Perto de ser lançada em ao menos duas versões no Brasil, a Ford Maverick teve seus dados de consumo revelados com números animadores, que reforçam a expectativa de que essa seja a picape intermediária mais econômica do país.
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Os resultados vieram dos Estados Unidos, onde a nova caminhonete da Ford também será vendida com motor 2.0 EcoBoost turbo do Bronco Sport e do Fusion. Além dos exemplares com o 2.0 a gasolina, os americanos também terão a Maverick híbrida, que não será lançada no mercado brasileiro.
Mas não que faça muita falta, pois os dados vindos do órgão de regulação ambiental dos EUA corroboram o adiantado por QUATRO RODAS: a Maverick 2.0, com cerca de 253 cv, deverá atingir elogiáveis 12,7 km/l em ciclo rodoviário, com rendimento de 9,8 km/l na cidade.
Esses números valem para a Maverick com tração dianteira. No caso das versões com tração integral e preparo para reboque (que alteram a relação final de marchas da picape), os consumos em ciclo urbano e rodoviário são de 9,3 km/l e 12,3 km/l, respectivamente.
Como os ciclos de aferição variam entre países é possível que os dados sejam modificados, mas caso a realidade faça jus ao laboratório a “Maveca” venceria a Fiat Toro em ambos os cenários. Consumindo mais desde a aposentadoria do 1.8 e.torQ de 139 cv, a Toro equipada com o 1.3 GSE turboflex de 185 cv marcou, com gasolina, 9,7 km/l e 10,7 km/l em cidade e rodovias, respectivamente.
Nova Ford Maverick
A ousadia da F-150 Lightning – a primeira, entre as rivais, 100% elétrica – ainda era assunto quando a Ford anunciou que uma nova picape chegaria às lojas americanas no terceiro trimestre de 2021. Híbrida, de porte intermediário no país das full-size e mais barata do que um EcoSport, a Maverick era uma aposta pouco óbvia, mas seu êxito pode ser mensurado pelas mais de 80.000 encomendas já feitas.
Com um motor 2.5 a gasolina e outro elétrico que geram 194 cv combinados, a versão básica (XL) se destaca pela racionalidade: custa US$ 19.995 (R$ 103.370) e promete 800 km de autonomia, mas sem tração 4×4. A que chegará ao Brasil, porém, será a XLT e a topo de linha Lariat, com o 2.0 EcoBoost (253 cv/38,3 kgfm), câmbio automático de oito marchas e, claro, tração integral.
Vendida nos EUA por US$ 26.575 (R$ 137.780), a Maverick Lariat tem interior em dois tons de couro e sistema de direção semiautônoma Co-Pilot 360, se destacando da XLT, US$ 23.365 (R$ 120.790) pela cabine mais luxuosa e detalhes externos de LED.
Com 5,08 m de comprimento e 3,08 m de entre-eixos, o porte é quase de picape média, fazendo do espaço interno um diferencial. Por fora não houve muito atrevimento com o estilo, que mistura traços da Ranger e F-150 com o irmão de plataforma Bronco Sport, mas a ampla caçamba jura versatilidade e equipamentos de fazer inveja a escoteiros experientes.
A Lariat brasileira terá o pacote off-road FX4, com rodas de aro 17 exclusivas, pneus de uso misto, suspensão elevada e recalibrada, radiador e ventoinha mais eficientes e protetor de cárter, enquanto a XLT ficará de olho em quem precisa de picapes para trabalhos mais pesados. Por ser fabricada no México, a Maverick terá isenções fiscais, mas, como o Bronco Sport mostrou bem, isso não basta para que a caçula tenha preço competitivo por aqui.
Apenas a versão a gasolina está homologada no Brasil, ainda que as versões híbridas tivessem bons argumentos para brilhar por aqui. A ausência de tração integral, entretanto, seria um grande entrave diante de rivais como as Fiat Toro a diesel.