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Grandes Brasileiros: VW Quantum Sport

Avessa ao visual sisudo dos carros familiares, o modelo foi um dos poucos a assumir sem medo seu caráter esportivo

Por Felipe Bitu
Atualizado em 27 set 2018, 10h58 - Publicado em 9 set 2015, 14h20
O motor 2.0 ajudava na briga contra a Caravan (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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Santana Quantum Sport
O motor 2.0 ajudava na briga contra a Caravan (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Peruas são automóveis familiares por excelência: oferecendo o conjunto ideal de espaço, conforto e segurança, elas combinaram a versatilidade dos utilitários com a racionalidade dos automóveis de passeio por décadas.

Por isso, esportividade nunca foi prioridade para esse tipo de veículo. Mas tudo mudou em meados de 1988, quando a Volkswagen anunciou um novo motor com 2 litros de cilindrada para a linha Santana. O novo fôlego foi especialmente bem-vindo na Quantum, até então a única perua nacional com a praticidade e conveniência das quatro portas.

Avaliada por QUATRO RODAS ainda na Alemanha, em 1985, a Quantum foi apresentada ao mercado nacional no mesmo ano, com as virtudes e defeitos do Santana, sua versão sedã. Tinha muita estabilidade, espaço e economia, mas seu motor de apenas 1,8 litro era incapaz de fazer frente à sua principal rival, a Chevrolet Caravan, dotada de um possante (e beberrão) motor de seis cilindros e 4,1 litros.

Retocada em 1987, a Quantum surpreendeu na nova versão GL: situada entre a CL (básica) e GLS (top), trazia um acabamento nitidamente esportivo, com rodas de liga do finado Gol GT e pneus de perfil 60, os mais baixos então.

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Santana Quantum Sport
Visual era discretamente esportivo, com lanternas fumê (Marco de Bari/Quatro Rodas)

 

 

O banco Recaro entrava na lista de opcionais e a decoração externa substituía os cromados por peças pretas anodizadas. Apesar do novo câmbio com relações mais curtas, foi o motor 2.0, em 1988, que garantiu a briga direta com a Caravan 4.1, sem sacrificar o consumo.

Rápida, veloz e estável, a perua trazia ainda direção hidráulica progressiva e ficava devendo só freios a disco ventilados: carregada ou vazia, a perda de eficiência em frenagens sucessivas era sensível e perigosa.

A versão GL 2.0 era o primeiro passo para a Quantum Sport, que seria mostrada pela primeira vez na 6ª Brasil Transpo, em outubro de 1989. Em meio aos modelos da linha 1990 reluzia uma Quantum branca, primeira aparição dessa série especial. A decoração esportiva era evidenciada pelos para-choques com frisos vermelhos, faixas laterais com o logotipo Sport, lanternas traseiras fumê, retrovisores da cor da carroceria e ponteira de escape oval.

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O conjunto ótico dianteiro era o mesmo da versão GLS, com faróis de neblina incorporados aos principais e indicadores de direção embutidos nos para-choques.

Santana Quantum Sport
Interior tinha bancos Recaro e detalhes vermelhos (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Oferecida nas cores sólidas vermelho, branco e preto, a série Sport também estava disponível para o Santana de duas portas. O visual esportivo manifestava-se ainda no interior, pelos detalhes vermelhos no painel, nos instrumentos e na padronagem dos bancos Recaro. O acabamento das rodas variava de acordo com a pintura do veículo: face diamantada com fundo prata, totalmente prata ou face diamantada e fundo branco, que é o caso deste exemplar, que pertence ao colecionador paulistano Marco Buono.

“A Quantum Sport branca era a única com grade dianteira pintada da cor da carroceria”, relembra Thyago Szoke, presidente do Santana Fahrer Club. “Como na versão GL, a direção hidráulica era de série, assim como o acionamento elétrico dos vidros, das travas e dos espelhos retrovisores. O ar-condicionado era o único opcional oferecido, pois o tradicional teto solar de chapa e o rádio/toca-fitas não estavam disponíveis. E, devido à crise no setor em 1989, pouquíssimas saíram com o motor a álcool.”

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Até hoje a Quantum Sport figura como uma das poucas peruas esportivas nacionais: ela foi precedida pela Chevrolet Caravan SS em 1978 e sucedida pela VW Quantum Evidence na década de 1990. Seu espírito jovem e rebelde pode ser visto implicitamente ainda hoje nas versões Variant de outros modelos Volkswagen, como Passat, Jetta e Golf.

Teste QUATRO RODAS – abril de 1989

 
Aceleração de 0 a 100 km/h 12,15 s
Velocidade máxima 166,5 km/h
Consumo médio 8,74 km/l

 

Ficha Técnica – VW Quantum Sport 1990

 
Motor longitudinal, 4 cilindros em linha
Cilindrada 1 984 cm3, 2 válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no cabeçote, alimentação por carburador de corpo duplo
Potência 99 cv (ABNT) a 5 200 rpm;
Torque 16,2 mkgf a 3 400 rpm
Câmbio manual de 5 marchas, tração dianteira
Dimensões comprimento, 452,7 cm; largura, 169,5 cm; altura, 140,2 cm; entre-eixos, 255 cm
Peso 1 110kg
Pneus 195/60 R14

 

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