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Mercedes-AMG G 63 é um híbrido nada leve de 600 cv e mais de R$ 2 milhões

Na linha 2025, o G 63 adota um sistema de eletrificação leve, mas isso fica para trás com tantos outros superlativos juntos

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 out 2025, 17h06 - Publicado em 23 out 2025, 17h05
mercedes-AMG G 63
Visual mantém grande parte das linhas da década de 1970, mas com elementos trazidos aos dias atuais (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Encontrar uma palavra que possa descrever o Mercedes-AMG G 63 sem que ela soe como um palavrão é quase impossível. Isso porque ele é um jipão com mais de 2,5 toneladas, quase 600 cv, desempenho de esportivo, alto luxo e uma mistura visual entre o moderno e o retrô. Sem falar no preço, a partir de R$ 2.146.900. Para a linha 2025, as novidades incluem a versão Manufaktur, melhorias na usabilidade do sistema multimídia e a inserção de um sistema híbrido leve em seu potente motor V8 biturbo.

A versão Manufaktur possui um maior leque de personalização, algo desejado entre clientes de carros milionários. São 14 cores para a carroceria (que podem custar até R$ 31.000), 14 diferentes revestimentos no interior e três pacotes visuais (o da unidade testada é o AMG Night, que custa R$ 35.700).

Outras possibilidades estão nos cintos de segurança (paga-se R$ 6.400 para uma das quatro cores especiais, como o vermelho desta unidade), no painel (que pode ter apliques de fibra de carbono por R$ 48.400) e no volante, com opção de um visual mais esportivo, com acabamento de fibra de carbono, por mais R$ 13.000. Por fim, há mais duas opções de rodas de 22”, caso o cliente não escolha alguns dos pacotes opcionais. Elas custam até R$ 54.000.

mercedes-AMG G 63
Traseira não deixa de ter o estepe pendurado na tampa (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Fora a personalização, o G 63 mantém sua aparência icônica e seu formato quadrado, em referência ao modelo original, da década de 1970, mas com elementos atuais. Na dianteira, os faróis são full-led adaptativos, com lavadores. As setas, mesmo posicionadas ao lado do capô, como nos modelos mais antigos, também têm leds na iluminação. A traseira repete as lanternas full-led e preserva o pneu sobressalente pendurado na tampa, cuja abertura é lateral e exige certo esforço.

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Estão nas laterais os frisos centrais, o estribo e as saídas de escape, duas de cada lado. O que mais chama a atenção, porém, são as portas. Elas têm dobradiças aparentes e maçanetas à moda antiga, que dispensam sistemas de abertura presencial. Há ainda o trinco “raiz”, que exige uma aplicação maior de força para se fechar as portas e cujo barulho nos transporta aos anos 1970. De acordo com a Mercedes, tudo isso poderia ser mais moderno, mas os próprios clientes pedem para que elementos tão nostálgicos como esses não sejam alterados nos Classe G.

Mercedes-AMG G 63
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Se o exterior prioriza o vintage, o interior mostra a capacidade luxuosa do SUV. Há materiais e arremates de alto padrão, variedade de texturas e iluminação ambiente (até nas saídas de ar) em diversos tons e combinações. O console central passou por uma discreta mudança, com um redesenho dos comandos ali alocados. Ele também ganhou espaço próximo ao painel, já que o relógio analógico e os comandos físicos de multimídia ali presentes não existem mais.

Na prática, tudo isso ocorreu por uma melhoria na central multimídia, cuja tela tem 12,3”. Ela passa a ser (enfim!) sensível ao toque na linha 2025, dispensando os antigos comandos. O relógio analógico também virou um IWC digital, encontrado nos menus da central. O quadro de instrumentos, de 12,3”, não muda e segue com opções de visualização e riqueza de informações. Outras pequenas mudanças aparecem no desenho das saídas de ar centrais, que alocam comandos off-road, e no volante, agora com comandos sensíveis ao toque.

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mercedes-AMG G 63
Interior é luxuoso, mesmo com elementos de estilo retrô (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A lista de equipamentos inclui câmeras 360o, teto solar, ar-condicionado digital de três zonas, sistema de som Burmester 3D de 18 alto-falantes e 760 W, bancos dianteiros com ajustes elétricos e aquecimento, e sistemas ADAS, como ACC, frenagem automática de emergência, alertas de pontos cegos, entre outros. Mas ele não está imune a erros: fica devendo ventilação e massagem nos bancos, e retrovisor interno digital. Afinal, trata-se de um Mercedes de mais de R$ 2 milhões.

mercedes-AMG G 63
Espaço interno é bom, assim como o grande porta-malas de 640 litros; os cintos vermelhos, opcionais, custam R$ 6.400 extras (Fernando Pires/Quatro Rodas)

No quesito espaço interno, o G 63 vai bem, com ótimo espaço para quem vai atrás. Mas não espere as sobras que os 2,89 metros de entre-eixos podem sugerir. Para melhorar o conforto, há saídas de ar-condicionado com temperatura e ventilação independentes. Logo atrás, no porta-malas, são também bons 640 litros de capacidade.

