

Além disso, a Stellantis realizou a troca a correia dentada por corrente e usa velas de irídio, que contribuem para maior durabilidade e menor custo de manutenção.

Motor da Fiat Toro Volcano tubo flex
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

A motorização resolveu o principal problema do modelo, o desempenho – ou a falta dele. Com gasolina, em nossos testes, a Toro 1.3 turbo foi de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos, número muito melhor do que os 15,5 segundos feitos pelo antigo 1.8 flex (ainda presente na versão de entrada Endurance, de R$ 114.590).

O funcionamento suave do conjunto impressiona e a picape acelera com facilidade, sem demonstrar esforço ou se “esgoelar” para tomar fôlego, mesmo em ultrapassagens. As respostas do motor são rápidas pelo torque disponível a baixos 1.750 rpm, e o turbo lag é praticamente inexistente, graças ao coletor de escape próximo ao cabeçote. A única demora vem do acelerador, um pouco amortecido.

Fiat Toro Volcano turbo flex
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

A suspensão, com McPherson na dianteira e multilink na traseira, garante a segurança e o conforto a bordo, aproximando a dirigibilidade da Toro de um SUV, sem os pulos característicos de picapes.

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O câmbio teve uma ótima integração, com escolhas certeiras e trocas quase imperceptíveis. Mesmo em velocidades mais altas, a rotação baixa do motor ajuda no consumo e no conforto acústico na cabine. Porém, a transmissão não deixa que as rotações fiquem baixas ao ponto de causar danos na detonação, comuns quando se combina rotações baixas e altas cargas.

Fiat Toro Volcano tubo flex
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Se o motor GSE teve bons resultados no desempenho, ficou devendo consumo melhor, mostrando que não há milagres para um carro de mais de 1.600 kg. Em nossa pista, o modelo registrou as médias de 8,9 km/l em ciclo urbano e 12,6 km/l no rodoviário, números muito próximos das feitas pelo 1.8, de 8,2 e 12 km/l, respectivamente.

Teste – Fiat Toro Volcano T270 (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,3 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 m: 31,8 s – 163,5 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h: 4,7 s (em D)
  • Retomada de 60 a 100 km/h: 5,7 s (em D)
  • Retomada de 80 a 120 km/h: 7,2 s (em D)
  • Frenagens de 60/80/120 km/h a 0: 16,4/26,9/40,4/58 m
  • Consumo urbano: 8,9 km/l
  • Consumo rodoviário: 12,6 km/l

Ficha técnica – Toro Volcano 2022 T270

  • Preço: a partir de R$ 119.590
  • Motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16V, 1.332 cm³, 180/185cv (gasolina/etanol) e 27,5 kgfm 
  • Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
  • Suspensão: McPherson (dianteira), multilink (traseira)
  • Freios: discos (dianteira), tambor (traseira)
  • Capacidade de carga: 750 kg
  • Dimensões: comprimento, 494,5 cm; altura, 173,0 cm; largura, 184,5 cm; entre-eixos, 299,0 cm; caçamba, 937 l; tanque, 55 l
  • 0 a 100 km/h: 10,8 s (gasolina) / 10,7 s (etanol)
  • Consumo: 9,7 km/l (gasolina) / 6,6 km/l (etanol) em ciclo urbano; 10,7 km/l (gasolina) / 7,9 km/l (etanol) em ciclo rodoviário

Veja mais fotos da Fiat Toro Volcano 2022

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Capa Quatro Rodas 744 Abril 2021
(Arte/Quatro Rodas)
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