O que esperar do novo Honda HR-V 2023, que estreia no Brasil em agosto
SUV terá dois visuais diferentes, que variarão de acordo com os motores, que serão 1.5 aspirado ou turbo; pacote de equipamentos deverá ser recheado
Longe das lojas brasileiras desde o início deste ano, o Honda HR-V já tem data para retornar ao mercado: ele chega no próximo mês de agosto, em sua terceira geração.
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Se no início os frequentes flagras apontavam que o novo HR-V, produzido em Itirapina (SP), teria o visual mais “clean” da linha, um evento de apresentação aos concessionários mostrou que não será bem assim. Imagens vazadas da ocasião confirmaram que o SUV brasileiro terá duas dianteiras diferentes, variando de acordo com as versões, conforme registros no INPI.
Quatro versões e dois motores para o HR-V 2023
O Honda HR-V 2023 será vendido em quatro versões diferentes, ao todo. As duas primeiras, EX e EXL, serão equipadas com o mesmo conjunto mecânico dos novos City sedã e hatch: um motor 1.5 aspirado de 126 cv de potência e 15,8 kgfm, sempre com câmbio automático do tipo CVT.
Para elas, o HR-V terá visual mais simples na dianteira, com uma grade filetada e que, ao menos na Europa e no Japão, seguem a cor da carroceria. Nas imagens da apresentação não é possível identificar o acabamento da grade, já que a unidade exposta era cinza.
As versões mais básicas também terão rodas menores e mais simples (o que nunca foi visto no HR-V nacional), além dos plásticos pretos sem pintura na base da carroceria, como nos para-choques, nas laterais e nos para-lamas. Na traseira, as lanternas de LED terão uma faixa vermelha.
As configurações mais caras do novo HR-V serão as Advance e Touring, o motor será o 1.5 i-VTEC turbo que, finalmente, passará a ser flex e montado no Brasil. Assim, entregará cerca de 180 cv. O câmbio também será automático do tipo CVT.
Estas versões adotarão a dianteira mais sofisticada, apesar de mais convencional, formada por uma trama hexagonal em preto brilhante.
O mesmo acabamento em preto brilhante estará nos acabamentos da base da carroceria, como para-choques e para-lamas. Na versão Touring, as rodas têm desenho de cinco raios e acabamento diamantado. Por fim, na traseira, as versões turbo ganham lanternas totalmente acinzentadas e saídas duplas de escape.
A má notícia é que, conforme antecipado por QUATRO RODAS, o Honda HR-V híbrido, que faz quase 30 km/l, não virá.
Equipamentos e preços do Honda HR-V 2023
O interior terá mudanças óbvias de equipamentos e acabamentos, mas ainda não se sabe o pacote de cada versão. Rumores apontam que todas terão o pacote Honda Sensing, com itens de segurança como frenagem automática de emergência, piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa, reforço eletrônico de frenagem, reconhecimento de placas de trânsito, alerta de pontos cegos, assistente de descidas e câmera multi-view. Seria mais completo que o sistema disponível no City Touring, portanto.
A única imagem vazada do interior do novo HR-V no Brasil mostra a versão EXL, com motor 1.5 aspirado. Nela, é possível ver que o modelo terá faróis automáticos, modo de economia Econ, assistente de descida, chave presencial, ar-condicionado digital e uma central multimídia de bom tamanho. O quadro de instrumentos aparenta ser analógico, com uma tela colorida ao centro.
Os preços do novo HR-V também são desconhecidos, mas é possível estimar que fiquem na faixa entre R$ 130.000 e R$ 170.000, assim como os principais concorrentes.
Dimensões do Honda HR-V 2023
O SUV compacto está maior. Tem 4,30 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,58 m de altura e 2,61 m de entre-eixos, enquanto na geração anterior tinha 4,29 m de comprimento, 1,77 m de largura e a mesma altura e entre-eixos. A nova geração do HR-V está 1 centímetro mais comprida e 2 cm mais larga.
De acordo com a Honda, os motoristas também devem perceber um aumento da rigidez torcional da carroceria em razão do uso de aços de alta resistência e também pelo novo processo de solda introduzido na fábrica de Itirapina (SP).
Batizado de Inner Frame, esse processo finaliza o monobloco em uma mesma estação sem a necessidade de deslocar o conjunto, o que resulta em maior precisão e qualidade do trabalho. Esse processo é semelhante ao que foi adotado pela Hyundai, na fábrica de Piracibaba (SP) e pela Stellantis, em Goiana (PE).