Novo Fiat Doblò tem base de Citroën, teto solar e até versão elétrica
Furgão nasce como a quarta variação da terceira geração do Citroën Berlingo e tem poucos componentes exclusivos
Fazendo valer a Stellantis, empresa que surgiu da fusão entre a Fiat Chrysler (FCA) e a PSA Peugeot Citroën, a terceira geração da Fiat Doblò estreia agora na Europa sem ser algo inteiramente novo, ainda que a versão elétrica seja uma novidade.
Na verdade, trata-se de mais uma variação da terceira geração do Citroën Berlingo, lançada em 2018 e que também é vendida como Peugeot Rifter/Partner, Opel Combo Life e Toyota ProAce City Verso.
É a velha estratégia chamada “rebadge”, que consiste em não fazer muito mais do que trocar os logotipos da marca que vai vender o veículo. Foi assim que o Fiat Fiorino virou Peugeot Partner Rapid no Brasil. No caso do novo Fiat Doblò, a parte superior do para-choque ainda é exclusiva e tem uma espécie de friso interligando os faróis.
Mas faróis são os mesmos da versão de carga do Berlingo e do ProAce enquanto a parte de baixo do para-choque (sem pintura, por sinal) é compartilhada com ele e com o Partner. O resto da carroceria é comum aos demais, exceto pelos logotipos, pelas rodas aro 16 e pela cor Azul Mediterrâneo, que são exclusivos.
O mesmo acontece na cabine, onde o logotipo da Fiat é a única coisa que diz que não se trata de um Citroën Berlingo. O furgão tem quadro de instrumentos digital (importante para a versão elétrica), central multimídia de oito polegadas e head-up display de 5 polegadas, espelho retrovisor digital e teto-solar como opcional.
Como opcional, há o Magic Top, que deixa a cabine com menos aspecto de carro de trabalho e adiciona porta-objetos extras para itens pessoais. Outro opcional é a possibilidade do vidro traseiro abrir de forma independente da tampa. O novo Doblò ainda pode ter até 17 sistemas de assistência ao motorista e com o sistema Grip Control de controle de tração.
A versão de carga do novo Doblò é idêntica a de passageiros, mas sem vidros laterais. Enquanto a versão de passageiros estará disponível apenas com chassi curto, a versão de carga terá apenas o chassi longo.
O novo Fiat Doblò tem 800 kg de capacidade de carga na versão elétrica e 1.000 kg de capacidade nas versões com motor a combustão, que podem ser um 1.5 turbodiesel em versões de 100 cv e 136 cv ou um 1.2 turbo a gasolina de 110 cv. Só o motor diesel tem câmbio automático de oito marchas como opcional.
Já o chamado Fiat e-Doblò tem sistema elétrico semelhante ao do Peugeot 208 e-GT vendido no Brasil. Seu motor gera 136 cv e 26,5 kgfm e, graças a bateria de 50 kWh permite uma autonomia de até 280 km (WLTP). A velocidade máxima é limitada a 130 km/h.
Rebadge é algo comum para a Fiat e as fabricantes francesas. Desde 1994 (muito antes da criação da Stellantis) a Fiat Ducato é vendida como Citroën Jumper e Peugeot Boxer.
Além disso, os furgões menores Citroën Jumpy e Peugeot Expert em breve ganharão a companhia do Fiat Scudo no Brasil. Como os demais, o furgão da Fiat será montado no Uruguai e vendido no Brasil em versões de carga e passageiros. Os três ainda receberão o novo motor 1.5 turbodiesel de 136 cv.