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Argo, HB20, Sandero, Onix ou Ka: qual o melhor hatch 1.0 até R$ 60.000?

Aumento dos preços dos hatches 1.0 beira os 20% este ano. Fomos atrás do modelo que entrega mais por menos

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 dez 2020, 15h48 - Publicado em 1 dez 2020, 03h52
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    Itens de segurança ganham espaço na categoria, enquanto faróis de neblina
    se tornaram luxo (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A macroeconomia não ajuda. Pandemia, real desvalorizado, desemprego e aumento do preço do aço contribuem para elevar bastante o preço dos carros. Isso fica ainda mais nítido entre os modelos mais baratos.

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    Basta ver que as opções que existem hoje por R$ 50.000 são os Fiat Mobi e Uno e o Renault Kwid. Os que reunimos aqui estão um patamar acima. E se perder a atenção por um momento na escolha de versões, opcionais e cores, seus preços passam facilmente dos R$ 60.000.

    Surpreso? Entre Sandero, Argo, Onix, HB20 e Ka, o menor aumento de janeiro a outubro foi do hatch da Fiat, com 9,9%. O maior reajuste foi de 17,2% para o Chevrolet – começou o ano custando R$ 51.590 e agora custa R$ 60.490, sempre na versão LT. Convocamos o Polo para o embate, mas ficou de fora, pois a Volkswagen não tem o carro 1.0 para empréstimo.

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    Para as fabricantes, os aumentos são a garantia de rentabilidade da operação. Para o consumidor, o desafio é garantir a rentabilidade de seu dinheiro em mais itens de segurança e conforto no carro novo. E, claro, o menor custo na vida útil. Veja a seguir.

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    5º – Fiat Argo Drive 1.0: R$ 58.890

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    Design de 2017 ainda agrada, mas rodas maiores fariam bem ao visual do Argo (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O Fiat Argo é o segundo carro mais caro deste comparativo, mas nem de longe pode ser considerado o mais equipado. Essa equação simples, que pondera o quanto cobra e o que entrega, justifica seu último lugar.

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    Itens como central multimídia Uconnect de 7 polegadas, ar-condicionado, direção elétrica e vidros dianteiros elétricos fazem parte do pacote padrão do Argo Drive 1.0, de R$ 58.990.

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    Velha central de 9 polegadas foi trocada pela Uconnect de 7 com Android e CarPlay (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Mas equipamentos que você encontrará nos concorrentes, como controles de estabilidade e tração, faróis de neblina, vidros elétricos traseiros, sensor de estacionamento, repetidores de seta nos retrovisores e o exclusivo ar digital, vêm no pacote S-Design, de R$ 3.200. É um ótimo valor avulso, mas um Argo de R$ 62.090 está longe de ser um bom negócio – o 1.3 custa R$ 100 menos.

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    Bancos dianteiros são confortáveis, mas normais (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O motor 1.0 6V até vai bem no uso urbano, onde cravou 14,1 km/l com gasolina. Mas o câmbio de relação final curta e o fato de usar duas válvulas por cilindro podem estar relacionados aos 15,4 km/l no regime rodoviário – a pior média dos cinco.

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    O espaço traseiro é apenas bom (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O Argo ainda é um carro com visual interessante, gostoso de dirigir, e tem bom espaço. O que ele realmente precisa não é de mais equipamentos, mas de um bom desconto.

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    Porta-malas tem 300 litros de capacidade (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Teste – Fiat Argo Drive 1.0

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 15,4 s
    0 a 1.000 m: 36,6 s – 159,1 km/h
    Velocidade máxima: 162 km/h

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    Retomadas
    D 40 a 80 km/h: 9,1 s
    D 60 a 100 km/h: 12,7 s
    D 80 a 120 km/h: 21,8 s

    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0: 16,3/29/66,5 m

    Consumo
    Urbano: 14,1 km/l
    Rodoviário: 15,7 km/l

    Ruído interno
    Neutro/RPM máx.: 40,2/71,4 dBA
    80/120 km/h: 64,6/70,5 dBA

    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h: 94 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em 5a marcha: 3.400 rpm

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    Seu Bolso
    Preço básico: R$ 58.890
    Revisões (até 60.000 km): R$ 3.344

     

    4º – Renault Sandero Zen: R$ 58.740

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    Sandero é o único que tem lanternas com luzes de posição com leds e DRL nos faróis (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Não há carro mais espaçoso entre os hatches compactos. É uma qualidade que o Renault Sandero sustenta desde seu lançamento, em 2007, e que não corre risco de ser ameaçada. Mas o preço deixou de ser tão favorável a ele como antes.

