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Motores 1.0 e 1.3 turbo flex da Renault agora são fabricados no Brasil

Motor já conhecido no nosso mercado agora será fabricado em Curitiba, pela Horse, junto ao 1.0 turbo que equipa o Renault Kardian

Por Lucas Parente
Atualizado em 7 set 2024, 14h05 - Publicado em 7 set 2024, 13h00

Renault Duster Iconic Plus, com motor 1.3 turboflex, testado por QUATRO RODAS

Agora os motores 1.0 turbo e 1.3 turbo usados pela Renault são fabricados no Brasil. Enquanto o 1.0 turbo flex do Renault Kardian tem seu índice de nacionalização sendo ampliado desde o início do ano, agora é o motor 1.3 turbo flex usado por Duster e Oroch que começa a ser feito no Brasil.

Quem está por trás da produção é a Horse Powertrain, uma nova empresa criada como uma join venture entre a Renault e a Geely que uniu as respectivas divisões de motores a combustão em uma única empresa para fornecer motores para todas as marcas dos dois grupos: Nissan, Mitsubishi, Volvo, Lynk&Co, Dacia e Proton, além de outras empresas. A brasileira Lecar, por exemplo, já afirmou que utilizará o 1.0 turbo em seu modelo híbrido.

A fábrica da Horse no Brasil fica em Curitiba (PR) e o início da produção do motor 1.3 turbo no Brasil evita a importação dos motores prontos da fábrica de Valladolid, na Espanha. Vale lembrar que esse motor também é usado por versões dos Mercedes-Benz Classe A, GLA e CLA.

novo lecar 459_page-0004 — Lecar 459 é primeiro modelo da nova montadora brasileira (Lecar/Divulgação)

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A unidade 1.0, que tem como codinome ‘HR10’, possui três cilindros turboalimentados e pode gerar até 125 cv e 22,4 kgfm. Com o codinome ‘HR13’, está o motor 1.3 turbo de quatro cilindros. Ele oferece uma potência maior, de 170 cv, e um torque de 27,5 kgfm.

Motor 1.3 turbo usado por Duster e Oroch (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Ambas unidades de potência possuem revestimento Diamond-Like Carbon (DLC) nas partes móveis do cabeçote do cilindro, anéis e pinos do pistão inspirados na Fórmula 1. Segundo a marca, isso reduz o atrito e gera maior eficiência de combustível.

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Renault Kardian (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Além disso, há outros recursos visando a economia de combustível, como tratamento de superfície com polímero redutor de atrito para os componentes do virabrequim e um sistema Start/Stop que pode desligar o moto antes mesmo do veículo parar, aumentando a eficiência.

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Polo da Horse em Curitiba (Horse/Divulgação)

A planta da Horse em Curitiba recebeu um investimento de R$ 100 milhões. A fábrica terá capacidade de produzir 500.000 motores anualmente.

A nacionalização desses motores também já prevê a produção de versões eletrificadas para futuros lançamentos da Renault, como o SUV médio que será fabricado no Brasil a partir de 2025 e a picape Niagara, que será fabricada na Argentina a partir de 2027. Ambos serão híbridos flex, assim como futuras versões do Kardian.