Assine QUATRO RODAS por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Combustível sintético: a possível tábua de salvação do motor a combustão

Tecnologia promete viabilizar a produção de gasolina com água e dióxido de carbono, sem que seja necessária uma gota de petróleo

Por Renan Bandeira
Atualizado em 18 Maio 2020, 13h02 - Publicado em 18 Maio 2020, 13h00
Bosch é uma das empresas que tem buscado a nova tecnologia (Bosch/Reprodução)

Com regras de emissões cada vez mais rigorosas e os planos dos países europeus de banir o uso de motores movidos a combustíveis fósseis nas próximas décadas, as empresas têm buscado saídas para aumentar a vida útil de seus propulsores a combustão.

A alternativa da vez é o e-fuel, um combustível sintético que é considerado sustentável e pode substituir a gasolina mantendo sua eficácia, que pode ser usada em motores a combustão sem que eles sofram modificações.

Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de Quatro Rodas? Clique aqui e assine com 64% de desconto.

Empresas do ramo automotivo acreditam que os motores a combustão não devem morrer em um futuro próximo, sendo utilizados por mais tempo do que se imagina. Isso, claro, desde que haja um combustível produzido com fontes sustentáveis para alimentá-los.

Como exemplo temos o etanol, que é extraído da cana-de-açúcar, compensando as emissões com fotossíntese. No entanto, este tipo de célula é popular apenas no Brasil. É por isso que países da Europa têm avançado em estudos para a confecção de combustíveis sintéticos.

Laboratório de produção de e-fuel da Audi (Reprodução/Audi)

Por ser produzido sem petróleo e tendo como matéria-prima a água e o dióxido de carbono disponível na atmosfera, o e-fuel é a principal saída para que os motores a combustão mantenham-se em produção e uso durante mais algumas boas primaveras.

Em abril deste ano, o chefe de tecnologia da Volkswagen, Matthias Rabe, afirmou ao site Autocar que os motores a combustão “terão um futuro mais longo do que algumas pessoas preveem”, justamente devido ao desenvolvimento do e-fuel.

Segundo ele, este tipo de energia atrai a indústria automotiva há muito tempo, mas as rigorosas regras de emissão e a limitação da tecnologia elétrica em algumas áreas de transporte ajudarão a estimular o desenvolvimento do combustível.

Ciclo de funcionamento da nova tecnologia (Reprodução/Internet)

A produção da nova célula começa com a separação do hidrogênio da água, em um processo conhecido como hidrólise. Após isso, o hidrogênio puro é adicionado ao gás carbônico. O gás gerado nessa combinação forma a cadeia de hidrocarboneto de onde sai o combustível em seu formato líquido.

Continua após a publicidade

Empresas como Audi e Bosch já trabalham para produzir a tecnologia. A montadora alemã produziu o seu primeiro lote de combustível sintético há cinco anos, chamado de E-benzin.

Amostra de e-benzin, combustível sintético da Audi (Reprodução/Audi)

De acordo com a empresa, a célula, além de emitir menos poluentes, tem alto percentual de octanagem, o que permite aos motores trabalhar com taxas de compressão maiores, resultando em um melhor desempenho dos veículos sem perda de eficiência energética.

Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da edição de maio da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.

(Fernando Pires/Quatro Rodas)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Os automóveis estão mudando.
O tempo todo.

Acompanhe por QUATRO RODAS.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.