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Guia de Usados: Volkswagen SpaceFox (2011 – 2014)

Primeira reestilização da perua deixou para trás o quadro de instrumentos de moto e o sofrível acabamento vindo do Fox

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 jan 2018, 18h27 - Publicado em 4 dez 2017, 16h11
Lançada em 2010, primeira reestilização da SpaceFox deu ares mais modernos e sofisticados a ela (Divulgação/Volkswagen)

Quando chegou ao Brasil, em 2005, a SpaceFox marcou uma relação de amor e ódio entre os fãs da Volkswagen. Se de um lado representava modernidade no segmento, de outro já anunciava o fim da saudosa Parati.

O fato é que a perua não acompanhava o refinamento de sua antecessora por herdar o acabamento acanhado do Fox. A solução veio cinco anos depois, em 2010, com sua primeira (e aguardada) reestilização.

Já como linha 2011, a então nova SpaceFox chegava às lojas com o título de nova geração pela grande representatividade das mudanças sofridas. A principal estava no interior.

O criticado painel de acabamento simplório e visual antiquado dava lugar a um mais moderno, seguindo as mesmas linhas retangulares dos demais modelos da época, como Golf e Jetta, além de utilizar materiais de melhor aparência. Os painéis de porta seguiram a evolução.

Principal crítica do modelo anterior, painel evoluiu e ficou mais refinado (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Mais do que o painel, o quadro de instrumentos vindo do Gol G4 (de leitura complicada e comparado a mostradores de motos) também foi deixado de lado em favor de um maior, mais interativo e completo, com direito a uma tela central para o computador de bordo ─ semelhante ao que vemos até hoje nos VW zero quilômetro. Os bancos também passaram por uma revisão de revestimentos.

A percepção de sofisticação e modernidade também atingiu a parte externa da perua. Na dianteira, os faróis de dupla parábola com máscara negra deram ares de esportividade, enquanto a traseira com lanternas retangulares e para-choque de aparência mais limpa ficou mais refinada e próxima do Passat Variant.

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As rodas, com desenho que remetem às do primeiro Passat CC, também faziam sua parte na melhor apresentação do modelo.

A perua abandonou os elementos redondos em favor de traços retilíneos e horizontais (Divulgação/Volkswagen)

Além de sanar os principais problemas, a reestilização manteve as qualidades do modelo anterior, como o espaço interno. Com exceção de quem vai na parte central do banco traseiro, que pode sofrer com relevo formado no piso, todos os demais ocupantes viajam com conforto e espaço de sobra para pernas e cabeça.

O porta-malas de 430 litros (150 a mais em relação ao hatch e 30 a menos do que a Fiat Weekend) é suficiente para carregar as malas das viagens ou as compras do mês.

Com 430 litros, o porta-malas da perua tem 150 a mais em relação ao hatch Fox (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Para aumentar o porta-malas, a SpaceFox oferece duas possibilidades. A primeira libera espaço para grandes volumes com o rebatimento do banco ─ mas que não deixam o assoalho plano. A segunda deixa o compartimento com 97 litros a mais, mas ainda permite levar ocupantes traseiros com um sistema de deslizamento do banco, como nos dianteiros.

Basta pressionar uma alavanca e puxar o banco para frente ou empurrar para trás novamente.

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Vale ressaltar que o rebatimento do banco traseiro da SpaceFox reestilizada não oferece os mesmos riscos do polêmico sistema dos primeiros modelos da linha Fox, com casos de danos físicos a pessoas.

Banco traseiro tem bom espaço e por ser deslizado para liberar alguns centímetros no porta-malas (Marco de Bari/Quatro Rodas)

A boa dirigibilidade também é característica da linha Fox, incluindo a SpaceFox. Mesmo com um vão livre do solo elevado e suspensão macia, a perua tem boa estabilidade e transmite segurança em curvas e em velocidades elevadas, sem a impressão de que o carro está flutuando ou com folgas na direção.

Em trechos urbanos, os buracos são facilmente absorvidos e as valetas são superadas sem muito esforço.

Motor VHT rende até 104 cv de potência, mas dá conta de empurrar o SpaceFox sem esforços (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Mais do que o conforto e a estabilidade a bordo, o modelo também guarda bom desempenho pelo motor 1.6 VHT de 101/104 cv com gasolina/etanol. Com câmbio manual de cinco marchas, o modelo foi de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos nos testes de QUATRO RODAS à época do lançamento.

