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Salão de Paris 2024 quebra recorde de público com lançamentos mundiais

Um dos principais salões europeus teve mais de 500.000 visitantes e mostra que os salões tradicionais ainda têm espaço. Confira as principais atrações

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 out 2024, 17h12 - Publicado em 22 out 2024, 17h00
Salão de Paris
 (Jornal do Carro/Reprodução)
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Até a pandemia da Covid-19 chegar em 2020, o calendário internacional de salões do automóvel ditava as datas de lançamento de quase todos os novos modelos pelo mundo. De Detroit, em janeiro, até Tóquio, em outubro, houve um salão internacional para cada temporada e uma série aparentemente interminável de novos carros revelados em cada uma delas. Porém o distanciamento mudou tudo.

Nos últimos três anos especialistas da indústria automotiva defendiam que o conceito tradicional de salão do automóvel tinha que mudar, afinal as fábricas ainda se recuperam dos trágicos efeitos da pandemia e precisavam se concentrar apenas em sobreviver.

Porém ao visitar o dia dedicado à imprensa e o primeiro dia de público do Salão de Paris 2024 é nítido que o modelo tradicional ainda pode dar certo. O diretor do Salão do Automóvel de Paris, Serge Gachot, diz que o evento “recuperou suas cores”. E é possível afirmar isso pois o evento teve mais de 500.000 visitantes nos seis dias de evento, de 14 a 20 de outubro, em Paris (FR). 

Salão de Paris 2

A amostra contou com 48 fabricantes e 158 expositores espalhados por cinco pavilhões – cerca de 50% mais expositores que a edição de 2022. “Este sucesso demonstra nossa capacidade de reunir um público diverso e mais jovem em torno de temas automotivos. Além de ser um evento físico, o Mondial de l’Auto se tornou uma verdadeira plataforma de mídia”, afirma Gachot.

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Stellantis, Renault, Nissan, Kia, Volkswagen, Audi, Skoda, BMW e Mini marcaram presença no evento, inclusive com lançamentos mundiais. O Grupo Renault esteve presente com suas quatro marcas, Renault, Dacia, Alpine e Mobilize, com direito as estreias mundiais destacadas abaixo. Volkswagen, Audi e LeapMotor também se destacaram com apresentação do Tayron, Q6 Sportback e-tron e B10. 

Renault 4 E Tech

A ideia de transformar o Renault 5 em elétrico funcionou, logo a montadora decidiu replicar o conceito no também clássico R4, mas de uma maneira um pouco diferente. Se no passado o carro era um hatch popular, na versão atual ele é elétrico e assumiu o corpo de um SUV compacto.

Renault 4 E-Tech
Renault 4 E-Tech (Isadora Carvalho/Quatro Rodas)

Do hatchback R5, ele traz não só o conceito de reviver um clássico, mas também 68% dos componentes, o que inclui a plataforma AmpR Small. Porém, como dito, o R4 E-Tech é um SUV, e mostra isso sendo com seus 4,14 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,57 m de altura e 18,1 cm de altura em relação ao solo. Isso faz dele maior que o Renault 5 em todas as dimensões.

Renault 4 E-Tech
Renault 4 E-Tech (Isadora Carvalho/Quatro Rodas)

Serão duas motorizações disponíveis para o R4. A mais básica terá motor elétrico de 122 cv e uma bateria de 40 kWh, capaz de oferecer até 300 km de autonomia. Acima dela teremos a versão de 150 cv, também com um motor, com bateria de 52 kWh e 402 km de autonomia, segundo o ciclo WLTP. O carregamento é feito em carregadores DC de até 100 kW, capazes de recarregar as baterias de 15% a 80% em meia hora, como informa a fabricante.

Renault Embleme

O crossover futurista é diferente de tudo que a Renault já mostrou, seja no visual ou em sua motorização elétrica com extensor de alcance de hidrogênio. Com 4,8 m de comprimento, o Renault Embleme tem carroceria pensada na aerodinâmica combinado com toques de agressividade. A inspiração são os modelos da Renault do final dos anos 90, mas com detalhes atuais.

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Renault Embleme (1)

A frente ousa com um conjunto óptico que se estende por toda a frente. O logo da Renault fica centralizado e também é iluminado. Na parte inferior do para-choque e em sua laterais é possível ver entradas de ar. As rodas têm formato muito diferente, mas acompanha o design da carroceria com muitos vincos, bem como as portas esculpidas e as caixas de rodas, que parecem ser construídas em fibra de carbono.

