Teste: Subaru Forester L, uma aposta no custo-benefício
Forester ganha versão com preço menor sem sacrifício do essencial
A Subaru sempre alardeou qualidades técnicas para vender seus carros, destacando a tecnologia do motor boxer e do sistema de tração integral, principalmente.
Desde o final de 2017, porém, a marca mudou o discurso em relação ao SUV Forester, adotando o argumento da melhor relação custo-benefício.
Em novembro passado, a Subaru lançou uma versão mais simples do Forester, posicionando o SUV em faixa de preço imediatamente abaixo de suas outras versões e deixando de brigar apenas no segmento premium, onde está o Audi Q3, por exemplo, para encarar rivais do calibre de Mitsubishi ASX e Jeep Compass.
O Forester L custa R$ 118.990, enquanto as versões Sport e Turbo, que já existiam, saem por R$ 131.900 e R$ 162.600, respectivamente. Como não existe almoço grátis, ao ficar mais barato, o Forester perdeu conteúdo.
Ele não tem alavancas para trocas de marchas no volante, teto solar, bancos de couro e abertura elétrica do porta-malas, entre outros itens presentes nas versões mais caras. Apesar disso, porém, o Forester L se manteve bem equipado.
A lista de itens de série inclui seis airbags; ar-condicionado dual zone; tecla Sport (altera o mapa do câmbio), sistema X Mode (ajusta transmissão e freio para condução off-road), câmera de ré; piloto automático; computador de bordo, central multimídia e ESP.
O acabamento manteve seu padrão de qualidade, tendo o painel de material emborrachado com apliques de plástico nas cores preto brilhante e titânio, e couro no volante e na alavanca do câmbio. Há ainda extensores nos para-sóis e descansa-braço entre os assentos.
Tecnicamente, o Forester L tem o mesmo conjunto mecânico do Sport, com o motor 2.0 16V de 150 cv e o câmbio automático CVT (o Turbo tem motor 2.0 16V de 240 cv e câmbio CVT com oito marchas fixas).
Ao volante, assim como os irmãos, o modelo tem um comportamento equilibrado, graças à tração integral e ao motor de cilindros opostos (que contribui para abaixar o centro de gravidade), as tais qualidades mencionadas no início do texto.
Mas também tem carroceria firme (com elevada rigidez torcional) e um conjunto direção/suspensão eficiente (ao mesmo tempo que privilegia o conforto). Já o rendimento é apenas mediano.
Em nossa pista, o Subaru acelerou de 0 a 100 km/h em 13,3 segundos (1 segundo mais lento que o Compass Longitude 2.0 flex). No consumo, o Forester ficou com as médias de 9,1 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada (contra, respectivamente, 8 km/l e 11 km/l, do Jeep).
Se ao lançar uma nova versão do Forester a Subaru tem a intenção de aumentar sua presença em nosso mercado, ela está no caminho certo porque o menor preço fala mais alto ao bolso do consumidor do que os (bons) argumentos técnicos.
Veredicto
Na versão L, o Forester ficou menos equipado, mas em compensação ganhou um preço mais acessível
Teste de pista
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 13,3 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 34,6 s – 153,4 km/h
- Velocidade máxima: n/d
- Retomada de 40 a 80 km/h: 6,4 s
- Retomada de 60 a 100 km/h: 8,9 s
- Retomada de 80 a 120 km/h: 10,1 s
- Frenagens de 60/80/120 km/h a 0: 16,3/29,3/69,2 m
- Consumo urbano: 9,1 km/l
- Consumo rodoviário: 10,3 km/l
Ficha técnica – Subaru Forester L 2.0 16V
- Preço: R$ 118.990
- Motor: gas., diant., long., 4 cil. opostos, DOHC, 16V, 1.995 cm3; 84 x 90 mm, 10,5:1, 150 cv a 6.200 rpm, 20,2 mkgf a 4.200 rpm
- Câmbio: CVT, 4×4
- Suspensão: McPherson (dianteira)/braços duplos oscilantes (traseira)
- Freios: discos ventilados
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 225/50 R18
- Dimensões: comprimento, 459,5 cm; largura, 179,5 cm; altura, 173,5 cm; entre-eixos, 264 cm; peso, 1.507 kg; tanque, 60 l; porta-malas, 505 l
- Equipamentos de série: seis airbags, ar-condicionado dual zone, assistente de partida em rampas, ESP, computador de bordo, piloto automático e câmera de ré