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Volkswagen mostra o motor TGI, um 1.0 TSI convertido para GNV

Versão a gás do motor de três cilindros tem turbo e injeção direta, produzindo 90 cavalos

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 Maio 2017, 12h53 - Publicado em 2 Maio 2017, 12h13
volkswagen 1.0 tgi
Motor 1.0 TGI: turbo, injeção direta e gás natural (Divulgação/Volkswagen)

Todos os anos o Simpósio de Motores de Viena reúne a indústria automotiva para mostrar os avanços técnicos de seus conjuntos mecânicos. Neste ano, a Volkswagen apresentou o novo conjunto elétrico do e-Golf, com um sistema que permite que o motor seja desligado com o carro em movimento (diferente de um start-stop), e a curiosa versão do motor 1.0 TSI movido a gás natural veicular (GNV).

Este motor seria o sonho de qualquer taxista. Batizado de 1.0 TGI, é o conhecido motor 1.0 3-cilindros da Volks com turbo e injeção direta, mas preparado para poder queimar gasolina e GNV.

O mais interessante é que não há perda de potência: ele rende os mesmos 90 cv da versão a gasolina disponível na Europa – tanto lá como por aqui há configurações mais potentes equipando o Up! e o Golf. O torque e os números de desempenho e autonomia não foram divulgados.

A queima do gás natural gera 76% menos CO2 que a da gasolina. Ele ainda pode ser obtido por fontes não-fósseis, como o descarte da agricultura e meios sintéticos. Mas o catalisador (que usa metais nobres para neutralizar poluentes) precisa aquecer rápido para ser eficiente. Este é um dos motivos para a recomendação de que nos veículos convertidos para o GNV a partida do motor seja feita apenas com gasolina ou álcool, não com gás.

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Ao contrário dos modelos com injeção convencional, carros com injeção direta convertidos para GNV queimam gasolina junto com o gás – a proporção varia entre 15 e 30% do original. Já o 1.0 TGI pode queimar apenas gás, o que reduz a necessidade de consumo de gasolina desde a partida, diminuindo as emissões de CO2 e NOx .

Isso só é possível pois a Volkswagen criou o processo chamado “lambda split”. Dois dos cilindros do motor receberão mais gás quando o motor ainda estiver em ponto morto, o que vai acelerar o aquecimento do catalisador e estabilizar a mistura ar-gás. 

Ao mesmo tempo. a sonda lambda será aquecida eletricamente. Assim, fará a leitura da queima do motor em até 10 segundos, mesmo que ainda haja umidade no escapamento. Você pode entender melhor o funcionamento da sonda lambda clicando aqui.

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De acordo com a Volkswagen, o 1.0 TGI poderá ser usado em qualquer carro compacto do grupo Volkswagen. Só precisa de espaço no porta-malas para o cilindro de GNV.

Stop-start com o carro em movimento

A Volkswagen também apresentou o sistema Coasting-Engine off que estará no novo Golf Bluemotion com motor 1.5 TSI Evo de 130 cv e 20,4 mkgf. Ele desliga o motor e desacopla o câmbio DSG com o carro em movimento até os 130 km/h. É como se o stop-start e a função velejar – uma “banguela” controlada presente em alguns carros de luxo do Grupo VW – funcionassem ao mesmo tempo.

A chave para acionar o Coasting-Engine off é interromper a aceleração do carro. O motorista tira o pé do acelerador, o motor desliga e o movimento do carro é aproveitado para a acionar um gerador elétrico. Este recarregará uma bateria de lítio que alimentará o sistema elétrico do carro. Parte da carga será enviada para bateria convencional (de chumbo).

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Para religar o motor rapidamente, uma central considera a velocidade e a condição de uso para definir se a partida será feita pelo motor de partida, pelo câmbio (acoplando a embreagem novamente, como se pegasse no tranco) ou pela combinação dos dois métodos.

No mundo real, segundo a VW, o modo velejar reduz o consumo médio em 0,2%. O Coasting-Engine off, de acordo com a Volks, garante economia de 0,4% – ou seja, 400 ml a cada 100 km. É pouco, mas tem impacto positivo nas médias de consumo e emissões. 

Por fim, a Volks também anunciou melhorias para o e-Golf, versão 100% elétrica do hatch médio. Agora seu motor elétrico gera 135 cv e respeitáveis 29,6 mkgf de torque, 20 cv e 2 mkgf a mais do que a versão anterior. Com isso, o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h baixou de 10,4 s para 9,6 s e a velocidade máxima subiu 10 km/h, para 150 km/h. A capacidade da bateria de lítio foi aumentada de 24,2 para 35,8 kWh, o que fez a autonomia de cada carga aumentar de 190 km para 300 km.

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Novo sistema elétrico do Volkswagen e-Golf
Novo sistema elétrico do Volkswagen e-Golf (Divulgação/Volkswagen)
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