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VW e Toyota ficam fora de acordo que acaba com venda de carros a combustão

Acordo proposto pelo Reino Unido, durante a COP26, reúne países cidades e montadoras que querem acabar com o motor a combustão entre 2035 e 2040

Por João Vitor Ferreira
17 nov 2021, 08h37
Unidades do VW e-Up! vistas de lado abastecendo
O modelo a combustão saiu de linha em abril de 2021 e a empresa encerrou a produção na fábrica de Taubaté (SP) (Divulgação/Volkswagen)
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A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) terminou na semana passada e, entre as pautas discutidas, estava o fim da emissão de gases poluentes pelos automóveis.

A última quarta-feira (10) foi o dia do evento reservado para falar sobre transporte. Países, cidades e montadoras firmaram um acordo, proposto pelo Reino Unido, de encerrar as vendas de carros a combustão até 2040.

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A proibição busca atingir as metas do Acordo de Paris. Para isso, os países e montadoras devem suspender toda a venda de modelos a combustão, incluindo os híbridos, entre 2035 e 2040. Já as prefeituras signatárias, se comprometeram em trocar toda sua frota própria, incluindo o transporte público, por veículos que não emitem gases poluentes.

São Paulo entra no acordo, mas Brasil não

São Paulo foi uma das 39 cidades que assinaram o acordo. Junto com outras como, Buenos Aires, Seul e Nova Iorque, a capital paulista vai atualizar seus veículos e incentivar a venda de automóveis não poluentes até o prazo estabelecido.

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Para alcançar a meta, a prefeitura paulistana alterou seu antigo plano de substituição de frota. A ideia era que 18% do total dos ônibus municipais fosse composto por elétricos. Agora, a ideia é chegar próximo aos 20% até 2024. Para isso, o governo da cidade pretende adicionar 2,6 mil novos EVs à frota atual, que é composta por 1,6% de veículos elétricos.

ônibus elétrico mercedes
A Mercedes vai fabricar seu primeiro ônibus elétrico no Brasil e São Paulo é a primeira cidade que irá adicionar o modelo à sua frota (Divulgação/Mercedes-Benz)

O Brasil não está entre os países que se comprometeram em cessar as vendas de carros a combustão. Outras nações, que também não assinaram o acordo, estão entre os mercados mais importantes da indústria automotiva, como China, Estados Unidos, França, Alemanha e Japão. Índia, Noruega e Holanda estão entre as quase 30 nações que concordaram com a proposta.

Fabricantes de automóveis seguem divididas

Entre as montadoras, não houve unanimidade. General Motors, Ford, Mercedes-Benz, BYD, Volvo e Jaguar Land Rover estão entre as empresas que pretendem encerrar a venda e produção de veículos a combustão até 2040. Algumas se comprometeram em atingir a meta nos “mercados líderes” até 2035.

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Porém, a Toyota e a Volkswagen estão entre as marcas que não concordaram com a proposta do Reino Unido. Em entrevista à Reuters, um porta-voz da marca japonesa disse que “o mundo não está pronto para carros com emissão zero”. Segundo ele, isso deve-se ao fato de que algumas regiões ainda não têm a infraestrutura necessária para implementar essa tecnologia.

“ […] em muitas áreas do Mundo, tais como na Ásia, África e Oriente Médio, ainda não foi estabelecido um ambiente adequado para promover o transporte com emissão zero total. […] Achamos que levará mais tempo para progredir. Portanto, é difícil para nós comprometermo-nos com a declaração conjunta nesta fase”, explicou o porta-voz.

Toyota RAV4 PHEV
Toyota tem oferta enorme de carros híbridos e híbridos plug-in (Divulgação/Quatro Rodas)

A VW, praticamente, explicou a sua não colaboração da mesma forma, alegando que a adoção do carro elétrico “varia de região para região”. Herbert Deiss, presidente da empresa, acrescentou ainda dizendo que “faz sentido usar combustíveis sintéticos em algumas regiões, como a América Latina, em 2035”.

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Vale lembrar que o acordo proposto menciona o fim de todos os veículos de passeio e caminhonetes que tenham alguma emissão de carbono, agregando também aqueles movidos a combustíveis sintéticos, que emitem uma quantidade inferior de CO2 na atmosfera, se comparado aos fósseis.

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