Bugatti Divo é mais caro e mais lento que o Chiron e Veyron
Versão modificada do hiperesportivo tem maior resistência aerodinâmica; velocidade máxima foi rebaixada para 380 km/h
Os últimos lançamentos da Bugatti são famosos por figurarem no seleto clube dos carros capazes de ultrapassar os 400 km/h. Mas o Divo, mais recente novidade o da marca francesa, não é capaz disso – apesar de ser mais raro e caro.
O motivo é que o hiperesportivo foi desenvolvido para gerar mais downforce e, com isso, ter mais agilidade em curvas do que o Chiron, modelo no qual ele é baseado.
Segundo a Bugatti, o Divo gera 90 kg a mais de pressão aerodinâmica do que o Chiron, e é 35 kg mais leve.
Isso permite, ainda de acordo com a fabricante, que o modelo seja 8 segundos mais rápido que seu antecessor no circuito italiano de Nardò.
Como é impossível aumentar o downforce sem que isso prejudique a resistência aerodinâmica, o Divo tem velocidade máxima menor: 380 km/h, contra os 420 km/h do Chiron.
Claro que esse foi um sacrifício previsto para a Bugatti, e não impediu que as 40 unidades que serão fabricadas fossem vendidas antes mesmo de seu lançamento, a € 5 milhões (R$ 23,8 milhões, pela cotação do dia 24/08/2018) cada.
O valor é mais que o dobro cobrado pelo Chiron na época de seu lançamento – apesar de, agora, o modelo usado custar mais do que um novo.
Troca de pele
A forma construtiva dos Bugatti, com monocoque de plástico reforçado por fibra de carbono (CFRP), permite à fabricante alterar com relativa facilidade o visual de seus modelos.
Isso ajuda a explicar porque o Divo é tão diferente do Chiron e Veyron. É verdade que alguns itens essenciais, como as entradas para os radiadores, estão na mesma posição, mas todas as folhas da carroceria são diferentes no novo hiperesportivo.
As mudanças na cabine feita à mão são mais discretas e se resumem a pequenos detalhes exclusivos de forração e cores – o que é previsível, já que os Bugatti, por si só, já permitem um alto grau de personalização.
O motor W12 quadriturbo de 1.500 cv desenvolvido em dinamômetro dinâmico não passou por alterações e manteve o conjunto com câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas e tração integral.
Não há informações se alguns dos Divo virá ao Brasil. Atualmente o único Bugatti da geração moderna que se tem registro no país é um EB110.
O Veyron chegou a vir para cá em regime de importação temporária à busca de um comprador, mas não obteve sucesso.