BMW Série 7 e i7 vêm ao Brasil com TV de 31 polegadas e portas automáticas
Já confirmados para desembarcarem por aqui em 2023, os sedãs rompem barreiras de design e tecnologia para o segmento de alto luxo
Dizer que um novo modelo quebrou paradigmas em relação aos concorrentes ou à sua antiga geração é um clichê na indústria, já que este é o propósito das atualizações. Porém, para o mal ou para o bem, alguns conseguem ir além. É o caso da sétima geração do BMW Série 7, apresentada nesta quarta-feira (20) e já confirmada para chegar ao Brasil em 2023.
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No caso do novo BMW Série 7, o primeiro diferencial vem com a companhia do i7, a inédita versão elétrica que mantém praticamente todas as características das versões a combustão. A estratégia é diferente da que a Mercedes-Benz tem feito com a linha EQ, que tem modelos de visual próprio. A BMW aposta na tradição.
O lançamento dos dois está marcado apenas para novembro no mercado americano e para meados de 2023 no brasileiro, porém, QUATRO RODAS foi a Nova York para conhecer de perto a nova geração do luxuoso sedã.
Como são os novos Série 7 e i7?
Além da versão elétrica, a segunda quebra de barreiras vem na aparência dos modelos, que adotam a ousada identidade vista há poucos dias na atualização do SUV X7.
Agora, o sedã tem os faróis divididos em pares, com as luzes diurnas na parte cima (com cristais Swarovski na parte interna) e a iluminação principal embaixo (com a lente escurecida) – é uma solução já batida no mercado, utilizada por inúmeros modelos e marcas.
Sem exageros nas proporções, o resultado dos conjuntos de faróis é bom, mesmo com a grade, que continua sendo o destaque na dianteira do sedã. Entre as versões a combustão (ou híbridas) e a elétrica, as diferenças do conjunto frontal ficam no para-choque, mais esportivo nos a combustão e, pasmem, mais conservador na elétrica, que ainda tem a grade com borda iluminada.
Por falar em aparência mais esportiva, este é mais um ponto de disruptura do Série 7: sedãs de alto luxo costumam não arriscar em traços esportivos, mas sim nos clássicos. No elétrico, os detalhes são sempre cromados e azuis. Já no modelo a combustão, eles podem ser cromados ou pretos, de acordo com a versão.
A traseira segue com lanternas horizontais e estreitas que invadem a tampa do porta-malas, além de terem um contorno que pode variar entre cromado ou preto. Neste ângulo também vale a diferenciação entre os Série 7 “comuns” e o i7. As laterais têm rodas que variam entre 19 e 22 polegadas, também com variação de desenhos e acabamentos.
Por dentro, ainda mais luxo
O interior não apenas reforça, mas exalta o alto nível de luxo e tecnologia dos sedãs. Começando pela entrada, já que as portas são automáticas – basta apertar um botão (por dentro ou por fora) e elas se abrem ou se fecham automaticamente. Para que não batam em outros carros ou em paredes, as portas são monitoradas por 12 sensores ultrassônicos, que interrompem a abertura ou o fechamento caso detectem barreiras.
Todo o acabamento, com variações de cores, recebe materiais de alto padrão, como couro, alumínio e plásticos emborrachados. Por todo canto é possível notar um padrão de desenho triangular, utilizado desde as costuras dos bancos, até no painel. Por falar no painel, ele destaca as duas telas curvas, de 12,3 e 14,9 polegadas, que representam o quadro de instrumentos e a multimídia.
O sistema de som dos Série 7 e i7 é um Bowers&Wilkins com 18 alto-falantes e 655 watts. Porém, como opcional, a BMW oferece ainda um sistema da mesma marca, mas com 36 alto-falantes (quatro deles embutidos nos encostos de cabeça), efeito 4D e 1.965 watts.
Para quem vai atrás, a marca quer tornar a experiência ainda mais confortável e tecnológica – afinal, o Série 7 tem como principais clientes aqueles que andarão no banco traseiro. Por isso, mais uma quebra de paradigmas aparece por aqui.
Cada uma das portas traseiras recebe, próximo ao puxador interno, uma tela de 5,5 polegadas de alta definição para controlar diversos aspectos do carro. Entre eles, a iluminação, a temperatura do ar-condicionado, a abertura ou fechamento das cortinas (teto, laterais e traseira) e a TV.
Não estranhe o termo “TV” no parágrafo anterior, já que no Série 7 não há apenas telas no encosto de cabeça dianteiro, mas uma grande tela de 31,3 polegadas 8K para que os ocupantes traseiros assistam o que quiserem. O formato permite assistir a filmes em 16:9, 21:9 ou 32:9, além de permitir a divisão em até três partes, com diferentes conteúdos. Por isso, são disponibilizados dois fones de ouvido Bluetooth independentes.
Além do grande espaço interno, com a possibilidade de que até mesmo pessoas com mais de 1,80 m cruzem as pernas, o porta-malas também oferece boa capacidade. São 540 litros nas versões a combustão, 525 litros nas versões híbridas plug-in e 500 litros no elétrico i7.
Variedade mecânica
A apresentação dos modelos foi feita de forma estática, sem a possibilidade de guiá-los. Mesmo assim, a BMW detalhou as sete configurações mecânicas dos modelos, incluindo o elétrico i7 – pelo qual começaremos, já que é a grande novidade da sétima geração do Série 7.
O elétrico será oferecido em versão única, a xDrive60, com dois motores elétricos que entregam, juntos, 551 cv de potência e 76 kgfm de torque. A tração é integral. Segundo a BMW, com este conjunto, sedã pode ir de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos, atingir a velocidade máxima de 240 km/h e rodar até 625 km com uma carga (no ciclo europeu WLTP).
As outras versões são:
- 735i: híbrida-leve que combina um sistema elétrico de 48V a um motor 3.0 turbo de seis cilindros em linha a gasolina, totalizando 290 cv e 43,4 kgfm; vai de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos;
- 740i: híbrida-leve que combina um sistema elétrico de 48V a um motor 3.0 turbo de seis cilindros em linha a gasolina, totalizando 385 cv e 55 kgfm, com tração integral; vai de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos;
- 760i xDrive: híbrida-leve que combina um sistema elétrico de 48V a um motor 4.4 turbo V8 a gasolina, totalizando 551 cv e 76,5 kgfm, com tração integral; vai de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos;
- 740d xDrive: híbrida-leve que combina um sistema elétrico de 48V a um motor 3.0 turbo de seis cilindros em linha a diesel, totalizando 304 cv e 68,3 kgfm, com tração integral; vai de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos;
- 750e xDrive: híbrida plug-in que combina um motor elétrico a um motor 3.0 turbo de seis cilindros em linha a gasolina, totalizando 497 cv e 71,4 kgfm, com tração integral; vai de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos;
- 760e xDrive: híbrida plug-in que combina um motor elétrico a um motor 3.0 turbo de seis cilindros em linha a gasolina, totalizando 579 cv e 81,6 kgfm, com tração integral; vai de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos.
A BMW já confirmou que versões híbridas do Série 7, além do elétrico i7, chegarão ao Brasil em 2023 – possivelmente em meados do ano. Porém, a fabricante ainda não especificou quais configurações serão vendidas por aqui. A única certeza é de que a 740d, a diesel, não faz (e nem pode fazer) parte dos planos.