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A traseira remete um pouco ao Aston Martin DBX, principalmente por seu formato. Mas no Embleme, a pegada é mais futurista, algo meio ‘cyberpunk’, e isso fica visível nas lanternas com formato totalmente inédito, além das curvas e do para-choque ‘diferentão’.

Renault Embleme (4)

O trem de força é um pouco mais complexo, por se tratar de uma combinação de motor elétrico, bateria e célula de hidrogênio. Mas basicamente, o Embleme combina uma bateria NMC (níquel manganês cobalto) de 40 kWh com uma célula de combustível de hidrogênio, que juntos alimentam um motor elétrico de 218 cv.

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Dacia Bigster

A Dacia apresentou oficialmente o SUV Bigster, que bebe muito da fonte da atual geração do Duster. Esse carro já havia aparecido como conceito anteriormente. A primeira diferença entre a versão de produção e o conceito está no interior. Diferente dos que foi apresentado, o Bigster — pelo menos em um primeiro momento — não terá sete lugares, mas apenas cinco, o que faz valer o apelido de ‘Duster esticado’.

Dacia Bigster

Visualmente, há muitas semelhanças. Todo o conjunto óptico é idêntico, na frente e atrás. As diferenças ficam por conta do para-choque, um pouco maiores no Bigster e com design um pouco diferente. O mesmo vale para os faróis de neblina.

Apesar das semelhanças, não será difícil diferenciá-los, afinal, o Bigster é cerca de 23 cm mais comprido. O utilitário mede ao todo 4,57 m de comprimento, 2,70 de entre-eixos, 1,81 m de largura e 1,17 m de altura. O porta-malas tem bons 667 L. Na cabine, praticamente tudo também vem do Duster. É uma estratégia já conhecida da Dacia para economizar ao produzir seus carros, afinal, a montadora é conhecida por vender modelos mais acessíveis.

Dacia Bigster

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Todas as variantes do Bigster são híbridas, incluindo uma flex, mas não do jeito que conhecemos. Ao invés de usar gasolina e etanol, o ECO-G 140 substitui o combustível pelo gás GLP. Ela usa o motor 1.2 TCe de 140 cv combinado com sistema híbrido leve, que oferece até 1.450 km de autonomia total combinando os tanques 49 L de GLP e 50 L de gasolina. Há também outras versões híbridas leves. Uma delas é a TCe 140, que utiliza o mesmo motor da anterior, mas rodando apenas com gasolina. Ela entrega 140 cv, tem câmbio manual de seis marchas e tração dianteira.

Renault Estafette

O furgão elétrico é primeiro veículo da marca feito com a arquitetura eletrônica SDV, ou seja, definido por software. O veículo é um reinterpretação moderna da clássica van da montadora francesa que tinha o mesmo nome. De acordo com a marca, o modelo conceitual é uma visão futurista para seus veículos utilitários elétricos.

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A montadora afirma que um dos focos do conceito é a atuação no transporte de última milha, mas também quer propor novas soluções de transição energética nesse setor. 

Conforme apontou a Renault, o modelo tem o comprimento de um Kangoo (4,91 metros), a capacidade de carga do Trafic (1.140 kg) e a “agilidade do Clio”.  Uma altura incomumente alta de 2,59 metros permite que os motoristas andem por todo o comprimento da cabine até a parte traseira do compartimento de carga em pé, considerando adultos de até 1,90 metro. Uma porta de correr na parte traseira abre para cima em toda a altura da van para enchimento simples em docas de carga, enquanto em uma rota de entrega, os motoristas usarão as portas laterais dianteiras para descarregar. 

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Os motoristas interagem com um quadro de instrumentos digital de 7 polegadas e uma tela sensível ao toque separada de 12 polegadas no centro do painel, projetada para executar vários aplicativos de software que diferentes comerciantes podem precisar.

Volkswagen Tayron

O SUV grande é o destaque do estande da marca no Salão de Paris, onde faz sua primeira aparição em público no ocidente – afinal, já havia aparecido  no Salão de Pequim, em abril, como Tiguan L Pro. Sim, trata-se de um projeto chinês e virá ao Brasil. 

Mesmo substituindo o Tiguan em diversos mercados, o Tayron é maior e seu porte impressiona. Ele tem 4,77 metros de comprimento, 1,85 m de largura; 1,66 m de altura e 2,79 m de entre-eixos. Pode ter sete lugares, uma forma de aproveitar melhor seu entre-eixos 12 cm mais longo que o de um Taos.

