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Impressões ao dirigir: novo Volkswagen Polo 1.0 TSI

Novo hatch fará sua estreia mundial no segundo semestre. No Brasil, novidade dará origem a um novo sedã

Por Joaquim Oliveira
Atualizado em 17 dez 2018, 15h48 - Publicado em 16 Maio 2017, 11h54
(Press Inform/Quatro Rodas)

A vida do Polo no Brasil começou bem. Era 2002 quando o hatch chegou para ser uma opção intermediária entre o Gol e o Golf. Moderno para a época, inaugurou uma estamparia a laser, trouxe mais itens tecnológicos para o mundo dos compactos e acostumou seus clientes a um patamar elevado de qualidade.

Não por menos o Polo tornou-se a base de estilo para as novidades seguintes, emprestou sua plataforma para o Fox, e por fim ao próprio Gol. Mas era um carro mais caro, que nunca vendeu bem. E enquanto sua vida no Brasil chegou ao fim, as opções mais em conta (Gol e Fox) seguem até hoje.

Eis que a Volkswagen renovou as apostas no modelo e irá trazer ao país sua 6ª geração. Agora a plataforma vem do andar de cima: a mesma MQB utilizada atualmente no Golf, conhecida pela elevada rigidez torsional, porém numa variante específica mais curta chamada MQQ A0. O Polo ainda está em fase de desenvolvimento, mas já dirigimos o protótipo na África do Sul.

(Press Inform/Quatro Rodas)

O carro que conduzi estava todo camuflado – apesar de já ter sido flagrado quase sem disfarces. Fui proibido de fotografar o interior. De qualquer forma, a cabine estava totalmente coberta. Mas gostei do que vi: havia partes coloridas na forração das portas e até no painel – algo incomum nos Volks.

De qualquer forma, os faróis estão mais integrados à grade e o capô mais longo, como uma extensão na grade parecida com a vista no novo sedã-cupê Arteon. A lateral dianteira traz um vinco duplo entre os faróis e a base do para-brisa. Abaixo do retrovisor começa outra faixa vincada e ascendente, que marca a linha de cintura até as lanternas traseiras.

(Press Inform/Quatro Rodas)

A traseira mantém as lanternas com formato hexagonal e interligadas por um vinco (como no Gol). A propósito, a borda superior dos dois para-choques também é vincada, dando a impressão do carro ser mais mais largo. 

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(Press Inform/Quatro Rodas)

Se compararmos com o Seat Ibiza, que desencantou um pouco por ter plásticos muito duros na cabine, esperamos que o Polo tenha mais superfícies agradáveis ao toque.

Como não se trata de um carro do segmento premium, não espere quadro de instrumentos todo digital ou comandos eletrônicos em todas as versões. As mais básicas terão relógios analógicos e as mesmas centrais multimídia já oferecidas atualmente.

As dimensões serão um pouco maiores que as do modelo vendido atualmente na Europa. Fala-se em comprimento 20 cm maior, passando dos 3,87 m atuais (2 cm menor que o nosso Gol) para 4,17 m (2 cm maior que um Peugeot 2008). O entre-eixos de 2,54 m resulta em bom espaço para as pernas, e a sensação de largura é mais parecida com a de um médio que com a de um compacto.

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https://www.youtube.com/watch?v=Kxbr2SGrNKE

O modelo avaliado tinha um motor 1.0 de 3 cilindros que denunciava o déficit de um cilindro pelo ruído incômodo. Nesta versão, de 115 cv, conseguimos manter velocidades de cruzeiro elevadas e até fazer algumas ultrapassagens, mas não sem alguma negociação com a transmissão manual de seis marchas.

Para orçamentos mais recheados e exigências superiores, existirá na Europa o novo 1.5 TSI, 4 cilindros, de 150 cv, e até um GTI de 200 cavalos para rivalizar com Ford Fiesta ST e Peugeot 208 GTi. Todos os motores turbo estarão disponíveis com câmbio manual de seis velocidades ou automático de dupla embreagem e sete velocidades.

(Press Inform/Quatro Rodas)

No Brasil, as motorizações escolhidas devem ser a 1.0 TSi (talvez com duas calibragem distintias: a do Up!, com 105 cv, e a do Golf, com 125 cv) e 1.6 MSI (120 cv).

Dados de desempenho ainda não foram divulgados. Esses dados devem ser publicados pouco antes do Salão de Frankfurt, na Alemanha, em setembro, onde o Polo fará sua estreia mundial – no Brasil, ele deve chegar ainda neste ano.

Ao volante, a sensação de estabilidade surpreende, assim como o nível de conforto claramente superior ao anterior. A solidez e a dinâmica ao rodar lembram demais a do Golf – o que nunca é ruim. A suspensão é McPherson na frente e eixo de torção atrás, a exemplo da geração anterior e das versões menos refinadas do Golf. A direção elétrica também mostrou-se bem precisa.

(Press Inform/Quatro Rodas)

Notei que os amortecedores e molas estão mais suaves, providência possível com o ligeiro rebaixamento da carroceria. Mais perto do solo, outro benefício: o rolamento da carroceria diminui com o centro de gravidade mais baixo. Mas é difícil imaginar que essa altura seja mantida no modelo vendido no Brasil

O habitáculo está bem isolado de ruídos externos, ainda que o três-cilindros esteja bem audível. Na Europa, ele terá tecnologias de auxílio à condução inéditas no segmento, como alerta de mudança de faixa, frenagem de emergência e piloto automático adaptativo.

O modelo brasileiro, que tentará manter boa parte desses atrativos, deve concorrer na faixa de preço de Ford Fiesta e Peugeot 208, além das versões mais simples do Honda Fit e mais caras do Hyundai HB20.

Ele també chega para encabeçar um momento de renovação da linha VW. O Polo dará origem a um novo sedã, o Virtus., e uma variação alongada da mesma plataforma MQB A0 dará origem ao SUV compacto T-Cross e a uma picape intermediária entre Saveiro e Amarok.

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Ficha Técnica: VW Polo 1.0 TSI

  • Motor: 3 cilindros, turbo, injeção direta, 999 cm3,115 cv, 20,4 mkgf entre 2.000 e  3.500 rpm
  • Transmissão: manual de 6 marchas, tração dianteira
  • Comprimento: 405 cm
  • Largura: 175 cm
  • Altura: 145 cm
  • Peso : 1.100 kg*
  • Volume do porta-malas: 350 litros*
  • Velocidade máxima: 195 km/h*
    * Valores aproximados
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