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    Novo volante destoa um pouco do painel mais antigo. Airbags laterais são de série (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O Sandero das fotos é um Zen 1.0, que parte dos R$ 58.740 e soma central multimídia com comandos satélite atrás do volante, molduras no console central e nas saídas de ar laterais e até as alças internas das portas, que a versão Life, de R$ 55.990, não tem.

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    Bancos trocados em 2019 favoreceram a ergonomia (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O destaque do pacote de equipamentos fica para os airbags frontais e laterais de série, bem como ar-condicionado, direção eletro-hidráulica (mais pesada que a elétrica), sensores de estacionamento traseiro, DRL nos faróis, vidros elétricos dianteiros e travas elétricas. Não tem espelhos com ajuste elétrico, porém.

    O câmbio manual de cinco marchas com escalonamento curto oferece agilidade até médias velocidades e não prejudica o consumo, que ficou em 14,8 km/l na cidade e 17,3 km/l na estrada, atrás apenas do HB20.

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    O Sandero tem o melhor porta-malas: 320 litros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Não é barato ou bem equipado, mas o espaço que o entre-eixos de 2,59 m proporciona e os 320 litros de porta-malas pesam a favor do Sandero frente ao Fiat Argo, que é mais caro na compra e no pós-venda.

    Teste – Renault Sandero Zen 1.0

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 15,2 s
    0 a 1.000 m: 36,7 s – 138,8 km/h
    Velocidade máxima: 163 km/h

    Retomadas
    D 40 a 80 km/h: 8,8 s
    D 60 a 100 km/h: 13,1 s
    D 80 a 120 km/h: 23,8 s

    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0: 15,3/27,4/59,5 m

    Consumo
    Urbano: 14,8 km/l
    Rodoviário: 17,3 km/l

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    Ruído interno
    Neutro/RPM máx.: 46,6/69,8 dBA
    80/120 km/h: 66,4/73,4 dBA

    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h: 97 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em 5a marcha: 3.500 rpm

    Seu Bolso
    Preço básico: R$ 58.740
    Revisões (até 60.000 km): R$ 3.105

     

    3º – Ford Ka: R$ 55.390

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    Ka SE Plus herdou as calotas de 15 polegadas, que eram do finado Fiesta (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O Ford Ka merece mais atenção da própria fabricante e também do mercado. A atual geração tem seis anos e recebeu a última reestilização há dois, mas continua com muitas qualidades, a despeito da queda nas vendas que sofre desde o início da pandemia. Só não tem grandes luxos na versão SE Plus, de R$ 55.390 – a mais vendida, por sinal.

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    Volante tem aro mais grosso que o normal, mas instrumentos são muito pequenos (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A lista de equipamentos inclui a central Sync de 7 polegadas, vidros elétricos nas quatro portas e espelhos e travas elétricos. Mas além dos faróis de neblina não há outro equipamento de segurança que não seja obrigatório. Quem fizer questão do controle de estabilidade precisará partir para a versão FreeStyle 1.0, de R$ 61.590.

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    Volante tem aro mais grosso que o normal, mas instrumentos são muito pequenos (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    As qualidades do Ka estão no interior, com os grandes e confortáveis bancos dianteiros, a posição de dirigir mais elevada e o grande espaço para a cabeça de todos, o que também melhora o conforto no banco traseiro.

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    Espaço para a cabeça no banco traseiro é bom (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    E ao dirigir nota-se que é um carro muito correto nas respostas do motor de 85 cv que gosta de girar, mas tem o maior apetite urbano (12,8 km/l). O câmbio só peca pelos engates mais longos.

    Em resumo, o Ford Ka é um bom carro e garantiu a terceira posição pelo preço mais acertado que o de Argo e Sandero.

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    Porta-malas leva 257 litros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Teste – Ford Ka SE Plus 1.0

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 15,2 s
    0 a 1.000 m: 36,4 s – 142,9 km/h
    Velocidade máxima: 166 km/h

    Retomadas
    D 40 a 80 km/h: 9,1 s
    D 60 a 100 km/h: 14,5 s
    D 80 a 120 km/h: 24, s

    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0: 16,4/29,1/65,6 m

    Consumo
    Urbano: 12,8 km/l
    Rodoviário: 17,1 km/l

    Ruído interno
    Neutro/RPM máx.: 42,1/70,5 dBA
    80/120 km/h: 64,7/69,9 dBA

    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h: 99 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em 5a marcha: 3.250 rpm

    Seu Bolso
    Preço básico: R$ 55.390
    Revisões (até 60.000 km): R$ 3.544

     

    2º – Chevrolet Onix LT 1.0: R$ 60.490

    Onix
    Onix tem design e pacote de equipamentos bem diferentes dos da concorrência (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O Chevrolet Onix se destaca em muitas coisas. É o mais moderno, mais completo, mais rápido… e o mais caro. A Chevrolet pede R$ 60.490 pelo Onix LT 1.0 básico. ou quase: é o único dos cinco com seis airbags e controles de estabilidade e tração de série em todas as versões. Ainda tem piloto automático, vidros elétricos nas quatro portas e central MyLink com tela de 8 polegadas.

