Teste: Fiat Argo 1.8 Precision automático é ágil e discreto
Versão mais barata com o motor de até 139 cv abre mão dos apliques na carroceria e apelo esportivo
Por Rodrigo Ribeiro
Atualizado em 26 jan 2018, 15h09 - Publicado em 9 ago 2017, 16h30
A suspensão mais firme e a calibração mais permissiva do ESC torna o Fiat Argo HGT 1.8 a versão mais interessante para quem gosta de dirigir. Só que o modelo, com apliques vermelhos na carroceria e cabine e rodas maiores, pode ser chamativo demais para alguns consumidores.
Neste caso uma alternativa pode ser a versão Precision, que mantém o motor 1.8 de até 139 cv. QUATRO RODAS avaliou a versão automática do modelo, que possui diferenças importantes em relação à variante esportiva.
O pacote de equipamentos do Argo Precision é equivalente ao HGT, com exceção do quadro de instrumentos com tela LCD de 7″, rodas de liga-leve de 16″ e R$ 3.100 a menos na tabela de preços. Com câmbio automático o modelo parte de R$ 68.290 com uma proposta menos esportiva, mas pode surpreender quem espera dele a maciez típica de muitos Fiat.
Molas, amortecedores e a barra estabilizadora frontal do Argo Precision possuem calibração distinta da versão esportiva. Mas mesmo após rodar em ambos os modelos, a diferença no dia a dia é pouco perceptível – especialmente se o modelo estiver equipado com as rodas de liga-leve de 16″ opcionais, como o carro avaliado.
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O interessante ajuste feito pela Fiat manteve a eficiência do conjunto (McPherson na frente e eixo de torção atrás) sem prejudicar excessivamente a sensação de estabilidade.
Há uma rolagem maior da carroceria em curvas, mas nada que se assemelhe aos modelos mais baratos da marca – incluindo aí as variações Drive 1.0 e 1.3 do próprio Argo.
O desempenho do Argo 1.8 automático é um pouco inferior ao da configuração manual. Na pista de testes, o Precision AT levou 11,5 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h (contra 10,7 s do HTG manual).
Já o consumo melhora, graças à marcha extra: o automático cravou 12,1 km/l (urbano) e 14,3 km/l (rodoviário), enquanto o manual fez 11,0 km/l e 13,4 km/l, respectivamente.
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A calibração da caixa automática Aisin é adequada para o dia a dia, mas em alguma situações o sistema hesitava: ora demorava para reduzir a marcha em uma aceleração repetina (sem kick-down), ora mantinha por muito tempo uma marcha baixa mesmo após o pedal da direita ser aliviado.
Como as borboletas para trocas de marcha são de série, nada que um leve toque atrás do volante para contornar o problema.
A calibração da direção elétrica é boa e tem respostas rápidas. O volante de couro tem comandos para o computador de bordo, controlador de cruzeiro, borboletas para trocas de marcha e sistema de som.
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Junções expostas
O acabamento da versão Precision é idêntico ao do HGT, com exceção da faixa central do painel, que adota um tom cinza no lugar do vermelho usado no modelo esportivo. A textura dos plásticos usados no interior dão sensação de qualidade, mas faltam materiais emborrachados, especialmente nas portas, onde somente o apoio para o braço é macio.
A montagem das peças não ajuda: a borda das diferentes peças que compõe o forro da porta ficam à vista dos passageiros. Isso exige uma baixíssima tolerância na montagem dos componentes que o Argo, como outros rivais, ainda não conseguiu. A diferença é que, em outros modelos, as emendas ficam escondidas do olhar menos atento.
O que pode ser preciosismo em carros de baixa cilindrada tende a ser exigência quando o consumidor se aproxima da faixa de R$ 70.000 – valor que, aliás, é facilmente ultrapassado ao incluir todos os opcionais do modelo.
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São R$ 3.500 pela chave presencial, quadro de instrumentos com LCD de 7″ e ar-condicionado digital de duas zonas, R$ 1.200 pelo sensor e câmera de ré, R$ 2.200 pelas rodas de liga-leve de 16″ e R$ 2.500 pelos airbags laterais (que exigem a inclusão das rodas opcionais). Se incluir pintura metálica ou perolizada vão mais R$ 1.600, totalizando R$ 78.800.
Veredicto
Por esse valor é mais interessante considerar um hatch médio, que, apesar de ter menos equipamentos, entrega uma dinâmica superior. Mas, sem a profusão dos itens vendidos à parte, o Argo Precision Automático é uma alternativa atraente a quem busca um modelo mais prazeroso de dirigir do que o Chevrolet Onix 1.4 LTZ ou mais espaçoso que o Hyundai HB20 1.6 Automático.
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Teste (com gasolina)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,5 s Aceleração de 0 a 1.000 m: 32,9 s – 158,2 km/h Velocidade máxima: 191 km/h* Retomada de 40 a 80 km/h: 4,9 s (em D) Retomada de 60 a 100 km/h: 6,2 s (em D) Retomada de 80 a 120 km/h: 8,0 s (em D) Frenagens de 60/80/120 km/h a 0: 16,5/28,0/64,9 m Consumo urbano: 12,0 km/l Consumo rodoviário: 14,3 km/l
Preço:R$ 68.290 (sem opcionais) Motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cilindros, 1.747 cm3, 135 cv (gasolina) / 139 cv (etanol) a 5.750 rpm, 18,8 mkgf (gasolina) / 19,3 mkgf (etanol) a 3.750 rpm Câmbio:automático, 6 marchas, tração dianteira Suspensão:McPherson(dianteira) / eixo de torção (traseira) Freios:discos sólidos (dianteira) e tambores (traseira) Direção: elétrica Rodas e pneus:liga leve, 185/60 R15 (série) ou 195/55 R16 (opcional) Dimensões:comprimento, 399,8 cm; largura, 172,4 cm; altura, 150,7 cm; entre-eixos, 252,1 cm; peso, 1.264 kg; tanque, 48 litros; porta-malas, 300 l Equipamentos de série:ar-condicionado manual, direção elétrica, ESC com assistente de partida em rampa, piloto automático, rodas aro 15, sistema multimídia com tela de 7″ com Apple Carplay e Android Auto, vidros, travas e retrovisores elétricos, faróis de neblina Equipamentos opcionais:ar-condicionado digital, chave presencial, sensor crepuscular e de chuva e quadro de instrumentos com LCD de 7″, bancos de couro e rodas 16″, sensor e câmera de ré com linhas dinâmicas, pintura metálica ou perolizada, airbags laterais dianteiros
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Mitsubishi Triton 2025 abandona nome L200 e está MAIS POTENTE QUE HILUX com 2.4 biturbo
No Japão, usava os nomes Forte e Strada, enquanto o resto do mundo conhecia essa picape como Mitsubishi L200. Foi com essa identidade que ela chegou ao Brasil, em 1992. O que ninguém poderia imaginar é que o nome Triton, que surgiu para identificar a quarta geração, em 2006, se tornaria mais forte. Prazer, esta é a nova Mitsubishi Triton.
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