Segredo: novo Renault Captur vem ao Brasil só em 2021, e terá motor turbo
Marca levará pelo menos dois anos tanto para aprontar o propulsor 1.3 TCe flex quanto para renovar o SUV compacto. Ambos podem estrear juntos
A segunda geração – ou seria uma reestilização aprofundada? – do Renault Duster será lançada no Brasil na primeira metade de 2020, conforme QUATRO RODAS já antecipou.
Mas e a chegada da configuração com o motor 1.3 TCe (turboflex de injeção direta), desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz, já disponível para o Duster europeu?
É bom não esperar por esta opção tão já. Durante o lançamento da nova linha de Sandero, Logan e Stepway, nossa reportagem apurou que o motor turbinado da família TCe não chegará ao país antes de 2021, podendo ficar para 2022.
Segundo fontes, ainda será preciso fazer um trabalho de homologação local e adaptação do propulsor para virar flex. Ainda não se sabe se ele virá importado ou se será produzido em São José dos Pinhais (PR).
Enquanto isso, o novo Duster manterá as opções 1.6 e 2.0 naturalmente aspiradas, respectivamente com 120 e 148 cv, respectivamente.
Talvez uma das novidades seja a troca do câmbio automático de quatro marchas acoplado ao motor de maior capacidade cúbica pelo CVT, que equipa hoje as versões 1.6.
A propósito, não será sequer o Duster o modelo responsável por estrear o 1.3 TCe flex no país.
Isto porque, segundo nossas apurações, também ficará apenas para 2021 ou 22 a primeira atualização visual do Captur, recebendo as atualizações da plataforma B0 do Duster e herdando, enfim, o visual (ou pelo menos parte dele) a ser adotado pelo primo Captur europeu a partir deste ano.
Aí basta somar 2+2. Se o novo Captur e o novo motor estreiam entre 2021 e 22… é que ambos podem – para não dizer parecem – estar sendo planejados um para o outro.
Na Europa, o motor 1.3 TCe rende 150 cv de potência e 25,5 mkgf de torque, dados que podem ser incrementados no Brasil por conta do uso do etanol.
Assim como o Duster, o novo Captur brasileiro deve manter dimensões muito similares ao modelo atual, incluindo a distância entre-eixos de 2,67 metros.
Arkana na corda bamba
Durante o evento, o presidente da Renault no Brasil, Ricardo Gondo, tentou desconversar sobre os rumores sobre a chegada – e até sobre um possível cancelamento de projeto – do SUV-cupê Arkana no Brasil.
“É muito cedo para pensarmos nesse carro”, comentou.
Segundo fonte consultada pela nossa reportagem, a fabricante está próxima de decidir se “vai ou não vai” seguir com o projeto de produção nacional do modelo, porém tendendo mais para o “não”.
O motivo é que os executivos vêm sofrendo para fechar as questões de custo de produção e posicionamento de produto.
“Sabemos que precisamos reter o cliente que comprou um Captur e não tem mais para onde ir, mas seria difícil convencê-lo a comprar um carro na faixa [de preço] de um BMW de entrada. Não queremos dar um passo maior que as pernas”, afirmou.
Uma alternativa ao Arkana seria trazer de volta ao radar o SUV médio Koleos, que seria vendido como importado.