Na mecânica, a novidade fica para o sistema híbrido leve (MHEV) de 48 volts, que dá 20 cv de potência e 20,5 kgfm de torque extras em situações específicas (como saídas) e por tempo determinado. Porém, como todo sistema MHEV, ele não traciona as rodas, responsabilidade exclusiva do motor V8 4.0 biturbo a gasolina, de 585 cv de potência e 86,7 kgfm de torque – sem adição do sistema elétrico.

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mercedes-AMG G 63
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

O câmbio é de nove marchas e a tração, 4×4 com bloqueios de diferenciais dianteiro, central e traseiro. Em nossos testes, ele levou 4,3 s para ir de 0 a 100 km/h, número de esportivo e surpreendente para um carro sem apelo aerodinâmico e de 2.640 kg. O consumo foi de 6,1 km/l na cidade e 8,1 km/l na estrada.

Acelerar com o G 63 é diferente de tudo, tanto pelas credenciais já apresentadas quanto pela forma como ele entrega o desempenho. Ao afundar o pé no acelerador, o jipão sobe a dianteira e faz um estilingar acompanhado de um belíssimo e alto ronco, tipicamente rasgado de um V8. As saídas de escape laterais só melhoram a experiência por jogar o ronco (e os “pipocos” nas reduções de marcha) para as janelas. Mas tanto o ronco quanto a entrega de outros parâmetros podem variar entre os modos de condução oferecidos, selecionados por uma tela no volante.

G63 Hibridadfdfad
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

O G também permite conduções tranquilas para o dia a dia, e as cumpre muito bem graças à suspensão AMG Active Ride Control, que não deixa que imperfeições do solo incomodem os passageiros. Mas é bom não abusar em curvas a velocidades mais altas. O G 63 não foi feito para corridas, e sim para o off-road, onde ele atinge a maestria, embora tenha desempenho de esportivo. Por fim, seu formato traz prós e contras. A visibilidade é boa, mas a posição de dirigir, mais vertical, não agrada tanto. Os ruídos de vento podem incomodar.

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O Mercedes-AMG G 63 é um dos carros mais “fora da caixa” e superlativos que alguém pode ter. Não economiza em nada, nem na vontade de chamá-lo por um bom palavrão.

Mercedes-AMG G 63
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Veredicto Quatro Rodas

O AMG G 63 reforça sua exclusividade na linha 2025, mas não espere por um híbrido que poupa gasolina. E talvez isso seja um de seus pontos altos.

Ficha Técnica

Motor: gasolina, dianteiro, V8, biturbo, 3.982 cm³, 585 cv a 6.000 rpm, 87,6 kgfm entre 2.500 e 3.500 rpm, sistema elétrico 48 V

Câmbio: aut., 9 marchas, tração 4×4

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Suspensão: braços duplos sobrepostos (dianteira), eixo rígido (traseira)

Freios: disco ventilado (dianteira), disco ventilado (traseira)

Direção: elétrica

Rodas e pneus: 275/50 R20

Dimensões: comprimento 4,87 m, largura 1,97 m, altura 1,72 m, entre-eixos 2,99 m, peso 2.640 kg, porta-malas 640 litros, tanque 100 litros

Mercedes-AMG G 63
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Teste Quatro Rodas

Aceleração

  • 0 a 100 km/h: 4,3 s

  • 0 a 1.000 m: 23,10 s / 217,50 km/h

  • Velocidade máxima: 220 km/h

Retomadas

  • 40 a 80 km/h: 2,1 s

  • 60 a 100 km/h: 2,5 s

  • 80 a 120 km/h: 2,8 s

Frenagens

  • 60 km/h a 0: 15,0 m

  • 80 km/h a 0: 26,0 m

  • 120 km/h a 0: 60,9 m

Consumo

  • Urbano: 6,1 km/l

  • Rodoviário: 8,1 km/l

Ruído interno

  • Neutro / RPM máx.: 49,6 / 93,8 dBA

  • 80 km/h: 62,9 dBA

  • 120 km/h: 69,2 dBA

Velocidade real a 100 km/h: 96 km/h
Rotação do motor a 100 km/h: 1.400 rpm
Volante: 2,5 voltas

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