Renault vai parar de vender carros da Dacia
De acordo com executivo, empresa não vai mais vender modelos derivados da marca romena
Os novos Duster, Sandero e Logan podem ser os últimos modelos da Dacia vendidos pela Renault – apesar da marca negar tal possibilidade, conforme posicionamento enviado à QUATRO RODAS após a publicação desta matéria (e que pode ser vista ao final desta reportagem).
Essa mudança deve ocorrer por conta de uma nova política da fabricante francesa revelada por Sylvain Coursimault, gerente de marketing da marca.
O executivo afirmou, em entrevista ao jornal Le Figaro, que a Renault irá aposentar a tática de vender modelos da marca romena com o diamante na grade – como já ocorre com o trio fabricado em São José dos Pinhais (PR).
Mas isso não significa que a gigante francesa irá abandonar os modelos de projeto mais simples (e baratos) da Dacia.
O que vai acontecer na prática é que os modelos da Renault para mercados emergentes (como o nosso, vale lembrar) vão manter a plataforma e os componentes mecânicos da Dacia, mas terão visual próprio.
Atualmente somente alguns elementos, como para-choques e grade do radiador, diferem o design do Renault Duster de seu alter-ego romeno.
É possível que a marca repita a tática feita com o Captur. O modelo vendido no Brasil usa uma versão maior da plataforma do Duster e é mais simples que o Captur europeu.
Apesar dos volumes diferentes, os dois possuem visual idêntico entre si, sobretudo na dianteira.
A nova tática da Renault, porém, deve demorar a fazer efeito no Brasil. Por aqui a marca ainda prepara o lançamento dos novos Duster, Sandero e Logan, que ainda são produtos nascidos Dacia.
Na Europa a marca prepara a chegada do inédito Captur Cupê. O modelo, segundo jornalistas europeus, terá como base o Kaptur russo – que, por sua vez, é igual ao modelo vendido no Brasil.
Em nota, a Renault do Brasil afirma que “não irá deixar de comercializar os modelos Sandero, Logan e Duster. A declaração do executivo da Renault França afirma que o design das marcas serão ainda mais diferenciados no futuro.”