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Navio com Porsche, Bentley e Lamborghini está em chamas e à deriva

São cerca de 4.000 veículos a bordo, sendo 1.100 Porsche e 189 Bentley; as causas do incêndio ainda são desconhecidas e não há feridos

Por Guilherme Fontana SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 18 fev 2022, 12h40 - Publicado em 18 fev 2022, 12h14

Um navio RoRo carregado com milhares de modelos do Grupo Volkswagen está em chamas e à deriva nos arredores da Ilha dos Açores, em Portugal. Com bandeira do Panamá, o cargueiro ia da Alemanha aos Estados Unidos, destino final dos veículos. Todos os 22 tripulantes foram retirados em segurança da embarcação.

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De acordo com o jornal alemão Handelsblatt, um e-mail interno da Volkswagen USA revela que eram transportados exatamente 3.965 carros, divididos entre modelos de Volkswagen, Audi, Porsche e Lamborghini. Também segundo a publicação, um porta-voz da Porsche estima que 1.100 veículos da marca estão no navio. Rumores apontam ainda para mais 189 Bentley.

As causas do incêndio e suas consequências (como quais e quantos veículos foram destruídos) ainda são desconhecidas, mas um porta-voz do navio, o Felicity Ace, garante que não há riscos de que o combustível do navio potencialize o fogo ou de que ele seja derramado no mar. Além disso, o incêndio está controlado e a posição do cargueiro é estável.

A empresa também anunciou que está buscando um rebocador oceânico para resgatar a embarcação. No entanto, o porta-voz da marinha portuguesa, José Sousa Luís, disse à agência Associated Press que é improvável que o Felicity Ace seja rebocado para um porto nos Açores. O motivo é o tamanho do navio, que chega a 200 metros de comprimento.

Os 22 tripulantes foram retirados ainda na quarta-feira (16), quando o se iniciou o incêndio, e transferidos a um hotel na Ilha do Faial, a 170 quilômetros do incidente.

Porsche já reativou produção por navio naufragado

Em março de 2019 o navio Grande America afundou na costa da França com 37 carros da Porsche. Eles saíram de Hamburgo, na Alemanha, com destino ao Brasil. Contudo, entre eles estavam as quatro últimas unidades do 911 GT2 RS. Àquela altura, o esportivo com produção limitada já estava fora de linha.

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A Porsche do Brasil, então, pediu a matriz para reativar a produção do carro para entregar as unidades aos compradores brasileiros. Cada carro teria custado R$ 2,3 milhões. As entregas aconteceram no segundo semestre do mesmo ano.

Tratava-se do Porsche mais rápido do momento, que superava até o 918 Spyder na mítica pista de Nürburgring Nordschleife. Seu seis-cilindros de 700 cv faz o supersportivo arrancar de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos, com velocidade máxima de 340 km/h.