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Grandes Brasileiros: Chevrolet Caravan SS leva tudo na esportiva

Ela inaugurou por aqui a opção de perua com apelo esportivo. Mas se não fosse a versão 250-S, era só apelo mesmo

Por Fabiano Pereira / Fotos: Christian Castanho
Atualizado em 25 mar 2024, 12h21 - Publicado em 15 jan 2016, 19h23
(Christian Castanho/Quatro Rodas)

O espaço interno sempre encabeçou a lista de justificativas para se ter uma perua. Itens de luxo e conforto podiam fazer parte dos dotes, mas daí a terem algum apelo esportivo, isso era outra história.

No Brasil, antes de o visual lameiro rejuvenescer peruas de hoje, como Palio Weekend (Adventure) e Spacefox (Space Cross), o apelo esportivo meramente estético já marcava a proposta da Chevrolet Caravan SS, lançada para a linha 1978.

Chevrolet Caravan SS

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Ainda que não diferisse tecnicamente do restante da linha, a SS vendia, a exemplo da mesma versão do Opala, a ideia de uma perua feita para uma pegada esportiva. Após o sedã e o cupê – este ainda à venda na época –, era a terceira carroceria da linha Opala a receber o acabamento digno do SS popularizado pelo Impala nos anos 60.

Se o motor 250-S de seis cilindros, carburador de corpo duplo e 171 cv tinha coerência com o visual de muscle-car dos SS, ainda havia o 151-S de quatro cilindros e 98 cv para reforçar a impressão de que o vigor estava mais na aparência que no conteúdo. O mote publicitário era “leve tudo na esportiva”.

Chevrolet Caravan SS

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Foi em janeiro de 1978 que a Caravan SS estreou nas páginas de QUATRO RODAS, num teste em conjunto com o Opala cupê de luxo com o motor 151-S. Assim como no cupê SS, ela trazia faixas pretas no capô e nas laterais, retrovisores externos aerodinâmicos, faróis de milha, volante esportivo espumado de três raios e bancos de vinil. As colunas laterais traseiras também eram pintadas de negro.

Em comparativo publicado na edição de março de 1976, a versão cupê do SS-6 fez Dodge Charger R/T e Ford Maverick GT comerem poeira, com máxima de 189,48 km/h, marca que o transformou no nacional mais veloz. Já a Caravan SS ficou aquém do esperado. Fez 162,895 km/h de máxima, 0 a 100 km/h em 12,92 segundos e retomada de 40 a 120 km/h em 27,20 segundos.

Chevrolet Caravan SS

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Nas provas de frenagem, a reportagem destacava negativamente os grandes espaços necessários e a dificuldade de manter a trajetória nas frenagens e a falta de um manômetro de óleo. Em contrapartida, elogiava o baixo nível de ruído, a posição ao volante e o câmbio, pelo escalonamento de marchas e os engates curtos, precisos e secos.

 

É de 1978 o exemplar prata (de quatro cilindros) fotografado, do colecionador paulista Fabio Steinbruch. “Ela se porta como o carro mais comum de dirigir, bom para usar no dia-a-dia.” Ainda levando em conta o motor, Steinbruch trata seu carro com irreverência. “É um Fusca de rico, simples, mas de porte grande.” Um porte de até 1 950 litros para bagagem.

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A Caravan SS recebeu as alterações da linha Opala  1980, quando a frente foi rebaixada e ganhou faróis retangulares. Rodas e retrovisores tinham desenho novo também e os para-choques eram da cor do carro. Foi o ano derradeiro de todos os SS da linha Opala, que tinha seu luxo enfatizado pela versão Diplomata.

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Chevrolet Caravan SS

Mais rápida na passagem pelo mercado que no acelerador e mais chamativa pela raridade que pelo visual, nossa primeira perua “esportiva” fez escola. Tentativas posteriores de associar peruas a desempenho, como a VW Quantum Sport de 1990 e as de proposta off-road leve, também enfatizaram o estilo.

Ao volante de uma SS de quatro cilindros, com o carro lotado numa subida de serra, entendia-se a o slogan do lançamento: o negócio era curtir a companhia da família e levar tudo o mais na esportiva.

Teste QUATRO RODAS – Janeiro de 1978

Aceleração: 0 a 100 km/h em 12,92 s
Velocidade máxima: 162,89 km/h
Frenagem: 80 km/h a 0 em 32,85 metros
Consumo 6,95 km/l (média), entre 4,07 e 8,06 km/l (estrada)
Preço: Cr$ 133.643 (dezembro 1977), R$ 133.541 (atualizado IGP-DI)

Ficha Técnica – Caravan SS

Motor: dianteiro, 6 cilindros em linha, 4 093 cm³, carburador de corpo duplo e fluxo descendente, comando de válvulas lateral, a gasolina Diâmetro x curso: 98,4 x 89,7 mm Taxa de compressão: 7,8:1 Potência: 171 cv a 4  800 rpm Torque: 32,5 mkgf a 2 600 rpm
Câmbio: manual de 4 marchas, tração traseira
Dimensões: comprimento, 463 cm; largura, 173 cm; altura, 139 cm; entre-eixos, 267 cm; peso, 1.250 kg
Suspensão: amortecedores e molas helicoidais. Dianteira: independente, com braço triangular superior, braço simples inferior. Traseira: eixo rígido, barras tensoras longitudinais, barra ransversal tipo Panhard
Freios: a disco na dianteira e tambor na traseira, de acionamento hidráulico, com servofreio
Rodas e pneus: aço, 14 x 5; pneus 6,95 S 14

 

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