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Nissan Note

Andamos no monovolume que antecipa a futura Livina, que chega ao Brasil em 2015

Por Joaquim Oliveira | Fotos David Sheperd
Atualizado em 9 nov 2016, 01h08 - Publicado em 19 set 2013, 22h02
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Com a estreia da nova fábrica em Resende (RJ), no primeiro semestre do ano que vem, a Nissan quer aumentar sua participação no mercado nacional (hoje em 1,94%) e, assim, tentar ameaçar as rivais japonesas, Honda e Toyota (4,89% e 4,11%, respectivamente). O primeiro carro a sair da nova fábrica será o hatch March, seguido no segundo semestre do sedã Versa. Só depois, entre o fim do ano e o início de 2015, é que ela deve começar a montar a nova versão da Livina, que vem a ser o Note, recém-apresentado na Europa.

Com produção em Sunderland (Reino Unido), o Note é feito sobre a plataforma V, que estreou há dois anos no March. Lá fora, o hatch quer usar seu estilo monovolume com funcionalidades de minivan para competir com modelos de sucesso no segmento B, como Ford Fiesta e VW Polo. Mas terá trabalho, já que é o único da categoria que não permite ajustar em profundidade a direção, cujos materiais do painel são todos rígidos, e que tem vários parafusos à vista na cabine ou alças de apoio no teto fixas.

Um segundo olhar, no entanto, reconhece vantagens que poderão ser mais atraentes ao brasileiro, como a facilidade de acesso atrás (graças ao ângulo de abertura das portas de 90 graus) e o generoso espaço traseiro, fruto da nova plataforma. No entanto é uma pena que o Note cometa deslizes em pontos importantes para quem busca um monovolume. É o caso do piso da área de carga, que não fica totalmente plano quando se rebatem as costas da segunda fila de assentos, ou do banco traseiro, que avança todo o conjunto dos três assentos (e não individualmente ou em duas partes na proporção 1/3-2/3), o que limita sua funcionalidade. Faltam ainda comodidades como o encosto do banco dianteiro do passageiro que não rebate para virar uma mesa ou permitir o transporte de objetos longos, como há em algumas minivans.

Mas o Note não nega sua vocação familiar, apesar de ser mais compacto que a atual Livina (é 6 cm menor e 7 mais baixo). Ele tem mesinhas tipo avião nas costas dos bancos dianteiros, grande luminosidade proporcionada pela maior área envidraçada e a possibilidade (como opcional) de avançar e recuar a segunda fileira de assentos sobre uma calha de 16 cm, ora para privilegiar o espaço para pernas, ora para ampliar o volume de carga. O porta-malas tem, portanto, uma série de configurações: 195 litros medidos com o banco colocado para trás o máximo possível, 325 ao somar a área sob o revestimento do piso, 411 com a fila de bancos avançada o máximo possível e 2012 litros com os bancos rebatidos.

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Na Europa, a oferta de motores é composta pelo três-cilindros a gasolina de 1,2 litro aspirado (80 cv) ou com compressor (98 cv). No nosso test-drive em Bratislava, na Eslováquia, experimentamos a versão mais potente, que conta com uso de contrapesos na polia do virabrequim com o objetivo de atenuar vibrações. O compressor melhora o rendimento e reduz o consumo – média de 25,3 km/l no ciclo homologado europeu, mais baixo que os 21,3 km/l da versão aspirada. O curioso é que o compressor pode ser desativado, ao se pressionar o botão Eco localizado entre os bancos dianteiros. Além de reduzir a potência do motor para quase os 80 cv do aspirado, essa função aciona o medidor de carga do acelerador, que orienta o motorista a dirigir de modo comedido.

No dia a dia, o motor responde de forma linear e progressiva a partir de 1 800 rpm (a baixa inércia do três-cilindros ajuda na resposta rápida em rotações mais baixas) e seu ruído nunca se faz exagerado na cabine. Até 4 700 rpm ele continua mostrando que não lhe falta potência, o que contribui para uma condução mais “solta”, enquanto o sistema start-stop agrada pela solicitude ao religar o motor.

O câmbio manual é rápido, silencioso e se mostra bem escalonado para extrair um rendimento adequado do pequeno motor. Ao encarar as ruas, percebe- se que a suspensão traseira de eixo de torção produz um resultado melhor do que no March: a carroceria inclina menos (bitolas 2 cm mais largas ajudam). As vibrações de alta frequência que sentimos em asfalto irregular não são bem “digeridas” pelo eixo dianteiro, enquanto a direção não vai além do básico. Tal como na qualidade percebida no interior, também no comportamento nota-se que ele é inferior ao de um Honda Fit, modelo que pode ser seu concorrente no Brasil, mais pelo estilo e pela funcionalidade que pelo tamanho – o Honda é 20 cm menor.

A Nissan estreia no Note um conjunto de três itens de assistência à condução até hoje inéditos neste segmento, o Safety Shield. Ele reúne aviso de mudança involuntária de faixa, alerta de carro no ponto cego e aviso de objeto que se aproxima pela traseira. Os três sistemas usam a informação captada pela câmara na tampa traseira do Note, que se mantém limpa graças ao primeiro sistema do mundo de limpeza automática, por jato de ar comprimido e água. Em conjunto com uma pequena câmara na grade dianteira e outras duas nos retrovisores externos, o monitor colorido de 5,8 polegadas combina as imagens e projeta-as numa vista aérea de 360 graus, o que constitui um precioso auxiliar nas manobras de estacionamento e em estradas muito estreitas. Essa imagem de 360 graus surge automaticamente quando se roda a até 10 km/h ou ao se engatar a ré.

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Trata-se de um recurso que tem tudo para encher os olhos do proprietário de minivan, acostumado a valorizar esses mimos, como já aconteceu com as mesas tipo avião ou os espelhinhos para vigiar as crianças no banco de trás.

VEREDICTO

Espaço generoso, funcionalidade interessante e estética feliz são alguns dos principais trunfos do Nissan Note para atualizar nossa Livina.

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