Segredo: GM também terá sua picape “anti-Toro”, e SUV de sete lugares
Cinco novos modelos chegam até 2021, três em parceria com a chinesa SAIC. Onix Sedan, Onix Plus e Tracker serão os primeiros
Era para ser apenas o test-drive do novo Jetta GLI, que a VW apresentou no mês passado à imprensa, em um roteiro no interior de São Paulo. Mas os convidados tiveram uma missão extra: caçar um segredo de fábrica.
A certa altura do itinerário, um SUV todo camuflado cruzou o caminho dos jornalistas. Quem não estava ao volante conseguiu fotografar ou filmar o misterioso modelo com o celular.
Depois, com as imagens nas mãos, foi fácil: o veículo em questão era nada menos que o futuro Chevrolet Tracker, que a GM prepara para lançar em meados do ano que vem.
O novo Tracker faz parte da linha de modelos da GM feitos a partir da plataforma GEM, desenvolvida em conjunto pela Chevrolet e sua parceira chinesa SAIC.
Até agora, pelo que se sabe, haverá oito veículos derivados dessa base. Cinco deles já estão no cronograma do Brasil até 2021: hatch e sedã compactos, SUV, SUV de sete lugares e picape.
Os dois primeiros já foram flagrados rodando em testes no Brasil e, no caso do sedã, sua versão chinesa foi apresentada no Salão de Xangai deste ano.
O Onix Sedan será o primeiro a estrear em nosso mercado. Seu lançamento está previsto para o final de 2019. Depois virá o hatch, no início de 2020.
Este será chamado de Onix Plus, para se diferenciar do sedã e também do Onix da versão atual, que segue em produção (com carroceria hatch e sedã, na versão Joy, mas com visual das atuais LT).
Depois, em meados de 2020, será a vez do Tracker de cinco lugares flagrado agora. Esse Tracker fabricado no Brasil deverá ser idêntico ao Tracker chinês, que foi apresentado mês passado.
O visual é o conhecido. Segue o estilo do SUV-conceito FNR-X, apresentado pela GM em 2017. Lá na China, o Tracker foi lançado com motor 1.0 com turbocompressor e injeção direta de combustível e 125 cv.
Esse motor é o mesmo que vai equipar Onix Plus e Onix Sedan no Brasil, em versões turbo e aspirado. Trata-se de uma nova família de motores de três cilindros que será produzida na fábrica da GM em Joinville (SC).
Além do 1.0 turbo, haverá também uma opção 1.2 turbo que vai equipar o Tracker e a nova picape da linha.
Como se vê, a GM já se dedica às próximas novidades. Depois do Tracker de cinco lugares, vêm o de sete lugares e a picape, que demoram mais tempo a chegar. A previsão é de que esses fiquem prontos somente em 2021.
Ao contrário dos três primeiros que foram projetos tocados sob responsabilidade dos chineses, o Tracker de sete lugares e a picape ficaram a cargo da engenharia brasileira.
O Tracker de sete lugares deverá ser maior e ter reforços estruturais que serão compartilhados com a futura picape da linha. Essa picape será maior que a Montana e menor que a S10, um tipo de anti-Fiat Toro, um sonho de longa data na GM.
Apesar de se posicionar em uma faixa de preço superior à da atual Montana, sua chegada deve pôr fim à produção da irmã menor. A GM decidiu abandonar esse segmento, plenamente dominado pelas rivais Fiat Strada e VW Saveiro.
O Tracker de sete lugares e a picape (o nome Montana não está descartado) também podem ter novidades na mecânica, como o motor 1.4 turbo que equipa o Cruze e o Tracker atuais.