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Teste: os SUVs 4×4 em uma prova de off-road

EcoSport, Duster, Renegade, Forester, Trailblazer e Jimny mostram do que são capazes no fora de estrada

Por Paulo Campo Grande Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 abr 2018, 14h36 - Publicado em 6 abr 2018, 13h29
SUVs 4x4: Jeep Renegade, Ford EcoSport, Renault Duster e Chevrolet Trailblazer
(Christian Castanho/Quatro Rodas)

Uma das vantagens de um SUV com tração nas quatro rodas é poder ir aonde os automóveis comuns não chegam. Essa versatilidade, porém, não é a mesma para todos os SUVs 4×4.

No que diz respeito à transmissão, há importantes diferenças entre os diversos tipos de sistemas de tração disponíveis no mercado.

Existem equipamentos que distribuem a força para as rodas de forma automática, enquanto outros necessitam da intervenção do motorista.

Alguns sistemas possuem apenas um modo de uso, com relações de marcha fixas, enquanto outros oferecem a opção de marchas com relações reduzidas e até o bloqueio de diferencial, recursos desenvolvidos para vencer obstáculos mais severos.

Além da tração, outros fatores influenciam na afinidade dos SUVs com o uso off-road, como a força do motor, o peso do veículo, a altura em relação ao solo e a eficiência da suspensão, só para falar dos principais.

Aqui, mostramos seis utilitários esportivos que representam bem o segmento. Optamos por alinhar um modelo por marca, com preços de até R$ 180.000.

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Teste SUVs 4×4 na lama
Forester. Trailblazer, EcoSport, Duster, Renegade e Jimny: opções para todos os espíritos aventureiros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Reunimos Chevrolet Trailblazer, Ford EcoSport, Jeep Renegade, Renault Duster, Subaru Forester e Suzuki Jimny. A única marca que ficou de fora foi a Mitsubishi, que não cedeu um ASX 2.0 AWD para nosso teste.

Para avaliar a capacidade desses SUVs em situações fora de estrada, levamos todos para o campo de provas Haras Tuiuti, em Tuiuti (SP), que possui pistas de terra com diferentes tipos de obstáculos e com diversos graus de severidade.

Veja a seguir como eles se comportaram na terra – além dos dados técnicos e dos números de desempenho no asfalto (em nossa pista de testes), onde esses veículos rodam a maior parte do tempo.

Chevrolet Trailblazer 3.6 V6 LTZ

Trailblazer traseira
A versatilidade da suspensão foi útil nas trilhas (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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Dono de visual e acabamento luxuoso e rodar macio, o Trailblazer surpreende pela desenvoltura nos terrenos acidentados e a principal razão para isso é seu motor 3.6 V6, com 279 cv de potência e 35,7 mkgf de torque, capaz de superar qualquer obstáculo sem jogar a toalha.

Bem equipado, ele é o mais caro dos SUVs mostrados aqui, mas também é o único com recursos como alerta de pontos cegos, detector de mudança involuntária de faixa e sistema de partida remota e monitoramento On Star.

Grande e pesado, Trailblazer convive bem com os obstáculos
Grande e pesado, Trailblazer convive bem com os obstáculos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Sua transmissão (com câmbio automático de seis marchas) oferece as opções 4×2, 4×4 e 4×4 reduzida. Mas no test drive no Haras Tuiuti quase não precisamos da tração integral.

Na maioria das vezes, o modo 4×2 (tração traseira) assegurou o movimento. Optamos pelo modo 4×4 apenas nas rampas mais acentuadas.

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Trailblazer interior
Ele tem visual luxuoso, cabine é confortável e a lista de equipamentos, completa (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A suspensão do Trailblazer também se mostrou competente, com seu curso longo que deixa as rodas em contato com o piso na maioria das situações.

Robusto (só ele e o Jimny têm chassi de longarinas), o Trailblazer se destacou ainda por ter um dos melhores ângulos de entrada e de saída e uma das maiores distâncias do solo.

Trailblazer câmbio
A escolha de tração ocorre por meio de seletor no console (Christian Castanho/Quatro Rodas)

No teste de consumo, o Trailblazer obteve as piores médias entre todos os SUVs, mas é excelente na terra. É quase um Jimny com muita potência.

