Mini Cooper a hidrogênio foi criado há 20 anos e tinha motor brasileiro
Projeto mantinha o motor quatro cilindros, mas adaptava-o para queimar hidrogênio ao invés de gasolina
A moda para encontrar combustíveis alternativos e sustentáveis pode ser mais antiga do que você imagina. Em 2001, logo no início do século, a Mini mostrava ao mundo um conceito que substituía a gasolina pelo hidrogênio.
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Atualmente, não é nenhum absurdo vermos uma notícia como essa. A Toyota, por exemplo, tem o Mirai e já até corre com um Corolla Sport movido a hidrogênio em competições oficiais. Mas gerou curiosidade em todo o mundo há 20 anos.
O protótipo era baseado no Mini Cooper da época, a terceira geração da história do modelo, que estava estreando junto com o novo milênio. Na época, a marca britânica já estava sob comando da BMW, que aproveitou a tecnologia do BMW Série 7 Hydrogen no veículo compacto.
Porém, diferente das células de hidrogênio que funcionam com um processo eletroquímico – como no caso do Toyota Mirai – o Mini Cooper Hydrogen Concept era, em tese, mais simples.
Apresentado no Salão de Frankfurt, o hatch tinha um motor convencional, a combustão, porém adaptado para queimar hidrogênio. Por sinal, o motor quatro cilindros 1.6 era o mesmo da versão padrão do Mini Cooper, ou seja, o antigo motor 1.6 16V Tritec, fabricado no Brasil (e que seria transformado no Fiat E.torQ anos depois).
A principal diferença estava no sistema de injeção, que foi adaptado para melhorar a eficiência queimando hidrogênio líquido e ultra-frio, que era injetado no coletor de admissão.
Por dentro, o protótipo perdeu a segunda fileira de bancos para acomodar os cilindros que armazenavam o combustível. De acordo com a BMW, o Mini Cooper movido a hidrogênio tinha cerca de 120 cv e consumo semelhante ao modelo movido a gasolina, mas com a vantagem de ser bem menos poluente.
Futuro dos Mini
Se há 20 anos a ideia de um Mini que não fosse movido a combustíveis fósseis era meramente conceitual, agora ela já é realidade. Isso porque a marca já têm modelos 100% elétricos e a tendência é que continue assim.
A marca planeja produzir somente veículos elétricos a partir de 2030, porém as mudanças começarão a aparecer já no próximo ano. Para 2023, a quarta geração do Mini Hatch 3 portas, por exemplo, estreará exclusivamente elétrica no mercado europeu, enquanto as versões a combustão serão restritas a determinados países, como informou a BMW.
O mesmo se aplica ao sucessor do Countryman, que deverá ser substituído por um novo crossover.
De novidade, até agora o que se sabe é que o design deve trazer referências aos modelos Mini clássicos, mas com uma traseira totalmente nova, como pode ser visto em imagens vazadas vindas da China. Quanta a mecânica, nada foi divulgado, mas espera-se que ele supere os 200 km de autonomia da terceira geração.