VW estuda paralisar produção e dar férias a 7.000 por risco do coronavírus
Empresa protocolou pedido de coletivas para funcionários do ABC entre 31 de março e 13 de abril, mas não confirma se colocará de fato o plano em prática
A Volkswagen deverá interromper as operações de sua maior fábrica no Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), por conta da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
De acordo com informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Segundo a entidade, cerca de 7.000 dos 9.000 trabalhadores do complexo serão liberados no dia 31 de março, com retorno previsto somente para 13 de abril.
Atualmente, boa parte do setor administrativo, cerca de 1.500 pessoas, já está trabalhando em regime remoto, o popular home office.
O sindicato também confirma que outros fabricantes da região – que tem unidades de Chevrolet, Ford, Mercedes-Benz, Toyota e Scania – dispensaram o trabalho presencial de trabalhadores acima de 60 anos e mulheres grávidas.
Inaugurada em 1959, a fábrica Anchieta é a mais antiga da empresa em operação no Brasil, e também a maior, reunindo mais da metade dos 15.000 colaboradores da empresa no país.
Atualmente, a linha de montagem é responsável pela produção de Polo, Virtus e Saveiro. Mas, em breve, também fabricará o novo SUV cupê Nivus.
Procurada, a Volkswagen diz que protocolou ontem (16) o pedido de férias coletivas junto à Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, porém, só como medida preventiva – e vale em todo o país, não apenas para a unidade do ABC.
A empresa afirma que nenhum funcionário foi notificado até agora e que os casos da Covid-19 serão acompanhados para definir se realmente haverá a liberação – que só pode acontecer 15 dias após a oficialização do pedido no governo.