Vídeo: um carro pode mudar de geração e ter a mesma plataforma?
Bases modulares vieram pra transformar o mercado com alta versatilidade — o que pode pedir alterações em termos consagrados da indústria
Há até bem pouco tempo, era impensável que um sedã compartilhasse a mesma plataforma com um SUV ou um hatch compacto, não é mesmo?
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Mas com o surgimento das plataformas modulares como a MQB (Modularer Querbaukasten, ou matriz transversal modular) da Volkswagen, ficou no passado o conceito de arquiteturas engessadas e imutáveis que só servem a apenas um modelo.
E é exatamente sobre plataformas veiculares que o redator-chefe Paulo Campo Grande fala nesse vídeo da playlist Melhor Compra do nosso canal do Youtube. Em cima da MQB são produzidos mais de dez modelos diferentes, entre eles, T-Cross, Virtus e Polo.
No entanto, apesar do entre-eixos ser alterável, há algumas medidas que não mudam, como a distância entre o eixo dianteiro e a ancoragem dos pedais. Essa variabilidade da plataforma permite uma grande redução de custos na escala de produção de uma linha de veículos, já que eles podem compartilhar entre si vários componentes mecânicos.
Nova geração ou facelift?
Só consideramos uma nova geração quando há mudança da plataforma, mas com o advento da modularidade esse conceito pode estar ultrapassado. Afinal, o modelo pode ter muito mais conteúdo embarcado e mudar completamente em dimensões e conquistar o direito de ser classificado como nova geração.
Esse não é o caso do recém-lançado Hyundai Creta e do Hyundai HB20, que foram anunciados pela fábrica como nova geração, mas na verdade tratam-se de reestilizações ou facelifts profundos. Eles mudaram em design e tecnologia embarcada, mas continuaram com praticamente as mesmas dimensões.
O fato é que a curto prazo os carros receberão atualizações assim como um iPhone, e as fábricas terão que se preocupar menos em produzir uma nova plataforma e sim em como incrementar tecnologicamente as novas tecnologias que virão.
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