VW pode encerrar produção do Golf no Brasil, diz presidente
Baixo volume de vendas pode interromper a produção do hatch médio em São José dos Pinhais (PR)
O fraco desempenho do Volkswagen Golf no mercado – foram 2.461 emplacamentos até junho deste ano, suficientes apenas para a 60ª posição entre os mais vendidos – podem fazer com que a fabricante deixe de fabricar o hatch médio no Brasil. A informação foi dada por David Powels, presidente da Volkswagen para o Brasil e América do Sul, em entrevista ao site Automotive Business.
De acordo com o executivo, se o segmento seguir “com vendas muito baixas poderemos interromper a fabricação”. Atualmente o Golf está na segunda posição da categoria, liderado pelo Chevrolet Cruze Sport6. Dentro da marca, o modelo representa menos de 2% das vendas totais no País.
A versão Variant (perua) vende ainda menos (359 unidades entre janeiro e junho), mas é importada do México. Caso a linha de produção em São José dos Pinhais (PR) seja encerrada, é provável que o modelo hatch também passe a vir da América do Norte.
Ofensiva
A Volkswagen prepara uma onda de lançamentos para o mercado nacional nos próximos meses. Os primeiros a chegar são os novos Polo hatch e sedã (chamado de Virtus). Em seguida virão três novos SUVs e uma inédita picape média-grande, para brigar com a Fiat Toro.
Na entrevista ao Automotive Business, Powels também confirmou que a marca irá lançar no Brasil a nova geração do Jetta, ainda a ser lançado lá fora. O sedã, que deixou de ser derivado do Golf na geração atual, ainda adota parte da plataforma PQ35, de concepção mais antiga que a modular MQB, que provavelmente será utilizada no novo modelo.