SW4, Doblò, Jimny, Virtus e mais: 12 carros com preços absurdos no Brasil
Os preços não param de subir no mercado brasileiro, mas alguns modelos subiram além da conta e você pode nem ter percebido
Já não é mais novidade que os preços dos automóveis dispararam nos últimos anos, seja por crises econômicas ou políticas. Há pouco mais de um ano, os reajustes ficaram ainda maiores com a pandemia da Covid-19, que causou ainda um desabastecimento global de semicondutores.
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Assim, muito modelos passaram a ter preços fora da realidade considerando seus posicionamentos e valores cobrados há alguns anos. Separamos 12 exemplos de carros com preços absurdos no mercado brasileiro que você talvez nem tenha percebido que ficaram tão caros.
Audi Q3
Foi-se o tempo em que se podia levar para casa um Audi Q3 zero quilômetro por menos de R$ 150.000. Hoje, o SUV mais barato da marca parte de R$ 210.990 para unidades de ano/modelo 20/21 e de R$ 231.990 nos 21/21, considerando a mesma versão de entrada, Prestige. Em relação ao valor cobrado em seu lançamento no Brasil, em fevereiro de 2020, os exemplares feitos no ano passado subiram 45,6%. Nos mais novos a diferença pula para 28,9%.
O modelo atual é importado da Hungria apenas com motorização 1.4 turbo de 150 cv, a mesma do Volkswagen Taos, mas que bebe apenas gasolina. Segundo a tabela de julho da Audi, o Q3 pode chegar aos R$ 277.990.
Chevrolet Spin
O carro de 7 lugares mais barato do país já custa R$ 104.890 iniciais – é o caso da Spin Premier equipada com câmbio manual de 6 marchas. Caso o comprador queira deixar seu dia-a-dia familiar ainda mais confortável, terá que pagar ao menos R$ 109.690 pela versão com câmbio automático.
Na lista de série, a minivan oferece central multimídia, faróis automáticos, rodas de 16 polegadas, câmera de ré, sensores de estacionamento traseiros e piloto automático.
Chevrolet Trailblazer
Lançado no Brasil em 2012 por R$ 175.450 na versão equipada com motor 2.8 turbodiesel, única oferecida atualmente, o Trailblazer agora parte de R$ 317.600, um aumento de 81%. É claro que durante esses nove anos o SUV passou por alterações mecânicas, visuais e de equipamentos. Isso nunca representou, porém, um modelo totalmente novo.
Ele é vendido em pacote único, com 6 airbags, alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência, rodas de 18 polegadas, tração 4×4 e 7 lugares.
Fiat Doblò
No mercado há mais de 20 anos, o Doblò segue vivo em duas versões para atender possíveis demandas de empresas ou grandes famílias. A primeira configuração, Cargo, voltada ao trabalho, parte de R$ 104.490, enquanto a segunda, Essence, tem lugar para 7 ocupantes e começa em R$ 115.990.
As duas versões têm o mesmo e antigo motor 1.8, mas esqueça itens como controle de estabilidade, faróis automáticos, quadro de instrumentos digital ou central multimídia. Ambos têm, no máximo, predisposição para rádio, direção hidráulica e ar-condicionado.
Honda CR-V
O CR-V já ocupou, um dia, a faixa de preços que hoje é do irmão menor HR-V. Agora, o modelo recém-reestilizado começa nos R$ 264.900 com sistemas semiautônomos que podem evitar acidentes, como frenagem automática de emergência, piloto automático adaptativo e assistente de mudança de faixa. O motor é o 1.5 turbo de 190 cv.
Kia Sportage
O caso do Sportage vale uma curiosidade. Ele e o “primo” Hyundai ix35 são praticamente o mesmo carro, já que são feitos sobre a mesma plataforma e compartilham o conjunto mecânico, e sempre tiveram preços próximos, na faixa que hoje é ocupada pelos SUVs compactos.
Porém, enquanto o Hyundai parou no tempo e teve sua última atualização feita em 2015, o Sportage ganhou algumas perfumarias nos últimos anos. Resta saber se os R$ 195.990 iniciais do Sportage (que pode chegar a R$ 204.990) são justificáveis diante dos R$ 128.990 cobrados pelo ix35.
Mercedes-AMG E 63
Não faz tanto tempo que apenas superesportivos como Audi R8 e Mercedes-AMG GT ultrapassavam a barreira de R$ 1 milhão. Prova de que não é mais assim que funciona, o Mercedes-AMG E 63, versão esportiva do Classe E, já custa R$ 1.400.900. É isso, um milhão e quatrocentos mil reais.
A versão convencional do modelo, a E 300, parte de R$ 557.900 em sua configuração topo de linha. Há pouco tempo, esse era o preço da versão AMG.
Mercedes-Benz CLA 250
O CLA já foi, um dia, o carro mais barato da linha Mercedes no Brasil – e isso foi há apenas 3 anos. Agora, o sedã é vendido com apelo diferenciado e posicionado acima do Classe A Sedan, e começa em salgados R$ 327.900
Porém, a marca justifica o preço (que assusta) com o nível superior do modelo, que ficou maior, mais refinado e trocou o motor 1.6 turbo de 122 cv da versão 180, aquela mais barata, por um 2.0 turbo de 224 cv.
Nissan V-Drive
O V-Drive foi criado como uma alternativa mais barata e de “baixo custo” em relação ao novo Versa, que subiu um degrau – algo como a Chevrolet fez com o Joy Plus ao Onix Plus. Só que o custo do sedã já não atende mais à proposta de ser acessível. Ele começa em R$ 64.490 na versão 1.0 com câmbio manual, que não tem nome.
Porém, a topo de linha Premium, com motor 1.6 e câmbio automático CVT, custa R$ 82.790.
Suzuki Jimny Sierra
A nova geração do Jimny, que vem ao Brasil importada, é mais um modelo que ignora a proposta de ser um carro, de certa forma, acessível. Na configuração de entrada 4You, com câmbio manual, o jipinho começa em R$ 142.990 e pode chegar a R$ 163.990 na mais cara, 4Style, com transmissão automática.
Além de questões econômicas, o preço mais alto do Sierra acaba acompanhando os valores do Jimny antigo, que segue em linha com produção nacional. Este vai de R$ 107.990 a R$ 126.990.
Toyota SW4
SUV da Hilux que se emancipou, o SW4 não para de subir assim como seu concorrente, o Trailblazer. Mas o caso do Toyota é ainda mais grave, já que a versão topo de linha SRX, com 7 lugares, motorização diesel e tração 4×4, já é vendida por R$ 359.790. A versão mais barata custa R$ 252.590, mas tem um motor a gasolina debaixo do capô.
VW Virtus GTS
A versão esportiva do Virtus estreou quase como um carro de nicho, para quem queria o desempenho de um Polo GTS e porta-malas maior. Custava R$ 104.940 no lançamento, em fevereiro de 2020. Em um ano e meio passou a custar R$ 125.950.
E não foi só isso. Se no lançamento ele chegava a custar mais que o extinto Jetta de entrada, agora faz o meio de campo entre o Virtus Highline (R$ 109.740) e o Jetta Comfortline (R$ 137.720). Na verdade, o preço dos três assusta.