Longa Duração: o teste da chamada de emergência
Em exercício simulado de pane mecânica, o socorro ao carro popular foi mais ágil e descomplicado do que o dos sedãs de luxo
De tempos em tempos, a gente paralisa a frota de Longa Duração, simula um defeito mecânico e aciona o serviço de emergência para aferir como as fábricas têm atendido seus clientes – clique aqui para conferir o que houve no ano passado, quando a frota era composta por Ka, HR-V, Renegade e S10.
A parte divertida da pauta é a bolsa de apostas: todos têm o seu palpite sobre qual carro seria atendido com maior agilidade numa real situação de apuro.
O Cruze, com seu OnStar (serviço humanizado de atendimento multipropostas), era, disparado, o mais bem cotado, seguido do Audi (o único carro premium da frota), o Kicks (que ainda precisa cativar o cliente para provar o seu valor entre os SUVs) e, por último, o Mobi, o popular da turma. Erramos feio!
https://www.youtube.com/watch?v=HYS0oaeqcgI
Do momento em que as ligações foram disparadas (todas exatamente ao mesmo tempo) até a chegada do guincho (toda a frota estava na mesma rua da região do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo), o ranking foi rigorosamente aquele que apostamos, só que na ordem inversa.
O Mobi foi o grande campeão. Do início da ligação até o momento em que o caminhão-plataforma estacionou diante de nós, foram somente 32 minutos. O Kicks, vice-campeão, foi atendido em 33 minutos; o Audi A3, em 35 minutos; e o Cruze, na lanterna, em 50 minutos cravados.
Um deslize, no entanto, foi cometido por todas as marcas: nenhuma ofereceu serviço de táxi para o proprietário do carro voltar para casa.
Fiat Mobi: 7 min de ligação, 32 min para a chegada
A ligação para pedido do socorro nos tomou apenas 7 minutos. Mas o atendimento errou ao sugerir uma concessionária muito longe para envio do carro. “De acordo com o meu GPS, a mais próxima fica em Aricanduva”, disse a atendente. Havia uma a 2 km de onde estava o Mobi, enquanto a autorizada de Aricanduva ficava a cerca de 30 km do mesmo ponto.
Nissan Kicks: 10 min de ligação, 33 min para a chegada
Antes de aceitar mandar um guincho, a atendente da Nissan insistiu no envio de um técnico de moto para fazer uma tentativa de reparo. Esse foi um dos motivos que prolongaram a conversa por 10 minutos. Em uma situação real de apuro, o cliente se incomodaria com tamanha insistência. O resgate do Kicks chegou praticamente empatado com o do Mobi.
Audi A3: 9 min de ligação, 35 min para a chegada
Foram 9 minutos ao telefone para pedir o guincho. Antes de encerrar, a atendente passou uma previsão de 50 minutos para a chegada do socorro. Porém, um SMS recebido indicava 40 minutos. Na prática, demorou 35 minutos. Outro SMS informava a placa do caminhão. Ótimo recurso de segurança, pena que o guincho enviado tinha placas diferentes…
Chevrolet Cruze: 14 min de ligação, 50 min para a chegada
Em vez de ligar, acionamos o botão SOS, do OnStar. Não adiantou, pois fomos transferidos para o Road Service, o serviço de emergência da GM. Foram 14 minutos de conversa, o dobro do Mobi. Pedimos o envio do Cruze para a Carrera, uma das maiores autorizadas de São Paulo, mas a atendente não a localizou no sistema. Tivemos que optar por outra.