Nada de nova Chevrolet Montana nas lojas em 2022. A fabricante não se furta em dizer, sempre que possível, que sua nova picape intermediária será lançada apenas em 2023, ano que também marcará o lançamento da Silverado no Brasil.
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A Chevrolet vem mostrando, há algumas semanas, a picape intermediária em sua fase final de desenvolvimento no Brasil. Este poderia ser o ensejo para a Chevrolet apresentar a nova Montana 2023 ainda em 2022.
O empenho no projeto é grande e não é sem motivo: a nova geração Montana será um carro de volume e o maior lançamento da marca desde o Tracker, em março de 2020. Desde aquele ano, inclusive, a fábrica de São Caetano do Sul passa por atualizações e ajustes para fabricar a Montana 2023 no grande volume planejado.
A Chevrolet comunicou sua rede de concessionárias de que planeja vender 5.000 unidades da nova Montana por mês apenas no varejo. Vendas diretas, que costumam ser significativas para picapes, não são contabilizadas nessa conta.
Na prática, esses números colocam a nova Chevrolet Montana automaticamente entre os 10 carros mais vendidos. E ainda a colocaria como uma concorrente direta da Fiat Toro, pelo menos no ranking de vendas.
A picape intermediária da Fiat fechou 2021 com uma média de 5.900 emplacamentos por mês. Em 2022, a Toro registra uma média de 4.000 unidades/mês, até abril.
Mais difícil seria superar a média de 7.300 unidades/mês da Fiat Strada. Esta seria a chave para a Chevrolet Montana se tornar a picape mais vendida do Brasil.
Como é a nova Chevrolet Montana
Na prática, a Montana 2023 será exatamente um meio termo entre as Fiat Strada e Toro, tal e qual a Renault Oroch tenta se afirmar. Inclusive em dimensões. A diferença é que a picape da Chevrolet estará sempre equipada com motor turbo.
Baseada sobre a mesma plataforma de Onix e Tracker, a nova Montana será equipada com o motor 1.2 turbo do SUV, de até 133 cv. Uma exclusividade da Montana, entretanto, será o câmbio manual de seis marchas, que promete melhorar o consumo sem encarecer demais o produto.
Não há espaço para erros. Embora o projeto tenha nascido em um centro de desenvolvimento na China, a Chevrolet precisou reforçar seu quadro de engenheiros após anos de encolhimento do departamento. Assim, foi possível finalizar o desenvolvimento no Brasil.
Nisso entra uma questão estratégica: a contenção de custos, para reduzir o preço final da Montana. Isso deve ser favorecido pela escolha do eixo de torção para a suspensão traseira, por exemplo.
Imagens dos protótipos da nova Montana em testes revelam algumas particularidades interessantes. O balanço traseiro é mais longo do que nas rivais, o que tende a aumentar as dimensões da caçamba, que ainda teria compartimentos em suas laterais – como a nova picape de entrada da Ram também terá. A Chevrolet já afirmou que as dimensões e a versatilidade serão destaques da picape.
A tecnologia também será valorizada, com controle de cruzeiro disponível mesmo nas versões manuais, conectividade 4G, faróis full-led e estacionamento automático, entre outras comodidades. Pelo menos nas versões mais caras.