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Renault Logan sai de linha no Brasil após 17 anos à venda

Produção do sedã compacto foi encerrada em São José dos Pinhais (PR); produção do Stepway também chegará ao fim em 2024

Por Nicolas Tavares
Atualizado em 30 out 2024, 16h56 - Publicado em 30 out 2024, 16h55
Renault Logan
Mudança de 2014 tornou o Logan um sedã compacto desejável (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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A Renault prometeu e cumpriu. O Logan teve sua produção encerrada oficialmente em outubro e as últimas unidades estão sendo vendidas nas concessionárias. O fim do sedã compacto será acompanhado pelo Stepway, atualmente vendido em versão única, que também terá a fabricação em São José dos Pinhais (PR) encerrada até dezembro.

“A Renault confirma o fim de produção do Logan no Brasil. As últimas unidades produzidas seguem sendo comercializadas na rede de concessionárias”, afirma a fabricante em nota enviada à QUATRO RODAS.

O fim do Logan (e do Stepway) havia sido confirmado pelo CEO global da Renault, Luca de Meo, em 2021, quando a empresa determinou que iria desistir de modelos mais baratos para focar na rentabilidade, com veículos mais caros em sua gama de modelos no Brasil.

Logan
Rodas de liga leve, de 18 polegadas, vêm somente nas versões mais caras (Marco de Bari/Quatro Rodas)

As últimas unidades estão sendo vendidas nas versões Life e Zen, por R$ 97.500 e R$ 101.000, respectivamente. Ambas utilizam o motor 1.0 de 82 cv e com câmbio manual de cinco marchas. Versões com motor 1.6 de 118 cv deixaram de ser produzidas em 2022.

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A última missão do Renault Logan foi cumprir um grande contrato de locadora, com um grande lote produzido ao longo de julho e agosto. O efeito disso foram as 1.978 unidades emplacadas em setembro, quase a metade de todos os 4.488 Logan emplacados de janeiro a setembro.

Renault Logan
Renault Logan ainda em produção no final de agosto (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

O plano original da Renault era lançar no Brasil uma nova geração tanto do Sandero quanto do Logan, conhecido como projeto XJF e baseados nos novos Dacia homônimos. Deveriam ter sido produzidos com a nova plataforma CMF-B, que passou a ser chamada RGMP do Kardian. O projeto acabou cancelado quando estava 80% completo, como revelou QUATRO RODAS, após ter sido rejeitado pela matriz.

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Lançado em 2007 no Brasil, o Logan foi o percursor da era anterior da Renault no país, quando passou a utilizar projetos desenvolvidos pela Dacia, sua marca na Romênia que faz carros mais simples baratos. Foi posicionado como o sedã mais barato da marca por aqui, com o Clio Sedan sendo substituido pelo Symbol.

Renault Logan
Nos primeiros anos, o Renault Logan usava os mesmos retrovisores dos dois lados (Divulgação/Renault)
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A maior revolução do Logan, porém, foi combinar a simplicidade técnica e o baixo preço com o espaço interno enorme, de fazer inveja até aos sedãs médios da época. O mesmo vale para o porta-malas de 510 litros.

O Renault Logan estreou com motores 1.0 16V e 1.6 16V, adicionando pouco depois um 1.6 8V mais acessível, sempre com câmbio manual de cinco marchas. O 1.6 16V durou pouco tempo e deixou de ser oferecido pouco depois, retornando somente em 2011, um ano depois da primeira reestilização do sedã e, desta vez, com o câmbio automático de quatro marchas. Em 2014, recebeu o polêmico câmbio automatizado Easy’R para o motor 1.6 8V, já com uma outra remodelação estética.

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Renault Logan após seu primeiro facelift (QUATRO RODAS/Quatro Rodas)

Em 2016, os motores foram trocados pela família SCe, mais moderna, com o 1.0 de três cilindros e 1.6 de quatro cilindros. Finalmente, deixou de lado o câmbio manual com varões, usando acionamento por cabos. A última novidade mecânica veio em 2019, quando ganhou câmbio CVT junto com a última reestilização e uma suspensão muito mais elevada.

Sem o Logan, a Renault fica sem um sedã em sua linha nacional pela primeira vez desde o ano 2000. Com o foco nos SUVs, a possibilidade de ver um novo três-volumes da marca francesa no futuro é bem pequena.

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