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VW Polo 1.0 TSI nacional terá 128 cavalos e tecnologias do Golf

Novo Polo traz refinamento de carro médio para brigar com Fiat Argo e Chevrolet Onix

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 jul 2017, 11h44 - Publicado em 28 jul 2017, 11h43
Protótipo sem chapas externas serviu para antecipar os sistemas do novo Polo (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Um pequeno Golf. Esta é a melhor definição para a nova geração do Volkswagen Polo que chegará às lojas brasileiras entre novembro e dezembro.

Mas a comparação não se dá pelo design dos principais elementos visuais — neste aspecto ele está mais para um Passat hatch. A questão é que o compacto premium terá tanta tecnologia embarcada quanto o hatch médio.

Antes da estreia oficial, agendada para novembro, a Volkswagen utilizou esqueletos do hatch para antecipar detalhes da plataforma modular, do quadro de instrumentos digital configurável e do conjunto formado pela associação do motor 1.0 TSI de 128 cv com o câmbio automático Tiptronic de seis marchas.

Lanternas são definitivas e, pelo menos nesta versão, não têm iluminação de led (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Boa parte das novas tecnologias estão vinculadas à plataforma modular MQB-A0, que facilita o compartilhamento de peças, componentes eletrônicos e sistemas eletrônicos até então restritas a segmentos superiores. Ela também padroniza o processo de montagem entre os modelos.

(Divulgação/Volkswagen)
O novo Polo é deste jeito com carroceria (Divulgação/Volkswagen)

A MQB-A0 é uma variante da plataforma modular MQB (já usada pelos VW Golf e Passat e Audi A3) destinada a veículos compactos. Lá fora ela também deu origem aos novos Seat Ibiza e Arona. Por aqui, dará origem a outros três modelos: o sedã premium Virtus, um SUV compacto do porte do Jeep Renegade e uma picape intermediária que concorrerá com Fiat Toro e Renault Oroch.

Na plataforma MQB tudo é modular, apenas a distância entre o centro das rodas dianteiras e os pedais não muda (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Mas o novo Polo nacional não será igual ao europeu – que só chegará ao mercado em setembro. Há adaptações que fazem parte da tropicalização. Uma delas é a suspensão elevada em 2 cm, outra é a barra estabilizadora dianteira mais robusta, com 2 cm de diâmetro. Nosso Polo terá arquitetura McPherson na dianteira e traseira por eixo de torção, como na Europa.

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O Polo tem eixo de torção na traseira e sua distância do solo será 2 cm maior no Brasil (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Por aqui, todos os Polo terão direção elétrica, sistema Isofix, suporte de celular no painel, bancos traseiros bipartidos, volante com ajuste em altura e profundidade e o sistema M-ABS. Este nada mais é do que um controle de tração que atua diretamente no torque do motor para reduzir o escorregamento das rodas durante a aceleração ou quando o veículo começa a destracionar.

Já o controle de estabilidade (ESC) será item de série apenas nos Polo com motor TSI. Nos com motor aspirado será opcional.

Portas têm uma segunda chapa interna, o que ajudará a reduzir o ruído de vento dentro da cabine (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Freios a disco nas quatro rodas também serão exclusivos do TSI, que passa a ser o único compacto a abolir o tambor no eixo traseiro. Ele naturalmente reduz a fadiga em condições de uso intenso, e traz um sistema autolimpante.

Trata-se do BSW, que atua junto ao controle de estabilidade para aproximar as pastilhas dos discos de freio dianteiros por frações de segundo e de forma imperceptível para secar os componentes. Isso ocorre acima de 70 km/h e com o limpador de para-brisa acionado, em intervalos de 3 km.

O excesso de água nos discos e pastilhas pode reduzir a capacidade de frenagem – é daí que vem a recomendação de dar leves toques nos freios regularmente ao enfrentar chuva ou passar por poças.

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Há outros sistemas vinculados ao ESC. O bloqueio eletrônico do diferencial é um deles. Sua função é acionar o freio da roda com menor tração, transferindo o torque para a roda com maior aderência.

A função XDS+ permite intervenções seletivas nos freios das rodas internas às curvas nos dois eixos para que o carro aponte para dentro da curva, proporcionando mais agilidade e segurança.

Estepe tem pneu convencional, mas é de uso temporário (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

O assistente de partida em rampas e o sistema de monitoramento dos pneus também dependem do ESC. A pressão dos pneus é checada por um sensor lê a vibração gerada por cada um dos pneus. Dependendo da vibração, o carro sabe se a pressão está correta. Mas é necessário resetar as definições do sistema, por meio do computador de bordo, toda vez que os pneus são calibrados.

Mais potente que o Golf

Desta vez a Volkswagen só falou do motor 1.0 TSI. Não escondeu que o Polo terá motores aspirados no Brasil, mas não disse quais serão – ou qual será. O mais cotado é o 1.6 16V MSI de 120 cv e 16,8 mkgf de torque, combinado com câmbio manual de seis marchas e opção de câmbio automático.

O motor 1.0 MPI (que gera 82 cv em Gol, Up! e Fox) também está nos rumores. Mas vale lembrar que o Polo 1.0 lançado em 2002 foi um dos maiores fiascos da Volks: vendeu tão pouco que ficou nas lojas por apenas 10 meses, canibalizado pelo Gol. Hoje, um suposto Polo 1.0 MPI teria a concorrência das versões mais caras de Fox e Gol – e até do Up!.

