Ferrari SC40 homenageia a F40 em exemplar exclusivo a pedido de cliente
Apesar das referências, ele usa a 296 GTB como base e troca o V8 do modelo original por um V6 biturbo híbrido plug-in

A Ferrari SC40 é a mais nova criação do programa de Projetos Especiais da italiana de Maranello. Ela foi desenvolvida para atender aos desejos de um cliente especial da marca, que pediu um modelo único e inspirado na icônica F40, lançada em 1987. Porém, nem tudo é como no superesportivo original.
Projetado pelo Centro de Estilo da Ferrari, sob o comando de Flavio Manzoni, o modelo utiliza a 296 GTB como base e levou aproximadamente dois anos para ficar pronto. Como em todos os projetos especiais “One-Off” da marca, a SC40 teve todos os seus processos acompanhados de perto pelo cliente. Também como nos demais modelos do programa, a identidade do cliente e o preço do modelo não foram revelados.

Apesar das linhas mais arredondadas de um carro produzido em 2025, o esportivo ganha traços retilíneos para remeter à F40 de quase 40 anos atrás. A Ferrari diz que “o objetivo não era criar uma reinterpretação literal, mas sim um modelo com personalidade própria e distinta”.
A dianteira faz uma releitura dos clássicos faróis quadrados da F40, em que, na SC40, descem pelas laterais e não têm as peças escamoteáveis. As aberturas do para-choque também aparecem, mas unidas, e o capô repete a superfície quase lisa, marcada apenas por leves vincos laterais.

Outras referências aparecem nas laterais, como as cavas formadas nas portas: uma na área das maçanetas e, outra, na base das portas. Logo em seguida aparecem os típicos recortes na carroceria, logo acima das caixas de rodas. Porém, enquanto o modelo original tem quatro aberturas de cada lado, a releitura tem apenas dois de cada lado.
Na traseira, apesar de as lanternas não terem a tradicional temática redonda (e denunciarem o parentesco com a 296 GTB), elas ficam alocadas em uma área central com grades, como no modelo antigo. Repete-se também o aerofólio integrado e os degraus fumê em policarbonato na parte superior da tampa traseira.

Por fim, outras características marcantes são os recortes retos das peças, como o visto na base da tampa traseira, o nome SC40 gravado na lateral direita do aerofólio e as tampas do tanque de combustível e do carregador da bateria feitos em alumínio, com acabamento escovado.

O interior da SC40 não deixa dúvidas sobre sua base, já que tem o mesmo layout da 296 GTB. Porém, o projeto especial ganha atenção nos revestimentos, com uso de Alcantara Charcoal e tecido Jacquard vermelho nos estofamentos, alguns com o nome SC40 bordados, e carbono-kevlar em diversos pontos, como painel, console central, porta-malas, capa do motor, volante, piso e até atrás dos bancos.

Se tudo até aqui busca remeter à F40, a mecânica não guarda nenhuma semelhança com o antigo motor V8 acompanhado por um câmbio manual. Na SC40, a mecânica segue a mesma da 296 GTB. Ou seja, combina um motor V6 2.9 biturbo a outro elétrico, fechando em 830 cv de potência e 75,5 kgfm de torque totais. O câmbio tem oito marchas e o motor elétrico é alimentado por uma bateria de 7,45 kWh com recarga externa, ou seja, ele é um híbrido plug-in.
Com esse conjunto, segundo a Ferrari, a SC40 vai de 0 a 100 km/h em apenas 2,9 segundos e, de 0 a 200 km/h, em 7,3 segundos. A velocidade máxima pode passar dos 330 km/h.
