BYD registra no Brasil sedã de luxo de 1.300 cv para enfrentar BMW e Mercedes
Imagens publicadas no INPI mostram o Yangwang U7, sedã mais caro da BYD e feito para brigar com Série 7 e Classe S
A BYD ainda está começando a abrir as concessionárias da Denza, sua marca de luxo, no Brasil. A divisão já tem três modelos confirmados e mais uma possibilidade aparece com o registro do Yangwang U7, um sedã grande feito para brigar com os grandes nomes das fabricantes alemãs.
O sedã apareceu em imagens de registro de desenho industrial no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A BYD tem o costume de registrar todos os seus modelos no país, independente se serão vendidos ou não, porém o U7 é um que tem mais chances por seu posicionamento.
Lançado na China em 2023, o U7 é parte da submarca Yangwang, a mais luxuosa da BYD. Porém, a estratégia global da BYD para seus carros premium é coloca-los todos sob um mesmo nome, a Denza – aproveitando que é uma marca criada junto com a Mercedes-Benz.
Esta estratégia está sendo utilizada no Brasil. O primeiro modelo a desembarcar no país será o Denza B5, um SUV off-road que é de outra submarca na China, a Fangchengbao.
Embora a BYD classifique o U7 como um sedã de luxo, os números são de superesportivo. Equipado com a plataforma e4, o modelo entrega mais de 1.300 cv tanto na versão elétrica quanto híbrida plug-in.
Na configuração elétrica, o sedã utiliza quatro motores, um em cada roda, gerando um total de 1.306 cv. A versão híbrida adiciona um propulsor 2.0 turbo, elevando a potência combinada para 1.360 cv. Nos dois casos, o sedã acelera de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos.
A adição do motor híbrido ajuda a reduzir o tamanho da bateria. Enquanto o U7 elétrico tem um conjunto de 135,5 kWh, a variante PHEV tem uma bateria de 52,4 kWh. A autonomia muda bastante. O U7 EV promete 720 km de alcance com uma única carga, já o híbrido roda por 200 km apenas com a energia da bateria e pode andar por 1.000 km no consumo combinado.
Um dos trunfos técnicos do sedã é sua eficiência aerodinâmica. O U7 atingiu um coeficiente de arrasto (Cd) de apenas 0,195, colocando-o como um dos carros de produção mais aerodinâmicos do mundo, empatado tecnicamente com o Xiaomi SU7.
Para atingir essa marca, o design recorre a maçanetas retráteis, silhueta fluida e elementos ativos na grade frontal. A esportividade é reforçada por saias laterais em fibra de carbono, extratores de ar e rodas de 21 polegadas. A dianteira mantém a assinatura visual da família Yangwang, com faróis em formato de “C” e capô vincado.
O porte do U7 impõe respeito. Com 5,26 m de comprimento, 2 m de largura e 1,51 m de altura, ele é significativamente maior que um Porsche Taycan (30 cm a mais no comprimento). O entre-eixos de 3,16 m garante espaço interno de limusine, essencial para o público que busca conforto no banco traseiro.
Se considerarmos apenas o tamanho, seria um carro para enfrentar BMW Série 7 (5,39 m) e Mercedes-Benz Classe S (5,33 m) no Brasil.
O que atrapalha as chances do U7 ser vendido no Brasil é o seu preço. Vendido na China com valores entre 628.000 e 708.000 yuan (R$ 476.158 e R$ 536.815 na conversão direta), custa quase o dobro do Denza Z9GT (que parte de 354.800 yuan).
Considerando que o Z9GT chegou ao país por R$ 650.000, o U7 passaria de R$ 1 milhão. Além disso, seria mais fácil a BYD trazer o Denza Z9, que já é um sedã tradicional e poderia fazer dupla com o Z9GT nas concessionárias.
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