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JAC T6

Primeiro carro mundial da marca, ele chega no fim do ano para colocar a marca no mais cobiçado segmento brasileiro

Por Ulisses Cavalcante | Fotos Christian Castanho
Atualizado em 8 nov 2016, 23h16 - Publicado em 24 jan 2014, 11h13
impressoes

A categoria dos SUVs está em festa no Brasil. Pelo menos oito lançamentos estão confirmados para estrear até 2016 e a JAC Motors não quer ficar de fora das comemorações. Quem garantirá um convite ao cobiçado segmento de utilitários esportivos é o T6. Ele é o primeiro modelo mundial da marca e integra uma nova geração de produtos da JAC. No último trimestre de 2014, o galã chinês dará check-in no showroom das concessionárias para abocanhar um pedaço do bolo.

Lançado em março de 2013, algumas unidades vindas da China já rodam por aqui em testes, pois a engenharia brasileira da JAC está trabalhando na tropicalização do carro. Com exclusividade, QUATRO RODAS teve acesso à novidade.

O T6 é um SUV compacto que será posicionado entre o Ford EcoSport e o Hyundai ix35. Com 4,47 metros de comprimento e 1,84 de largura, tem porte maior que o do Eco (4,24 metros) e praticamente igual ao do ix35 (4,41). Com ele, a JAC pretende tomar alguns clientes da versão topo de linha do modelo baiano e seduzir quem não está disposto a desembolsar quase 100 000 reais com o coreano. Se dólar e IPI se mantiverem no patamar de dezembro, o T6 deve custar cerca de 75000 reais – próximo ao de um Chevrolet Tracker, de 72 190 reais.

Mais uma vez, a estratégia da JAC será conquistar o cliente com o famoso “mais por menos” – no caso, o T6 traz mais espaço, porta-malas e itens de série quando comparado ao Eco Titanium. O pacote de equipamentos ainda não está definido, mas alguns são certos, como controle de estabilidade, assistente de rampa (mantém o carro freado ao tirar o pé do pedal), auxiliar de descida (contém a velocidade em declives íngremes), câmera de ré e monitor de pressão dos pneus. Embora o ar-condicionado deste carro seja convencional, o do futuro T6 será digital.

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Aqui também teremos um controle de cruzeiro (o popular piloto automático). Entre os itens não confirmados está um sistema de partida sem chave.

Na unidade cedida à revista, ainda sem as intervenções da JAC brasileira, o nível de ruídos e vibrações não estava no mesmo patamar dos SUV à venda hoje. “Vamos nos concentrar nisso e adequar o NVH ao gosto brasileiro”, diz Sergio Habib, presidente da JAC Motors do Brasil. No “engenheirês”, a sigla refere-se ao controle de ruídos, vibrações e aspereza de funcionamento do motor. Não é a primeira vez que a equipe de Habib faz esse tipo de trabalho. Todos os modelos vendidos aqui sofreram modificações solicitadas por ele aos chineses. O acabamento e as cores dos materiais e do sistema de iluminação também estão na mira do empresário. O T6 brasileiro não terá o couro caramelo nos bancos e nas portas. Até a chave será modificada. A atual, comum e com aparência barata, será substituída por um modelo canivete, como os da linha J.

De frente, não dá para negar a semelhança com o ix35. De traseira, a imagem de um Audi Q5 vem à mente, por causa de um corte horizontal que começa na altura das lanternas e divide a tampa do porta-malas. São duas referências de design que fizeram bem ao T6. O visual da carroceria mostra-se equilibrado e bem-resolvido.

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Por dentro, novamente se percebem as influências do Hyundai, como as saídas de ar instaladas verticalmente e em posição elevada, comandos concentrados na parte superior do painel e esmero na textura das superfícies plásticas. Em comparação com os materiais utilizados no J3, J5 e J6, há um avanço nítido na qualidade de construção. A razão dessa melhoria são as futuras intenções da JAC: o T6 é o primeiro modelo mundial da empresa chinesa, que pretende vender o SUV na América Latina, Rússia, Leste Europeu e Oriente Médio.

Andamos noT6 equipado com motor 2.0 turbo de 177 cv, ligado a uma transmissão manual de seis velocidades. Apesar de a potência soar interessante aos ouvidos e ao acelerador, não é essa configuração que teremos por aqui. No Brasil, o SUV terá um 2.0 bicombustível com comando variável de válvulas e 154 cv, sem sobrealimentação. A transmissão será manual de cinco marchas.

Por enquanto, esqueça a possibilidade da transmissão automática. “Enquanto nossa fábrica não ficar pronta, temos um limite em nossa cota de importação – que vale para todos os modelos”, diz Habib. Com o volume de vendas reduzido por causa dessa limitação, o presidente da empresa afirma que não haveria como bancar os custos da caixa automática.

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Na rua, o T6 atraiu olhares e agradou em um primeiro contato. A direção com assistência elétrica facilita as manobras, mas poderia ser mais direta e filtrar melhor as vibrações que sobem pela coluna – ambas considerações que a engenharia brasileira promete resolver até o lançamento. Apenas o vidro do motorista conta com função um-toque e funciona apenas para abrir a janela. Seria interessante que o recurso estivesse disponível em todas as janelas, tanto para abrir como para fechar os vidros. A coluna de direção também ganharia pontos se tivesse ajuste de profundidade, o que seria um grande diferencial, já que nem o ix35 conta com essa vantagem.

O ar-condicionado destacou-se pela eficiência, assim como no hatch J3. Mesmo em dias quentes, manteve a ampla cabine bem refrigerada. Com a troca pelo modelo digital, será mais fácil controlar a temperatura. O sistema de som conta com comandos no volante e tela central sensível ao toque. O software do aparelho é intuitivo à primeira vista, mas limita-se às funções do rádio. O modelo atualizado deverá também exibir as imagens da câmera traseira. Há porta USB e entrada auxiliar, mas falta um leitor de CDs.

Assim como os demais JAC, haverá apenas uma versão, sem opcionais. No meio do caminho entre o Eco e o ix35, o T6 deve preencher uma lacuna de mercado que existe hoje. Mas essa brecha ficará bem congestionada nos próximos anos.

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VEREDICTO

Se o T6 custar mesmo cerca de 75000 reais, será forte concorrente para Tracker e Eco Titanium, por trazer mais espaço e itens de série.

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