O tempo passa para 13,4 segundos na mesma prova quando equipado com câmbio automatizado I-Motion, também de cinco velocidades.

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HORA DA AVENTURA

No auge dos aventureiros urbanos, que incluía o próprio CrossFox, a Volkswagen aproveitou a reestilização da perua parar dar à ela uma versão “off-road”. Com exceção da suspensão elevada, nada muda na mecânica da SpaceCross em relação à SpaceFox. Todas as alterações foram puramente estéticas.

SpaceCross chegou em 2011 para entrar na onda dos aventureiros urbanos com visual lameiro (Divulgação/Volkswagen)

Os pneus, maiores e mais largos, passaram a calçar novas rodas de liga leve (de série) com acabamento cinza, a dianteira passou a ser idêntica à do CrossFox, enquanto a traseira adotou peças em plástico sem pintura com o nome em baixo relevo no para-choque. Por dentro, assim como no CrossFox, o acabamento ganhou detalhes para diferenciar a versão aventureira das demais.

Plásticos sem pintura, rodas exclusivas e suspensão elevada diferenciavam a perua (Divulgação/Volkswagen)

A VOZ DO DONO

“Recentemente adquiri uma Spacefox 2014 Trendline. O carro é confortável, tem bom espaço para os passageiros no banco de trás, boa dirigibilidade e retomada, além de um bom porta-malas. Como ponto negativo, já que venho de um carro 1.0 (um Fox), estranhei o consumo mais alto. Também poderia ter um melhor acabamento interno nas portas e no painel.” – Márcio Mattiuzzo, 45 anos, engenheiro de segurança do trabalho, Jundiaí (SP)

“Após ter uma SpaceFox Comfortline do primeiro modelo, comprei outra Sportline ano 2013. A evolução é muito grande, especialmente por dentro. Tanto o quadro de instrumentos, quanto o painel no geral, melhoraram muito no desenho e no acabamento. Tenho dois filhos e o porta-malas dá conta das viagens de final de ano. Só não gosto do câmbio I-Motion. Na época preferi o conforto de um carro automático, mas me decepcionei com o funcionamento.” – Laura Vasconcellos, 36 anos, advogada, Belo Horizonte (MG)

ONDE O BICHO PEGA

Câmbio I-Motion – A transmissão automatizada pode representar um sonho para quem busca abandonar o pedal da embreagem, mas também pode se tornar um pesadelo por seu funcionamento. Assim como o Dualogic presente nos Fiat, o câmbio I-Motion apresenta grandes soluços a cada troca de marcha por não serem legítimos automáticos. Além de irritante, o desempenho do veículo fica limitado, especialmente em arrancadas. Mais do que isso, são muitos os relatos de problemas envolvendo este tipo de transmissão ─ com custo alto de reparo. Portanto, prefira o câmbio manual.

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NÓS DISSEMOS

“Ela ganhou elegância com a nova frente. E o interior parece ser de carro de segmento superior, com a substituição do painel de instrumentos miúdo e de leitura difícil pelo novo, composto de dois mostradores e um visor central. E o que dizer das laterais de portas, que eram de plástico, monocromáticas? Agora elas têm novo design de apliques de tecido. Mas não foi só isso.

Segundo a VW, o desenvolvimento da SpaceFox se guiou, em grande parte, por informações levantadas em pesquisas e em manifestações espontâneas dos proprietários, colhidas pela rede de concessionários, que revelaram os desejos e as necessidades dos consumidores.”

PREÇO MÉDIO DE USADOS (FIPE – Novembro/2017)

Modelo  2011 2012 2013 2014
Trend R$ 28.082 R$ 30.105 R$ 32.496 R$ 36.152
Trend I-Motion R$ 29.249 R$ 31.412 R$ 33.401 R$ 38.101
Sportline/Highline R$ 29.446 R$ 31.530 R$ 33.448 R$ 39.436
Sportline/Highline I-Motion R$ 29.845 R$ 31.956 R$ 33.877 R$ 40.974
SpaceCross R$ 32.514 R$ 36.937 R$ 39.682
SpaceCross I-Motion R$ 34.125 R$ 39.264 R$ 41.565
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