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VW Virtus usado tem as mesmas qualidades do novo e custa R$ 30.000 a menos

Sedã compacto se destaca pela robustez, eficiência dos motores e transmissões e pelo espaço interno, mas é preciso ficar atento aos seus defeitos crônicos

Por Felipe Bitu
Atualizado em 10 jun 2023, 23h47 - Publicado em 10 jun 2023, 23h47
virtus
Virtus é terceiro colocado entre os sedãs compactos, atrás de Prisma e Ka Sedan (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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O VW Virtus foi a principal novidade da Volkswagen em 2018, destacando-se entre os sedãs compactos em razão do porte de sedã médio: são 4,48 m de comprimento e 2,65 m entre os eixos, medidas que garantem um espaço interno bem interessante. E enquanto o zero km custa a partir de R$ 90.470, o Virtus usado é uma opção bem interessante. 

A diferença surge principalmente para quem viaja no banco traseiro, que acomoda bem até passageiros de estatura mais alta: o Virtus só ficou devendo um assoalho plano para o conforto do quinto ocupante. O porta-malas de 521 litros está entre os maiores do segmento.

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No Virtus, tampa do porta-malas invade a área superior do para-choque (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A versão de maior sucesso é a Comfortline, impulsionada pelo conjunto de motor 200 TSI (o que é o motor 200 TSI? o motor 1.0 com turbo e injeção direta que gera 128/116 cv e 20,4 kgfm) com o câmbio automático de seis marchas. Bem equipada, traz ESP, coluna de direção com ajustes de altura e profundidade, faróis de neblina com auxílio em curvas, central multimídia, rodas aro 15 de liga leve, retrovisores com acionamento elétrico, sensores de estacionamento traseiros e volante multifuncional.

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Por que comprar um Virtus?

As unidades mais valorizadas estão equipadas com opcionais como partida do motor por botão, sensores de estacionamento dianteiros, volante com aletas para troca de marchas, rodas aro 16, sensor de chuva, piloto automático, ar digital, câmera de ré, detector de fadiga e indicador de pressão dos pneus.

Virtus
Interior do automóvel Virtus Highline (Christian Castanho/Quatro Rodas)

 

Qual a diferença entre o Virtus Comfortline e o Highline?

Na dúvida, fique com a versão Highline, que já incorpora piloto automático e partida por botão de série, bem como luzes diurnas de led, banco traseiro com encosto rebatível e revestimento de couro para manopla do câmbio e freio de mão.

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Vale a pena procurar unidades com o pacote Tech High, que acrescenta central de 8”compatível com Android Auto e Apple CarPlay e painel de instrumentos digital. Bancos revestidos de couro e rodas aro 17 são opcionais muito desejados.

VW Virtus Comfortline compara 739
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Se o objetivo for esportividade, vá para a versão esportiva GTS, impulsionada pelo motor turbo de 1,4 litro e 150 cv: acelera de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos e chega aos 210 km/h de máxima sem abrir mão do consumo de 11,7 km/l na cidade e 17,4 km/l na estrada.

Virtus Comfortline 200 TSI (1)
A capacidade do porta-malas é de 521 litros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A versão de entrada 1.6 MSI (117/110 cv) é mais indicada para quem está com o orçamento apertado. Entre seus equipamentos de série há ar-condicionado, direção elétrica, vidros com acionamento elétrico, rádio com Bluetooth e quatro airbags. Mas fique atento: ESP é opcional e a maioria traz câmbio manual de apenas cinco marchas.

Qual é o Virtus mais econômico?

A calibração do conjunto de motor 1.6 e câmbio automático, combinação lançada em 2019, tem nítida preocupação com a economia de combustível, tanto que o Virtus 1.6 obteve números de consumo de gasolina (12,4 km/l na cidade e 17,8 km/l na estrada) tão bons quanto os do eficiente Highline 1.0 TSI (12,7 km/l e 17,6 km/l).

volkswagen virtus 1.6 at
(Christian Castanho/Quatro Rodas)

As provas de aceleração (0 a 100 km/h em 13,9 segundos e 0 a 1.000 metros em 34,9 segundos) evidenciam ainda mais a priorização do consumo em detrimento da performance.

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Avaliado em nosso Longa Duração, o Virtus foi aprovado. O maior problema ocorreu durante o pós-venda, devido ao plano de manutenção e aos serviços das concessionárias.