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Teste de pista (com diesel)

Trailblazer 3.6 V6 LTZ
Aceleração de 0 a 100 km/h 9,1 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 30,5 s
Retomada de 40 a 80 km/h  4,2 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) 6,4 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) 7,8 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m 14,9/25,7/56,9
Consumo urbano e rodoviário 7,1 km/l e 9,6 km/l

Ficha técnica

Trailblazer 3.6 V6 LTZ
Preço R$ 173.990
Motor gasolina, diant., long., V6, 3.564 cm³, 94 x 85,6 mm, 32V, 279 cv a 6.400 rpm, 35,7 mkgf a 3.700 rpm
Câmbio automático, 6 marchas, 4×2, 4×4, 4×4 reduzida
Suspensão braços articulados (dianteiro)/ 5 link (traseiro)
Freios disco ventilado (dianteiro e traseiro)
Direção elétrica; diâmetro de giro, 11,8 m
Rodas e pneus liga leve, 265/60 R18
Dimensões comprimento, 488,7 cm; altura, 184,4 cm; largura 190,2 cm; entre-eixos, 284,5 cm; peso, 2.106 kg; peso/potência, 7,5 kg/cv; peso/torque, 59 kg/mkgf; tanque, 76 l; porta-malas, 554 l
Geometria ângulo de ataque, 30º; ângulo de saída, 27º; vão livre, 23 cm; ângulo de rampa, 23º
Equipamentos 6 airbags, sensor de pressão dos pneus, alerta de marcha a ré, alerta de mudança involuntária de faixa, alerta de ponto cego, central multimídia e On Star

Ford EcoSport 2.0 Storm

EcoSport traseira
Em alguns trechos, a parte inferior do carro raspa o solo (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O mais novo 4×4 do mercado é um modelo sem ambições aventureiras. O sinal mais claro desse desprendimento são seus pneus para uso 100% urbano.

A tração do EcoSport é do tipo 4×4 sob demanda. Ela distribui a força para as rodas conforme as condições de aderência. E não possui opções de uso 4×2 e 4×4, e muito menos 4×4 reduzida.

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Ford EcoSport
Mesmo com pneus para uso no asfalto, o EcoSport passou bem pelo tanque de lama (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Aliás, no console não há nenhum comando ou indicação de que o carro tem tração 4×4.

O sistema da Ford trabalha prioritariamente no modo 4×2, dianteiro. O 4×4 só entra em ação quando necessário: como por exemplo quando uma das rodas perde aderência, em razão das condições do piso ou da trajetória.

Foto: Fernando Pires / www.flpires.com.br
O câmbio automático tem modo Sport (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A lista de equipamentos inclui central multimídia, assistente de partidas em rampas, faróis de xenônio e teto solar elétrico.

A suspensão poderia ter mais de mobilidade e altura, para evitar raspões na parte inferior do carro no fora de estrada. Mas se a Ford não quis adotar pneus de uso misto também não haveria de querer alterar a geometria do carro.

Foto: Fernando Pires / www.flpires.com.br
Interior conta com central multimídia Sync 3 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Apesar de não ser tão robusto, o Eco é bem melhor do que parece no off-road. Ao final do teste, cumpriu todo o trajeto sem negar fogo, em parte pelo peso baixo e entre-eixos curto.

Nem os pneus 100% asfalto atrapalharam o desempenho ao atravessar o tanque de lama.

Teste de pista (com gasolina)

EcoSport 2.0 Storm
Aceleração de 0 a 100 km/h 11,7 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 33,5 s
Retomada de 40 a 80 km/h  5 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) 6,4 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) 8,4 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m 15,4/28/63,8
Consumo urbano e rodoviário 9,3 km/l e 12,5 km/l

Ficha técnica

EcoSport 2.0 Storm
Preço R$ 99.990
Motor flex, diant., transversal, 4 cilindros, 1.999 cm³, 87,5 x 83,1 mm, 16V, 176/170 cv a 6.500 rpm, 22,5/20,6 mkgf a 4.500 rpm
Câmbio automático, 6 marchas, 4×4 sob demanda
Suspensão McPherson (dianteiro) e multibraço (traseiro)
Freios disco ventilado (dianteiro) e tambor (traseiro)
Direção elétrica; diâmetro de giro, 10,6 m
Rodas e pneus liga leve, 205/50 R17
Dimensões comprimento, 426,9 cm; largura, 176,5 cm; altura, 169,3 cm;
entre-eixos, 251,9 cm; peso, 1.469 kg;
peso/potência, 8,3/8,6 kg/cv; peso/torque, 65,3/71,3 kg/mkgf; tanque, 52 l; porta-malas, 356 l
Geometria ângulo de ataque, 24º; ângulo de saída, 28º; vão livre, 20 cm; ângulo de rampa, 19º
Equipamentos 7 airbags, assistente de partida em rampa, central multimídia, sensor de pressão dos pneus e GPS

Jeep Renegade Custom 2.0

Renegade traseira
A versão Custom tem motor diesel e rodas de aço (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Com apenas 19,5 centímetros de altura em relação ao solo, o Jeep é o modelo mais baixo entre os apresentados aqui, e esse ponto ficou evidente no campo de provas quando, passando por um trecho irregular, sentimos a parte inferior do carro raspar no piso.

