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Novo Kia Sportage é turbo e híbrido, mas bebe mais que Corolla Cross 2.0

SUV tem design atraente, tela curva no interior e é bem mais tecnológico, mas o preço elevado e a limitação de exemplares podem atrapalhar seu sucesso

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
2 ago 2022, 15h20
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  • O Kia Sportage chega em sua quinta geração e, pela primeira vez, chega ao Brasil com motorização híbrida.

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    Mas, o sistema de propulsão não é a principal novidade. O design ousado e o interior tecnológico saltam mais aos olhos no primeiro contato com o SUV médio, que já está à venda no Brasil há 27 anos.

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    O Sportage 2022 começou a chegar nas concessionárias no início do mês de julho com preço inicial de R$ 219.990, mas foi lançado oficialmente por R$ 224.990 – um aumento de R$ 5.000 em menos de um mês de mercado.

    E esse foi o mesmo aumento para versão topo de linha, EX Prestige, que custa agora R$ 259.990. O presidente da Kia, José Luiz Gandini, justifica que esse aumento foi necessário para acompanhar a desvalorização do dólar em relação ao real. 

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    Mesmo na versão de entrada é mais caro que um Jeep Compass diesel 4×4 que sai por R$ 223.790.

    Design impactante

    A carroceria com linhas angulosas e fluidas seguem a tendência de estilo criada por Peter Schreyer, que estreou na terceira geração do Sportage, em 2010. Os faróis angulosos a dianteira toda tomada pelas grades impressionam: praticamente não há área de lataria na parte frontal.

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    (Divulgação/Divulgação)

    O DRL em formato bumerangue emoldura os faróis full-led e o mesmo formato se repete na parte inferior do para-choque, onde estão os faróis de neblina. 

    Na lateral, destaque para os apliques cromados na parte inferior combinado com as rodas de 19” (exclusivas da versão Prestige) com acabamento diamantado e desenho atraente, que contribuem para um design mais esportivo. 

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    (Divulgação/Kia)

    As lanternas em led repetem o formato bumerangue e são interligadas por uma barra em preto brilhante. O spoiler traseiro está maior e tem função aerodinâmica, segundo a marca. 

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    Kia Sportage 2023
    (Divulgação/Kia)

    Mais curto, mas ainda espaçoso

    O Kia Sportage 2022 que chega ao Brasil é da versão europeia, mais curta que a versão global. Tem 4,51 m de comprimento contra 4,66 m e o entre-eixos mede 2,68 m enquanto a global tem 2,75 m. 

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    Porém, em relação ao modelo anterior (4° geração) o Sportage está ligeiramente maior: são 3 cm a mais no comprimento, 1 cm de ganho no entre-eixos e 1 cm a mais na largura. Segundo a Kia, houve uma melhora de 2,6 cm no espaço para pernas dos passageiros traseiros. 

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    KIA_Sportage-029_1920x1080
    (Divulgação/Kia)

    O porta-malas continua com generosos 562 litros e trata-se de um dos maiores do segmento.

    Tela curva e interior renovado

    A intenção da marca coreana foi valorizar o motorista. O console central elevado casado com a tela inteiriça e curva voltada para o condutor contribuem para a boa ergonomia graças aos comandos sempre “à mão”.

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    (Divulgação/Kia)

    Na versão topo de linha, EX Prestige, a central multimídia tem tela sensível ao toque de 12,3”, assim como o quadro de instrumentos totalmente digital. E os comandos do ar-condicionado também são realizados por um painel sensível ao toque.

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    (Divulgação/Kia)

    O Kia Sportage EX, de entrada, tem tela da multimídia de 8” com a presença de botões físicos giratórios e há também uma alavanca de câmbio no console central, enquanto na topo de linha, há botões seletores de marchas. 

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    (Divulgação/Kia)

    Eletrificado, mas nem por isso econômico

    O Sportage será o segundo carro híbrido da marca sul-coreana no Brasil. Assim como o compacto Stonic, o novo Sportage será um híbrido leve ou “mild hybrid”. 

