Polestar O2 é conversível com drone autônomo que filma e segue o carro
Lançado da traseira do modelo, drone do Polestar O2 é autônomo e cria filmagens cinematográficas editáveis na central multimídia do conversível elétrico
Aproveitando a escassez de modelos elétricos conversíveis, a Polestar — submarca esportiva da Volvo — revelou seu novo carro-conceito O2, que busca “redefinir os roadsters esportivos da era elétrica” e servirá de base para futuros lançamentos do fabricante.
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Entre os destaques do modelo recém-apresentado, há uso não apenas de materiais reciclados, como também de menor quantidade de matérias-primas, carroceria de formas ousadas e um drone, que segue o carro a até 90 km/h a fim de criar conteúdo para redes sociais.
Menos é mais
Dando seus primeiros passos como marca própria, a Polestar parece ter cutucado a Tesla e seu Model S Plaid, dizendo que a diversão de um elétrico não está apenas em arrancadas, mas principalmente “quando se gira o volante”.
Para, então, oferecer uma dinâmica veicular digna das aparências, o Polestar O2 aposta na tendência do uso de alumínio em substituição ao aço nas carrocerias. Em média 50% mais leve, o alumínio apresenta problemas como a menor resistência à torção e dificuldades em ser soldado, que parecem ter sido resolvidos.
Para tanto, a abordagem sueca envolve o uso de ligas próprias mais resistentes e, principalmente, de adesivos estruturais, que substituem as soldas. Já usada pela Mercedes-Benz no Classe S, por exemplo, essa técnica permite distribuição de forças mais uniforme, sem pontos de fraqueza na junção dos painéis.
Estilo clássico
Outra vantagem da colagem, explorada pelos designers, é a diminuição de frestas aparentes, que contribui para aerodinâmica melhorada — assim como as largas rodas e até as lanternas traseiras, cujas linhas buscam reduzir turbulências.
Em configuração 2+2, o O2 também aposta em proporções clássicas, com balanços bem reduzidos, elevada inclinação do para-brisa e pneus de perfil baixo. Sem modéstia, o chefe de design Maximilian Missoni explicou que a ideia foi chamar atenção com a sobriedade sueca. “Esse é um meio-termo entre tecnologia e arte”, descreveu o modelo que ditará tendências da Polestar nos próximos anos.
Drone para selfies
Essas tendências incluem, certamente, a preocupação ambiental, e para os nórdicos só reciclar já é uma ambição pequena demais. O mote da vez é o “monomaterial”, um produto que serve de base para diferentes aplicações na cabine, a fim de facilitar seu reuso futuro. O escolhido foi o poliéster, que é matéria-prima para as espumas dos bancos, tecidos e acabamento interno.
Outra máxima que ditou o conteúdo do O2 é a conectividade dos ocupantes, que recebeu atenção especial com direito a um drone, que vem embutido de fábrica no conversível.
O aparelho voador fica logo atrás da segunda fileira, onde um caimento da carroceria gera uma área de baixa pressão para que ele decole com o carro em movimento. Assim, é possível lançar o drone (feito em parceria com a chinesa Aerofugia) a até 90 km/h.
Uma vez no ar, ele segue autonomamente o elétrico e pode realizar filmagens mais artísticas ou aventureiras, retornando ao seu compartimento logo depois. Em seguida, é possível editar o material na própria central multimídia do carro, antes de compartilhá-lo nas redes sociais.
O Polestar O2 não deve chegar às lojas, mas sim direcionar três novos veículos da marca que serão lançados a partir deste ano, entre eles o novo XC90. Até 2025, o trio estará à venda incluindo, gradativamente, as novidades que o conversível acaba de apresentar.
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