Tirando isso, o Renegade 2.0 diesel é o SUV 4×4 com mais recursos. Sua transmissão é a mais completa entre as que equipam os modelos apresentados aqui.

Renegade frente
Jeep Renegade foi quase perfeito na lama (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Por um seletor, o sistema deixa o motorista escolher o modo de funcionamento de acordo com as condições de uso em quatro padrões: Auto, Snow, Sand e Mud (automático, neve, areia e lama), quando o torque é fornecido sob demanda, e também possibilita o uso da tração 4×4 reduzida e o bloqueio do diferencial.

Renegade câmbio
O sistema de tração tem quatro modos de funcionamento sob demanda e um seletor que permite habilitar 4×4 com marcha reduzida, bloqueio de diferencial e freio eletrônico (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Esse seletor permite ainda o acionamento do freio eletrônico em descidas acentuadas. Em nossa avaliação, usamos todos esses recursos só para vê-los em funcionamento, porque, de fato, o modo Auto já resolvia os problemas.

O Renegade é o único dos seis mostrados aqui com esse dispositivo, assim como o câmbio automático tem nove marchas.

Renegade interior
Tela multimídia do Renegade é menor que um smartphone, mas tem GPS. Acabamento é o melhor de todos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Dentro da faixa de preço considerada, o Jeep também é o único com motor diesel, o que lhe garante maior autonomia. Tivesse um vão livre mais adequado, o Renegade seria perfeito para o uso em terrenos acidentados.

Teste de pista (com diesel)

Renegade Custom 2.0
Aceleração de 0 a 100 km/h 11 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 32,5 s
Retomada de 40 a 80 km/h  5 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) 6 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) 7,7 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m 15,9/28,6/67,6
Consumo urbano e rodoviário 11,9 km/l e 14,5 km/l

Ficha técnica

Renegade Custom 2.0
Preço R$ 110.290
Motor diesel, diant., transversal, 4 cilindros, 1.956 cm³, 83 x 90,4 mm, 16V, 170 cv a 3.750 rpm, 35,7 mkgf a 1.750 rpm
Câmbio automático, 9 marchas, 4×2, 4×4, 4×4 reduzida
Suspensão McPherson (dianteiro e traseiro)
Freios disco ventilado (dianteiro) e disco sólido (traseiro)
Direção elétrica; diâmetro de giro, 10,8 m
Rodas e pneus aço, 215/65 R16
Dimensões comprimento, 423,2 cm; largura, 179,8 cm; altura, 168,6 cm;
entre-eixos, 257 cm; peso, 1.619 kg;
peso/potência, 9,5 kg/cv; peso/torque, 45,4 kg/mkgf; tanque, 60 l; porta-malas, 273 l
Geometria ângulo de ataque, 30º; ângulo de saída, 32º; vão livre, 19,5 cm; ângulo de rampa, 21,5º
Equipamentos duplo airbags, ESP, BAS, assistente de freio em declives, piloto automático, limitador de velocidade, computador de bordo, faróis de neblina, Isofix e iluminação do porta-malas

Renault Duster 2.0 Dynamique

Duster traseira
O Duster tem bons ângulos de ataque e de saída (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Renault possui boa geometria off-road (ângulos de entrada, saída, vão livre e ângulo de rampa). Sua tração tem opções 4×2, 4×4 sob demanda e bloqueio do diferencial. E, pesando 1.362 kg, ele é leve.

Apesar dessas características, o Duster perdeu mobilidade nas trilhas por conta do motor 2.0, que fraquejou quando era mais necessário.

Duster frente
O Renault passou bem na lama, mas sofreu nas rampas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Com 148/143 cv de potência e 20,9/20,2 mkgf de torque, o Duster tem as piores relações peso/potência e peso/torque, entre os apresentados aqui. Comparativamente, esse déficit se verifica igualmente no asfalto, onde os carros também foram testados.

Por fim, ainda analisando o comportamento do Duster nas trilhas, sua suspensão com pouco curso também contribuiu para isso, anulando parte dos benefícios conseguidos pela boa altura do carro em relação ao piso.