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    Linha 2021 ganhou central de 8 polegadas, mas moldura tem mesmo tamanho (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O segundo pacote soma R$ 2.300 e inclui câmera de ré, partida sem chave, rodas de liga leve e acendimento automático dos faróis.

    Onix
    Bancos dianteiros do Onix são mais curtos e duros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O carro das fotos é modelo 2020 e por isso ainda tem faróis e lanterna de neblina, carregamento sem fio para smartphone, dois USB traseiros e Wi-Fi. A GM fez a limpa na lista.

    Onix
    O espaço traseiro é bom para um compacto (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Qualidades ficaram, porém. O motor 1.0 12V aspirado é novo e responde bem, ainda que seja um pouco áspero e exista um buraco entre a segunda e a terceira marcha – e é o único do comparativo com seis. De toda forma, o 0 a 100 km/h em 14,3 segundos também faz inveja nos outros. Tem o segundo pior consumo urbano (13,8 km/l) e o segundo melhor rodoviário (17,1 km/l).

    Onix
    Capacidade do porta-malas é de 275 litros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O Onix tinha um pacote imbatível e a retirada de itens foi seguida por aumentos. Nesse preço é difícil referendá-lo como a melhor escolha.

    Teste – Chevrolet Onix LT 1.0

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 14,3 s
    0 a 1.000 m: 35,8 s – 145 km/h
    Velocidade máxima: 167 km/h

    Retomadas
    D 40 a 80 km/h: 8,4 s
    D 60 a 100 km/h: 12,6 s
    D 80 a 120 km/h: 22,2 s

    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0: 14,7/25,8/59,9 m

    Consumo
    Urbano: 13,8 km/l
    Rodoviário: 17,1 km/l

    Ruído interno
    Neutro/RPM máx.: 38,8/65,1 dBA
    80/120 km/h: 66,1/70,5 dBA

    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h: 97 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em 5a marcha: 2.800 rpm

    Seu Bolso
    Preço básico: R$ 60.490
    Revisões (até 60.000 km): R$ 3.272

     

    1º – Hyundai HB20 Vision Pack 1.0: R$ 54.390

    hb20
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O Hyundai HB20 das fotos é um Sense Pack, o mais básico de todos, mas com controles de estabilidade e tração, e custa R$ 51.590. Optamos por considerar o HB20 Vision Pack, que soma airbags laterais, central multimídia, vidros elétricos nas quatro portas, retrovisores e maçanetas pintados e lanternas escurecidas, e custa R$ 54.390.

    hb20
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O pacote é bom para o preço cobrado e o carro, apesar do design, tem conjunto muito competente. Basta ver que o motor 1.0 (o primeiro três-cilindros flex de todos, que estreou no Picanto em 2011) ainda é dono das melhores médias de consumo urbano (15 km/l) e rodoviário (17,8 km/l), e é só 0,1 s mais lento que o Onix, mesmo com câmbio de cinco marchas – com engates longos.

    hb20
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Como o GM, também tem um “buraco” na troca da segunda para a terceira marcha. E olha que a Hyundai encurtou a relação de diferencial na reestilização de 2019.

    hb20
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A suspensão consegue ser firme o suficiente para lidar bem com as curvas e confortável para filtrar buracos e emendas de asfalto. E não vai raspar em valetas ou quebra-molas como o Onix.

    O Hyundai HB20 leva essa por ter o melhor equilíbrio na equação que envolve preço, consumo, desempenho e equipamentos relevantes.

    hb20
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Teste – Hyundai HB20 Vision Pack 1.0

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 14,4 s
    0 a 1.000 m: 35,9 s – 143,7 km/h
    Velocidade máxima: 161 km/h

    Retomadas
    D 40 a 80 km/h: 8,4 s
    D 60 a 100 km/h: 13,6 s
    D 80 a 120 km/h: 22,8 s

    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0: 13,3/24,5/52 m

    Consumo
    Urbano: 15 km/l
    Rodoviário: 17,8 km/l

    Ruído interno
    Neutro/RPM máx.: 42,3/64,4 dBA
    80/120 km/h: 63,7/70,2 dBA

    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h: 96 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em 5a marcha: 3.250 rpm

    Seu Bolso
    Preço básico: R$ 54.590
    Revisões (até 60.000 km): R$ 2.815

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    Capa 739

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