Volkswagen Virtus: sedã do Novo Polo chega em janeiro
Mais espaçoso, modelo tem entre-eixos 8,6 cm maior que o hatch e porta-malas enorme
A Volkswagen está revelando oficialmente o Virtus, a versão sedã do novo Polo. Nem adianta fixar os olhos na foto de dianteira, pois você não encontrará mudanças. Desça mais um pouco e veja a parte de trás, esta sim inédita.
Reparou? Não dá para comparar esta traseira com a de nenhum outro sedã da Volkswagen. O mais próximo é o Jetta, que também tem a placa instalada na tampa.
Mas o Virtus tem lanternas que avançam mais sobre as laterais e dão continuidade aos fortes vincos que começam nos para-lamas dianteiros. O para-choque também é mais elaborado, com barra cromada que o atravessa de ponta a ponta. Só ficaram faltando os refletores.
O Polo tem 2,56 m de entre-eixos. O Virtus tem 2,65 m, ou 8,6 cm a mais. Por isso as portas traseiras são maiores e têm uma divisão no vidro lateral, além da janela espia ascendente que ajuda a deixar o caimento do teto proporcional.
No fim, o terceiro volume deixou o Volkswagen Virtus 42,5 cm mais longo que o Polo. São 4,48 m de comprimento, fáceis de justificar: o porta-malas tem capacidade de 521 litros.
No Voyage são 480 l, no Jetta 470 l e no Passat, 506 l. Supera ainda o Renault Logan (510 l) e empata com o Fiat Grand Siena (520 l), mas não alcança o Chevrolet Cobalt (563 l).
A altura do Virtus é de 1,46 m, 4 mm a mais do que a do Polo, e a largura é a mesma: 1,75 m. Em outras palavras, tem o mesmo entre-eixos do Jetta, mas é 2,7 cm mais estreito e 1 cm mais baixo. Tem explicação: a nova geração do Jetta será apresentada em janeiro no Salão de Detroit e chega no ano que vem. Os sedãs médios mais recentes têm entre-eixos na casa dos 2,70 m.
Observando melhor o Virtus de frente, a impressão que passa é que a parte preta do para-choque frontal e os fortes vincos que definem a linha de cintura fazem mais sentido no sedã do que no hatch. Discorda?
De resto, o Virtus é a reprise de uma grande novidade. O interior é exatamente igual ao do Polo, com os mesmos equipamentos, inclusive. A versão das fotos é a topo de linha Highline, que também terá o quadro de instrumentos digital Active Info Display, com tela de 10,25 polegadas e a central multimídia Discover Media de 8 pol como opcionais.
Luzes diurnas de leds, ar-condicionado automático de uma zona e acesso, partida sem chave, detector de fadiga e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros são outros dos equipamentos que também estarão disponíveis no Virtus.
Mas o sedã não terá o motor 1.0 aspirado de 84 cv. Começará pelo 1.6 MSI de 120 cv e 16,8 mkgf combinado ao câmbio manual de cinco marchas. Mas deve seguir o Polo à risca e segunda opção será o motor 1.0 TSI de 128 cv e 20,4 mkgf de torque, sempre combinado ao câmbio automático de seis marchas.
O problema de ter versões iguais às do Polo é que a versão de entrada não terá ajuste elétrico dos retrovisores, faróis de neblina ou ajuste de altura para o volante. Volks, ainda há tempo de evitar essa mancada no Virtus…
Mas a empresa já adiantou que controles de estabilidade e tração serão equipamentos de série apenas para a versão TSI. No 1.6, serão oferecidos entre os itens opcionais.
Com o Polo 1.6 partindo dos R$ 54.990, é de se esperar que o Virtus tenha preço inicial na casa dos R$ 58 mil, chegando perto dos R$ 75 na versão mais completa – que poderá passar dos 80 mil com todos os opcionais. O lançamento está previsto para janeiro.
Investimento no país
Em visita ao Brasil, o CEO da Volkswagen, Hebert Diess, confirmou o investimento de R$ 7 bilhões no país. O recurso será destinado ao lançamento de 20 novos modelos até 2020, dos quais 13 serão produzidos no Brasil.
O primeiro lançamento da marca foi o Novo Polo. O próximo será o sedã Virtus. Os demais são uma picape e o SUV compacto T-Cross, também derivados da plataforma MQB A0. Outro nacional será o Golf reestilizado, cujo lançamento está programado para o primeiro trimestre de 2018.
Dos importados, já é possível adiantar os mexicanos Tiguan e Jetta de nova geração, a Amarok V6 e o Tharu, um SUV que preencherá a lacuna entre o T-Cross e o Tiguan. Ele será fabricado na Argentina sob um investimento de US$ 650 milhões e será vendido em toda a América do Sul.