Duster interior
Versão Dynamique é bem servida de equipamentos, mas o acabamento é simples (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Duster é um dos SUVs 4×4 mais baratos de nosso mercado. Só perde para o Jimny, que custa menos, mas é menos equipado e bem menor.

O Duster inclui central multimídia, luzes diurnas, sistema de som, ar-condicionado, sensor de estacionamento, trio elétrico e ESP. E leva cinco pessoas e 475 litros no porta-malas.

Duster câmbio
Seletor no console tem opções de uso 4×2, 4×4 e de bloqueio de diferencial (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Ao contrário do EcoSport, o Duster tem um visual que dá impressão de valentia, mas na prática ele não se sai tão bem nas atividades off-road.

Teste de pista (com gasolina)

Duster 2.0 Dynamique
Aceleração de 0 a 100 km/h 11,7 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 33,6 s
Retomada de 40 a 80 km/h  5,4 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) 8,3 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) 12,8 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m 17/30,6/68,6
Consumo urbano e rodoviário 7,7 km/l e 11,4 km/l

Ficha técnica

Duster 2.0 Dynamique
Preço R$ 89.290
Motor flex, diant., transversal, 4 cilindros, 1.998 cm³, 82,7 x 93 mm, 16V, 148/143 cv a 5.750 rpm, 20,9/20,2 mkgf a 4.000 rpm
Câmbio manual, 6 marchas, 4×2, 4×4 sob demanda, bloqueio do diferencial
Suspensão McPherson (dianteiro) e multibraço (traseiro)
Freios disco ventilado (dianteiro) e tambor (traseiro)
Direção elétrica-hidráulica; diâmetro de giro, 10,7 m
Rodas e pneus liga leve, 215/65 R16
Dimensões comprimento, 432,9 cm; largura, 182,2 cm; altura, 168,3 cm;
entre-eixos, 267,4 cm; peso, 1.362 kg;
peso/potência, 9,2/9,5 kg/cv; peso/torque, 65,2/67,4 kg/mkgf; tanque, 50 l; porta-malas, 475 l
Geometria ângulo de ataque, 30º; ângulo de saída, 34,5º; vão livre, 21 cm; ângulo de rampa, 20º
Equipamentos duplo airbag, ESP, central multimídia, piloto automático, trio elétrico e câmera de ré

Subaru Forester 2.0 XT Turbo

Forester traseira
Forester tem tração integral e permanente (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Enquanto os Jeep são sinônimo de 4×4 para todo tipo de terreno, os Subaru são referência nos ralis de velocidade, em que os veículos percorrem estradas com topografia próxima à de vias pavimentadas. Essa diferença de conceito ficou clara em nossa avaliação.

O sistema de tração da Subaru é integral e permanente. Ele distribui o torque para as quatro rodas o tempo todo, variando a força de acordo com as condições de aderência com o objetivo de garantir equilíbrio e estabilidade.

Forester frente
A baixa altura em relação ao solo, atrapalhou o desempenho do Subaru na terra (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A Subaru se apoia nessa tecnologia e também nos motores de cilindros opostos, que ajudam a baixar o centro de gravidade (CG). O Forester tem o sistema X-Mode, que ajusta as respostas de motor, câmbio e freios, para o uso off-road.

Em contrapartida, para o desempenho esportivo no asfalto ele conta também com o sistema Si-Drive, que permite alterar as relações de marcha fixadas eletronicamente (câmbio CVT), e com um sistema de trocas no modo manual no volante.

Forester interior
Modelo traz bancos de couro e sistema de som Harman Kardon (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Nas pistas do Haras Tuiuti, o Forester foi um dos que mais rasparam o balanço dianteiro e a parte inferior no entre-eixos ao vencer os obstáculos.

Já no asfalto ele foi um dos que apresentaram melhor dirigibilidade e rendimento. Em poucas palavras: apesar de ser um SUV 4×4, o Forester é um veículo urbano.