Volkswagen Tayron
Volkswagen Tayron (Divulgação/Volkswagen)

No estande em Paris entramos na versão com cinco lugares, que ostenta um porta-malas com generosos 885 litros. Ao vivo a impressão é que há até mais espaço. A mesma impressão se repete no banco traseiro, onde mesmo um adulto bem alto consegue cruzar a perna. 

vida a bordo é privilegiada também pela quantidade de telas em alta definição. O painel do Tayron tem arquitetura horizontal contínua. No primeiro nível está o “Digital Cockpit Pro”, quadro de instrumentos digital com tela de 10,25 polegadas. 

Tayron 4

No mercado francês, o Tayron terá quatro opções de motorização, Inicialmente, estará disponível apenas com tração dianteira, embora versões com tração integral sejam vendidas em outros mercados. A versão de entrada é equipada com um motor 1.5 eTSI, combinado com um sistema híbrido leve de 48 Volts, gerando 150 cv de potência.

Tayron 5

Há também uma versão com motor 2.0 turbodiesel, com a mesma potência, e duas opções híbridas plug-in baseadas no motor 1.5 eHybrid, com potências de 204 cv e 272 cv. Essas versões são equipadas com uma bateria de 19,7 kWh, oferecendo mais de 100 quilômetros de autonomia em modo totalmente elétrico, segundo a marca. 

Audi Q6 Sportback e-Tron

O lançamento da linha Q6 e-Tron veio em partes. Primeiro lançaram as versões SUV, que inclusive já começaram a ser vendidas no Brasil, agora chegou a vez dos Sportback, versão com carroceria cupê, apresentada no estande da Audi no Salão de Paris.

Como principal trunfo, além do seu design mais esportivo, a versão Sportback também tem mais autonomia, já que seu coeficiente de arrasto é de 0,20, contra 0,26 da versão padrão. Em sua versão mais básica, o Q6 Sportback tem tração traseira e apenas um motor de 292 cv e bateria de 83 kWh. Isso significa que ele acelera de 0 a 100 km/h em 7 s e tem autonomia de até 545 km pelo ciclo WLTP.

Audi Q6 Sportback
Audi Q6 Sportback (Divulgação/Audi)

No topo da gama, temos o SQ6 e-Tron quattro. Pelo nome, já dá para saber que ele também tem um par de motores elétricos, que entregam 517 cv e proporcionam um sprint de 0 a 100 km/h em apenas 4,3 s. Para isso, ele precisa abrir mão de um pouco de autonomia, podendo fazer até 606 km com apenas uma carga.

Audi Q6 Sportback
Audi Q6 Sportback (Divulgação/Audi)

Em questão de design, é basicamente o mesmo do Q6 SUV reestilizado para a nova geração. O que realmente muda é o caimento cupê da traseira, que também reduz um pouco o volume do porta-malas: de 526 L para 508 L. Porém, ao baixar os bancos traseiros o volume total sobe para 1.373 L. Há ainda um compartimento de carga na dianteira de 64 litros.

Leapmotor B10

Em 2025, a Stellantis irá mudar sua estratégia para carros elétricos no Brasil com a chegada da chinesa Leapmotor. As duas empresas fizeram uma joint venture para o mercado global que já começa a render frutos, levando a criação de seu primeiro carro feito para fora da China, o SUV médio B10.

Leapmotor B10
Leapmotor B10 (Isadora Carvalho/Quatro Rodas)

O B10 entra em um segmento muito competitivo dos crossovers médios, brigando diretamente com o BYD Yuan Plus, Mini Aceman e o recém-revelado Renault 4. QUATRO RODAS apurou que a Leapmotor mira em uma faixa de preço de 30.000 euros (R$ 183.579 na conversão direta). Como comparação, o Yuan Plus parte de 37.990 euros (R$ 232.472).

Suas medidas também não foram divulgadas. Aparenta ter um comprimento por volta de 4,5 metros, o que o deixaria próximo de um Jeep Compass. Por ser feito com a plataforma Leap 3.5, deve aproveitar bem o entre-eixos para oferecer muito espaço interno. Infelizmente, a Leapmotor não divulgou imagens da cabine.

Leapmotor B10
Leapmotor B10 (Isadora Carvalho/Quatro Rodas)

Chegará às concessionárias na Europa em 2025 e, por enquanto, a Leapmotor não dá indicações de que será lançado no Brasil. Porém, a fabricante chinesa deve ampliar seu portfólio no país rapidamente e o B10 se encaixaria bem por ser um rival direto para modelos como BYD Yuan Plus e Renault Megane.

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