A Jeep mudou os planos para o Brasil após a pandemia da covid-19 – o próprio CEO da FCA na América Latina, Antonio Filosa, já havia dito isso.
Mas nem tudo está perdido: em entrevista exclusiva à QUATRO RODAS, executivos do grupo garantiram que Compass e Renegade reestilizados chegarão ainda neste ano ao Brasil.
“Esses carros virão no segundo semestre com certeza, mas não há como confirmar uma data específica”, explica Tânia Silvestri, diretora da marca Jeep e de suas operações comerciais no Brasil.
Com vendas em baixa durante a quarentena, os planos dependem do fim dos estoques da linha 2020.
“Ainda temos unidades disponíveis das versões atuais porque está tudo parado. Sem dizer que há toda uma cadeia de fornecedores envolvidos. Mas, assim que resolvermos isso, já começará a produção”, completa Alexandre Aquino, gerente-sênior da Jeep no país.
O Renegade ganhou uma atualização muito discreta no fim de 2018, quando recebeu faróis com luzes de led, novos para-choques e central multimídia mais moderna.
E o Compass, que continua com o mesmo desenho desde que foi lançado aqui em 2016, também deverá ter poucas mudanças por fora, além de receber novos equipamentos.
Perguntados sobre se os dois SUVs renovados já terão sob o cofre os motores 1.0 (só no caso do Renegade) e 1.3 Firefly turbo, os executivos da FCA desconversaram. A tendência é que a estreia fique mesmo para 2021.
Atrasadas, porém, ainda como parte dos planos da empresa, as versões eletrificadas dos SUVs feitos em Goiana (PE) chegarão importadas às lojas em meados do ano que vem – cerca de seis meses depois do que previam os planos originais (o lançamento estava programado para o já adiado Salão do Automóvel de São Paulo 2020).
O novo modelo com sete lugares baseado no Compass também continua de pé e até deverá chegar ao Brasil no próximo ano. Mas o fabricante confirma que, atualmente, o maior desafio é correr contra os atrasos no desenvolvimento por conta das medidas de isolamento.
Em entrevista, executivos da marca também insistiram que o novato para o segmento D – de Chevrolet Equinox e VW Tiguan – não será apenas uma versão esticada.
Apesar de construído sobre a mesma base do irmão menor – e de compartilhar diversos elementos estruturais, tal qual ocorrerá entre a nova Fiat Strada e a dupla Uno/Mobi, e com o VW Nivus em relação ao Polo -, o lançamento terá visual (e nome) próprios. Nada de “Grand Compass”, portanto.
“O segmento desse futuro modelo ainda é pequeno no mercado brasileiro, mas tem uma boa representatividade lá fora. E achamos que esse crescimento também deverá chegar aqui, da mesma forma que aconteceu quando Compass foi apresentado”, conta Silvestri.
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