Motor Virtus Comfortline compara 739
Motor flex rende 128 cv com etanol (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Defeitos do Volkswagen Virtus

  • Cabeçote  Nos motores TSI, o sistema de recirculação de gases é o principal responsável pela carbonização das válvulas de admissão. A falha de vedação nas válvulas acaba por comprometer o rendimento do motor, resultando em maior consumo e menor desempenho.
  • Consumo de óleo  O motor MSI pode apresentar consumo excessivo de óleo por montagem incorreta, desgaste prematuro dos anéis dos pistões ou por falha nos retentores de válvulas.
  • Sistema de arrefecimento  O problema foi abordado na seção Autodefesa: vazamento do líquido do radiador devido a uma falha de vedação na carcaça da válvula termostática. Verifique também o estado da correia responsável pelo acionamento da bomba d´água.
  • Turbina  Nos motores TSI pode ocorrer falha no retentor da turbina, resultando em vazamento de óleo. Esse problema pode ser um indício de turbina modificada ou de módulo alterado para gerar mais torque e potência, situação que compromete sua vida útil.
  • Recall Falha na fixação do revestimento das colunas centrais pode afetar o funcionamento dos airbags laterais. O problema envolve os modelos 2018 (chassis JP000001 a JP900185) e 2019 (chassis KP000249 a KP553822).
VW Virtus Comfortline
Entre-eixos de 2,65 m contribui para o bom espaço traseiro (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O que os donos falam do Virtus

Nome: Luis Alberto Bragaia
Idade: 48 anos
Profissão: funcionário público
Cidade: Piracicaba (SP)

O QUE EU ADORO:
“É um sedã muito confortável e tecnológico, com destaque para o painel digital e a central multimídia. É muito bem equipado e o desempenho agrada tanto no uso urbano quanto em longas viagens.”

O QUE EU ODEIO:
“Estou no meu segundo Virtus e o nível de ruído interno é elevado tanto na versão MSI quanto na topo de linha Highline: o problema é causado pelo excesso de plásticos no acabamento.”

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Desmontado, o Volkswagen revelou todos os seus segredos (Xico Buny/Quatro Rodas)

Preços de tabela dos VW Virtus usados (KBB):

Modelo 2018 2019 2020 2021 2022
Virtus MSI 1.6 16V MT
R$ 63.205
R$ 66.449
R$ 66.985
R$ 70.139
R$ 77.698
Virtus MSI 1.6 16V AT
R$ 70.990
R$ 72.335
R$ 79.851
R$ 84.880
Virtus Comfortline 200 TSI AT
R$ 73.363
R$ 75.281
R$ 77.135
R$ 79.713
R$ 93.734
Virtus Highline 200 TSI AT
R$ 76.185
R$ 79.631
R$ 82.774
R$ 91.839
R$ 106.383
Virtus GTS 250 TSI AT
R$ 105.987
R$ 113.114
R$ 124.164

Preços das peças do Volkswagen Virtus:

Peças Virtus
(Redação/Quatro Rodas)

Nós dissemos:

Quatro Rodas Edição 705
(REprodução/Quatro Rodas)

Fevereiro de 2018 “Com medidas generosas, o Virtus é um carro de presença. (…) O motorista tem a seu dispor volante, banco e retrovisores com grande amplitude e facilidade de ajuste, o que permite o uso compartilhado por pessoas de estaturas bem diferentes. Mas conforto de verdade tem quem viaja no banco traseiro.”

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Teste de pista – Virtus Highline 1.0 TSI (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,1 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 m: 31,5 s – 163,4 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,8 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 6,2 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 7,3 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 18,7 / 28,7 / 60,6 m
Volkswagen Virtus comparativo com o Jetta
Régua na tampa do porta-malas é detalhe exclusivo do Virtus GTS (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Ficha Técnica – Virtus Highline 200 TSI

  • Motor: gas., diant., transv., três cilindros, 999 cm3, 12V, turbo, 128/116 cv a 5.500 rpm, 20,4 mkgf a 2.000/3.500 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.) e sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica
  • Pneus: 205/50 R17
  • Dimensões: compr., 448,2 cm; largura, 175,1 cm; alt., 147,2 cm; entre-eixos, 265,1 cm; peso, 1.192; tanque, 52 l; porta-malas, 521 l

Pense também em um:

VW Virtus usado tem as mesmas qualidades do novo e custa R$ 30.000 a menos
(Divulgação/Quatro Rodas)

Chevrolet Onix Plus  Não oferece o mesmo espaço, mas também agrada pelo conjunto mecânico. Outro trunfo são os seis airbags e o ESP desde a versão mais simples. A central MyLink 3 vem de série na LT Turbo. Na LTZ há carregador de celular por indução e na Premier o alerta de veículo no ponto cego e assistente de estacionamento são opcionais.

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