O sul-africano James Redelinghuys tem um passatempo comum aos leitores de QUATRO RODAS. De vez em quando compra carros mais antigos para modificá-los sem preocupação. A fim de promover sua empresa de transportes, entretanto, o empresário bolou uma estratégia publicitária que fugiu do controle e resultou em um “Lamborghini furgão” — com motor V12, claro.
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Tudo começou quando, conta ao Top Gear, James Redelinghuys decidiu utilizar suas habilidades de entusiasta e adquirir uma Toyota HiAce, van equivalente à Mercedes-Benz Sprinter e vendida na África do Sul como Quantum. A intenção era acrescentar um turbocompressor ao motor 2.7 de 158 cv, similar ao que equipa a Hilux flex no Brasil.
O dia de princesa do veículo leve de carga ganhou novos rumos quando o projetista conheceu uma empresa japonesa que produzia kits de modificação para vans ao estilo do Lamborghini Aventador. O pacote custou o equivalente a R$ 37.000 e incluiu novos para-choques, rodas, aerofólios, faróis e lanternas.
Obviamente o para-choque frontal já chamaria atenção em qualquer rua da Cidade do Cabo, mas Redelinghuys sentiu que o DNA italiano de sua Quantum, agora vermelha, pedia mais. “Acordei às 4h e pensei: esse motor 2.7 não é suficiente. Eu preciso de um V12 central”, e assim o fez.
Obviamente ele não veio de Sant’Agata Bolognese, mas de um Toyota Century das antigas. Os 12 cilindros do motor 5.0 estavam lá e, com ajuda de dois turbocompressores, o primeiro passo estava feito.
Para cumprir o segundo requisito do sonho (motor central), James recorreu à ajuda do irmão e optou pelo mais simples: cortou o assoalho da van e instalou ali o V12 com suportes sob medida e um minúsculo cardan.
Após dois V12 destruídos no dinamômetro, chegou-se à configuração perfeita de 600 cv e 72,1 kgfm. Para tornar a “Lamborghini HiAce” domável foi instalada suspensão duplo A na traseira e novo diferencial de deslizamento limitado tirado de um Ford Mustang GT.
Como o Toyota foi projetado para transporte de cargas e sempre rodará mais leve do que o peso médio usado em seus cálculos, o preparador crê que os freios originais são suficientes. Mas a empreitada ainda não acabou, e em breve a van ganhará interior repleto de couro e detalhes rubro-negros, além de quatro bancos em concha feitos para uso, claro, em superesportivos.
Quanto ao V12 no meio da cabine, James Redelinghuys responde com certo deboche bem-humorado, digno a quem cometeu tamanha ousadia: “ele será coberto e usado como descanso para os pés dos passageiros”.
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