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    Seu motor 1.6 T-GDI (turbo com injeção direta) a gasolina é combinado a um motor elétrico de 48V. Segundo a Kia a potência combinada é de até 180 cv e o torque de  27 kgfm é entregue entre 1.500 e 4.500 rpm. Ele é acoplado a um câmbio de dupla embreagem DCT com 7 marchas. 

    Nesse sistema de propulsão o motor elétrico não traciona as rodas, portanto essa é a principal diferença para os híbridos (HEV) e híbridos plug-in (PHEV). O motor elétrico atua auxiliando o motor principal a combustão e permite que o propulsor a gasolina trabalhe com maior tempo de abertura das válvulas de admissão – reduzindo o consumo de combustível.

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    (Divulgação/Kia)

    O elétrico ainda cumpre a função de motor de partida e alternador, ao mesmo tempo que também ajuda a recuperar a energia cinética das frenagens. 

    E esse sistema permite antecipar o funcionamento do start-stop, desligando o motor antes que o carro pare. Ainda propicia o modo de condução velejar, desligando o motor térmico por completo em situação de rodagem plana – e ele é acionado automaticamente sempre que o veículo está no modo ECO. 

    Mas, mesmo com tanta tecnologia para tornar o Sportage mais econômico, ele está longe de ser o SUV menos gastão do segmento.

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    Ainda não tivemos a oportunidade de testá-lo, mas segundo a Kia, o SUV fez médias de 11,5 km/l na cidade e de 12,1 km/l na estrada. O Toyota Corolla Cross com motor 2.0 aspirado fez médias de 12 km/l no ciclo urbano e 15,4 km/l no rodoviário. E o VW Taos 1.4 turbo fez 11,4/14,3 km/l, respectivamente. 

    Apenas o Jeep Compass com o novo motor 1.3 turbo teve um desempenho inferior na prova de consumo urbano com 9,3 km/l. 

    Como anda o novo Kia Sportage

    Nosso contato a bordo do novo Kia Sportage foi bem curto, cerca de dez quilômetros e em ambiente urbano.

    Mesmo com essa limitação de tempo já foi possível tirar algumas conclusões. No primeiro quick down no pedal do acelerador o motor demora alguns segundos para responder e isso pode ser atribuído ao conjunto da transmissão automatizada de dupla embreagem que oferece um “delay” nessa condição. 

    Porém, em acelerações progressivas o câmbio apresenta trocas suaves e rápidas e há um bom casamento entre o motor e a transmissão. 

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    Kia Sportage
    (Divulgação/Kia)

    Também foi agradável quando acionei o modo “Eco” e tirei o pé do acelerador em uma descida e o modo velejar entrou em operação desligando o motor a combustão. Nessa condição é como se estivesse conduzindo um elétrico com aquele típico silêncio na cabine e é gratificante saber que está dirigindo sem gastar uma gota de gasolina. 

    Já no modo “Sport” senti poucas mudanças na condução, a direção ficou ligeiramente mais firme, mas as trocas de marchas não ficaram mais espaçadas. 

    Mas, o conjunto de suspensão merece elogios, além de batentes hidráulicos, o Sportage traz amortecedores a gás que contribuem para neutralizar os impactos de algumas vias mal cuidadas em Araxá. 

    Preço salgado e limitação de unidades

    Para compensar o preço elevado, que pode beirar os R$ 260.000, o Sportage é bem equipado em ambas as versões e conta com diversas tecnologias de auxílio à condução, como alerta de ponto cego e de tráfego cruzado, assistente de permanência e centralização na faixa, câmera de ré e sensores de estacionamento. 

    A topo de linha acrescenta ainda frenagem autônoma de emergência, câmera 360°, monitor de ponto cego com a imagem exibida no quadro de instrumentos, assim como o Creta e piloto automático adaptativo com stop and go. 

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    (Divulgação/Kia)

    Mas, se você quiser um Kia Sportage, há uma grande chance de ter que esperar alguns meses pelo seu carro. O SUV está com problema na produção devido a falta do alumínio utilizado para fabricação do câmbio automatizado.

    Até agora apenas 250 exemplares desembarcaram no Brasil e em agosto devem chegar mais 250. A esperança é que até 2023 a produção normalize e, assim, comecem a chegar mais unidades por aqui. 

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