Apresentada em 2014 no Salão de São Paulo, chegou no início do ano seguinte e já passou por sua primeira mudança, ficando mais simples – a exemplo da nacionalização feita com o próprio Golf em 2015 – e cara.
Testamos a configuração Comfortline, a mais em conta que agora parte de R$ 97.020 — como a avaliada, com pintura metálica e todos os opcionais, ela custa R$ 114.913.
Anteriormente, o modelo oferecia uma opção ainda mais barata com câmbio manual, que deixou de existir com a remodelação da gama. Já a versão topo de linha, Highline, sai por R$ 107.980 básica, mas pode chegar a R$ 145.883 com todos os pacotes e pintura perolizada.
No visual, nada mudou. A perua continua com aparência sóbria e traços bem definidos. A dianteira é a mesma do Golf, enquanto a traseira também herda as linhas gerais do hatch, mas dispensa os leds das lanternas.
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Por dentro, a versão mais barata tem uma cabine mais simples, mas o acabamento continua caprichado, com materiais de boa qualidade com toque macio e montagem precisa.
Os bancos são sempre em tecido, mas fora a questão da facilidade de limpeza, isso não chega a ser um problema. Além do bom aspecto visual, são mais confortáveis do que os de couro da configuração Highline.
A lista de equipamentos de série, por outro lado, é grande. Ar-condicionado (manual), sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, alerta de perda de pressão dos pneus, bloqueio eletrônico do diferencial, faróis e lanterna de neblina, rodas aro 16, sistema start-stop, luzes DRL (halógenas) vidros elétricos com função “one touch”, controles de estabilidade e tração, além de sete airbags.
A central multimídia tem tela sensível ao toque com 6,5 polegadas, exibição dos dados dos sensores de proximidade, bluetooth, USB e App-Connect com plataformas MirrorLink, Android Auto e Apple CarPlay.
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O pacote Elegance adiciona piloto automático, limitador de velocidade, retrovisor interno eletrocrômico, retrovisores externos aquecíveis, rodas de 17 polegadas, sensor de chuva, faróis automáticos e volante multifuncional por R$ 6.066. Já o Exclusive, de R$ 10.261, tem os itens do Elegance acrescidos de GPS.
O teto solar panorâmico elétrico, vendido independente de qualquer pacote, custa R$ 6.200. É curioso o fato de que bancos de couro, leds e faróis de xenônio não estarem disponíveis nem como opcionais para a versão Comfortline.
No dia a dia, o Golf Variant une o melhor das peruas e dos hatches. Como um típico carro familiar, há espaço de sobra para todos os ocupantes e para as bagagens: são 605 litros de porta-malas – um Honda HR-V oferece 431 litros. Com os bancos rebatidos, a capacidade pode chegar a 1.620 litros.
Dos hatches, ele herda a dirigibilidade e o centro de gravidade baixo, que resultam em uma condução confortável, porém esportiva quando necessário. A impressão é de que estamos a bordo do Golf convencional, sem os 30,7 cm extras na traseira – única diferença entre as dimensões externas dos modelos.
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É na dinâmica que aparecem as principais novidades da perua, que passou pelas mesmas alterações do Golf nacional – embora ela continue sendo produzida no México. O motor 1.4 TSI (turbo de injeção direta) agora é flex e passa a entregar 150 cv e 25,5 mkgf independentemente do combustível utilizado (etanol ou gasolina).
A transmissão Tiptronic de seis marchas assume o lugar da DSG de sete, enquanto a suspensão traseira adota eixo de torção no lugar do conjunto multilink. Assim como o hatch, o carro continua a ser referência em dirigibilidade, porém as mudanças são uma clara simplificação, prejudicando a estabilidade em curvas com asfalto irregular.
O câmbio Tiptronic com conversor de torque tem funcionamento mais ríspido em comparação com o DSG, com trocas mais lentas e menos suaves em acelerações e reduções.
Mesmo com 10 cv a mais debaixo do capô, o desempenho da perua é afetado pela transmissão menos moderna, mas não decepciona. Sempre com gasolina, a Golf Variant flex levou 9,5 segundos atingir os 100 km/h e fez a retomada de 60 a 100 km/h em 5,3 – na versão a gasolina, eram 9,3 e 4,9 segundos, respectivamente.
Os números de consumo variaram. A configuração anterior registrou 11,7 e 14,8 em ciclos urbano e rodoviário, respectivamente. A atual fez os mesmos percursos registrando 11,6 e 15,6 km/l. Ou seja, pior na cidade, melhor na estrada.
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Uma vantagem pouco alardeada das peruas, sedãs e hatches médios em relação aos SUVs são os custos de manutenção. Não precisamos ir tão longe: da mesma marca e com conjunto mecânico semelhante, elegemos o Tiguan 1.4 TSI (tabelado em R$ 125.990, bem próximo dos R$ 122.109 da Golf Variant com opcionais avaliada aqui) para uma breve comparação.
A diferença começa já no seguro, tradicionalmente mais alto para utilitários esportivos. Os valores mais em conta em uma cotação online – tendo como perfil um proprietário de 35 anos, casado, único motorista, com garagem em casa e no emprego – foram de R$ 2.039 para a Golf Variant e assustadores R$ 4.826 para o Tiguan.
Os pneus também pesam no bolso. Em uma média de três cotações, os 235/55 R17 do SUV saem por R$ 635 cada, contra R$ 423 dos 205/55 R16 da perua. Em contrapartida, as seis revisões até 60.000 km custam, juntas, R$ 3.430 para o Golf e R$ 3.212 para o Tiguan, quase um empate.
Veredito
Para quem não faz questão da posição de dirigir elevada e do curso de suspensão maior dos SUVs, a superioridade da Golf Variant em relação aos SUVs que habitam a mesma faixa de preço é grande: na perua, há tanto ou até mais espaço, a mecânica é mais afiada, a manutenção mais em conta e a lista de equipamentos, mesmo na configuração base, tem bom conteúdo.
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E se na buraqueira do asfalto brasileiro ela cobra seu preço em conforto, na estrada não tem para ninguém: viajar com a Variant é garantia de satisfação ao volante, com ótimo desempenho, consumo comedido e muita estabilidade em curvas.
Ficha Técnica – VW Golf Variant 1.4 TSI Comfortline
Mitsubishi Triton 2025 abandona nome L200 e está MAIS POTENTE QUE HILUX com 2.4 biturbo
No Japão, usava os nomes Forte e Strada, enquanto o resto do mundo conhecia essa picape como Mitsubishi L200. Foi com essa identidade que ela chegou ao Brasil, em 1992. O que ninguém poderia imaginar é que o nome Triton, que surgiu para identificar a quarta geração, em 2006, se tornaria mais forte. Prazer, esta é a nova Mitsubishi Triton.
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