Forester câmbio
Dispositivo X-Mode ajusta as respostas do carro para o uso no fora de estrada (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Teste de pista (com gasolina)

Forester 2.5 XT Turbo
Aceleração de 0 a 100 km/h 8,4 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 29,5 s
Retomada de 40 a 80 km/h  3,8 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) 4,6 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) 5,5 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m 16,8/28,5/69,7
Consumo urbano e rodoviário 8,8 km/l e 10,3 km/l

Ficha técnica

Forester 2.0 XT Turbo
Preço R$ 159.600
Motor gasolina, dianteiro, long., 4 cilindros opostos, 16V, 240 cv a 5.600 rpm, 35,7 mkgf a 3.600 rpm
Câmbio automático, CVT, 8 marchas, 4×4
Suspensão McPherson (dianteiro) e braços duplos oscilantes (traseiro)
Freios disco ventilado (dianteiro e traseiro)
Direção elétrica; diâmetro de giro, 11,4 m
Rodas e pneus liga leve, 225/55 R18
Dimensões comprimento, 459,5 cm; largura, 179,5 cm; altura, 173,5 cm;
entre-eixos, 264 cm; peso, 1.502 kg;
peso/potência, 6,3 kg/cv; peso/torque, 42,1 kg/mkgf; tanque, 60 l; porta-malas, 505 l
Geometria ângulo de ataque, 23º; ângulo de saída, 25º; vão livre, 22,5 cm; ângulo de rampa, 21º
Equipamentos 4 airbags, X-Mode, Si-Drive, faróis bi-xenon, luzes de posição led, central multimídia, paddle shift, keyless, teto solar, bancos de couro, sistema de som e rodas de liga leve

Suzuki Jimny 1.3 4Sport

jimny
Robusto, Jimny é um típico off-road de raiz (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Na terceira geração (a primeira é de 1970), o Jimny continua com a mesma receita. Seu design é clássico, assim como o do Jeep Wrangler e o Land Rover Defender, dois ícones do universo off-road.

E ele ainda usa chassi de longarinas e suspensões de eixo rígido – a mesma base dos SUVs dos anos de 1990, que eram derivados de picapes.

Jimny frente
Jimny enfrentou as trilhas com valentia (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A lista de equipamentos é igualmente básica: trio elétrico, ar-condicionado, banco bipartido, faróis de neblina, snorkel, rodas de liga leve e, os únicos itens com ares de modernidade, central multimídia e dispositivo de fixação de cadeirinhas Isofix.

Com estilo frugal e construção robusta (tem chassi de longarinas), o Suzuki só não foi mais longe nas trilhas tortuosas do Haras Tuiuti porque seu 1.3 de 85 cv e 11,2 mkgf é fraco – até para um veículo que pesa só 1.090 kg como ele.

Jimny interior
Central multimídia passou a vir como item de série na linha 2018 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Dependendo do desafio, porém, ele enfrentava a situação sem usar a tração integral – a transmissão pode atuar em 4×2, 4×4 e 4×4 reduzida.

Os ângulos de entrada (41o) e saída (44o) são os maiores do grupo e as suspensões com cursos longos ajudaram a vencer os obstáculos sem drama.

Jimny câmbio
Sistema de tração 4×2, 4×4 e 4×4 reduzida tem acionamento eletrônico por meio de teclas, no console (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O espaço interno é apertado para quatro pessoas e o porta-malas, de 113 litros, exíguo. Mas a ele não falta coragem para enfrentar as adversidades off-road: na trilha, o Jimny é imbatível.

Teste de pista (com gasolina)

Jimny 1.3 4Sport
Aceleração de 0 a 100 km/h 14,6 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 36,3 s
Retomada de 40 a 80 km/h  9,8 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) 15,3 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) 23,6 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m 22,3/36,8/75,6
Consumo urbano e rodoviário n/d

Ficha técnica

Jimny 1.3 4Sport
Preço R$ 76.690
Motor gasolina, diant., long., 4 cilindros 16V 1.328 cm³, 78 x 69,5 mm, 85 cv a 6.000 rpm, 11,2 mkgf a 4.100 rpm
Câmbio manual, 5 marchas 4×2, 4×4, 4×4 reduzida
Suspensão eixo rígido (dianteiro e traseiro)
Freios disco sólido (dianteiro) e tambor (traseiro)
Direção hidráulica; diâmetro de giro, 9,8 m
Rodas e pneus liga leve, 205/70 R15
Dimensões comprimento, 364,5 cm; largura, 170,5 cm; altura, 160 cm;
entre-eixos, 225 cm; peso, 1.090 kg;
peso/potência, 12,8 kg/cv; peso/torque, 97,3 kg/mkgf; tanque, 40 l; porta-malas, 113 l
Geometria ângulo de ataque, 41º; ângulo de saída, 44º; vão livre, 20 cm; ângulo de rampa, 32º
Equipamentos duplo airbag, ABS, central multimídia, sistema de som, ar-condicionado, faróis de neblina, trio elétrico, snorkel, rodas de liga leve e banco traseiro bipartido

 

 

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