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Tricilíndrico gera 128 cv e 20,4 mkgf (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

O três cilindros com turbo e injeção direta aparecerá no Polo em sua configuração mais potente vista até agora no mundo inteiro. Serão 128 cv (3 cv a mais que o Golf 1.0 TSI) e 20, 4 mkgf de torque a 1.500 rpm com álcool. Para efeito de comparação, o novo Golf Bluemotion europeu traz uma versão do motor 1.5 TSI com 130 cv e os mesmos 20,4 mkgf.

Diante do desafio de mostrar o quão forte é seu motor 1.0, a Volkswagen decidiu mudar a nomenclatura de seus motores na traseira dos veículos. Este 1.0 TSI será identificado como “200 TSI”, referente aos 200 Nm (Newton-metro) de torque – ou seja, 20,4 mkgf – gerados pelo motor. Esta regra começou pela China e pelo Oriente Médio e será padrão no Brasil em carros com motores TSI.

É por esses logotipos que você identificará um Polo 1.0 TSI nas ruas (Divulgação/Volkswagen)

O Newton-metro é a unidade de medida internacional para torque, assim como o metro e o litro são as respectivas unidades internacionais para comprimento e volume, e o kilowatt é a unidade para potência. Mas para motores utilizamos cavalo-vapor (cv) e o quilograma-força (mkgf ou kgfm). Mas é verdade que ficaria estranho ver um Polo com “20,4 TSI” na traseira.

Não, este Gol não tinha 1000 Nm – nem 102 mkgf… (Reprodução/Internet)

Também é inédita a combinação do motor 1.0 TSI com o câmbio automático de seis marchas com função Tiptronic – o mesmo AQ250-6F dos Golf, Jetta e Audi A3. Ele terá modo Sport e opção de trocas sequenciais na alavanca e nas borboletas atrás do volante. A princípio, não haverá opção de câmbio manual para o Polo TSI.

Se lembrarmos que o Golf 1.0 TSI é vendido no Brasil apenas com câmbio manual de seis marchas, sua existência (assim como a da versão 1.6 MSI) torna-se ainda mais delicada. No início da semana, o presidente da marca no país chegou a dizer que, caso as vendas dos hatches médios continuem em declínio, o Golf pode deixar de ser fabricado por aqui.

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Câmbio automático é o mesmo de seis marchas encontrado em outros Volkswagen (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
Na Europa o painel tem várias partes em cores contrastantes (divulgação/Volkswagen)

Por dentro, o que mais salta aos olhos é o quadro de instrumentos digital configurável, batizado de Active Info Display. A tela de 10,3″ que substitui os mostradores analógicos exibe informações de condução, navegação, assistência e até mesmo dados da central multimídia. Ela está um passo à frente da tela personalizável dos Audi.

A comunicação entre o quadro de instrumentos e a central Discover Midia é feita por cabos de fibra ótica que somam 4 m. A fibra não é tão maleável quanto cabos metálicos, por isso um comprimento tão grande para uma distância tão curta.

As duas telas, de 10,3″ e 8″ comunicam-se entre si a uma taxa de 150mbit/s (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Pode-se alternar as telas de informação do quadro de instrumentos através de  comandos no volante. E as informações exibidas nessas telas podem ser personalizadas pela central multimídia. É possível memorizar até três telas personalizadas.

Além disso, a central Discover Midia tem integração com Android Auto, Apple Carplay e possibilita o espelhamento de tela de smartphones. E não abre mão do leitor de CDs.

O quadro de instrumentos é totalmente personalizável (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

São sistemas complexos, o que leva a crer que serão opcionais caros. Mas a Volkswagen diz que os valores poderão surpreender (positivamente, presume-se) muita gente.

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O quadro de instrumentos padrão não foge ao estilo dos outros Volks: velocímetro (lado direito) e conta-giros (esquerdo) analógicos com telinha do computador de bordo no meio, todos com fácil leitura e iluminação branca.

Quadro de instrumentos convencional tem fácil leitura, mas não é vistoso (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

O Volkswagen Polo terá opções de rodas com 15, 16 e 17 polegadas. Todas as versões terão centrais multimídia ao menos como opcional. 

Equipamentos como acesso e partida sem chave, acendimento automático dos faróis, ar-condicionado automático digital, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de ré, rebatimento elétrico dos retrovisores e entrada USB para o banco traseiro (por padrão, todos terão ao menos duas portas USB para os bancos dianteiros) também devem compor os pacotes. 

A Volkswagen não fala em preços, nem em gama de versões. Contudo, admite que os alvos do Polo serão o Fiat Argo a partir da versão Drive 1.3 (R$ 53.900) e o Chevrolet Onix LTZ 1.4 (R$ 56.650). Pelos valores, ele também concorreria com as versões mais caras do Hyundai HB20, além do Citroën C3 e Ford New Fiesta.

Com o Fox Comfortiline 1.6 8V partindo dos R$ 53.990, o preço inicial de R$ 57 mil é uma boa aposta de preço inicial para o provável Polo MSI, com motor 1.6 16V.

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